Capítulo 11

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Depois do passeio a cavalos as coisas entre Edward e Bella progrediam, aos poucos, mas a cada dia um se sentia mais a vontade com o outro. Aos poucos afloravam o sentimento de companheirismo e confiança que tinham um no outro.

Pela manhã enquanto Edward lia um livro qualquer logo após o café da manhã, Bella sentou-se na beirada da cama e começou a encará-lo...olhava-o de olho de canto como se quisesse lhe dizer alguma coisa. Ele bufou e levantou os cílios para olhar para a esposa.

— O que quer? - ele resmungou, ela balançou a cabeça negativamente um pouco receosa

— Nada, nada - indagou

—Diga logo, Bella...

Ela suspirou, depois o encarou contorcendo os lábios formando uma careta.

— Eu só pensei em...quer saber, deixe pra lá, não é nada demais!

— Se é algo que quer, então é alguma coisa de alguma importância...diga logo. - ela balançou a cabeça mais uma vez e abriu os lábios levemente

— Eu gostaria de...de visitar meu pai - sussurrou - só por poucos minutos...

Edward a encarou

— Tem certeza? - ela assentiu

— Tenho, tenho sim...ele é meu pai afinal! É a única vaga lembrança de familia que eu tenho...entende - Edward apenas concordou num fio de voz e largou o livro de lado

— Vou pedir para um dos empregados leva-la até seu pai...

— Não é preciso, sei ir sozinha... - Edward bufou

— Não vou te deixar andar sozinha por ai! - esbravejou

— Edward - repreendeu Bella - você sabe de onde eu vim não é? Não sou uma bonequinha como estas que estavam "destinadas" a você, sou diferente...não fui criada como elas, não tente interferir nisso, por favor!

— Não estou...

— Vou sozinha até meu pai, não me demoro estarei aqui antes do almoço, prometo!- ele assentiu devagar segurando sua pequena mão entre seus dedos, ela sorriu - confie em mim - ele assentiu e beijou sua palma soltando-a em seguida.

— Eu confio... - sem responder Bella virou-se rapidamente e subiu as escadas, logo já saia de casa para ir até a cidade.

Bella entrou em sua ex-casa, humilde como sempre...uma pequena cômoda bagunçada com as gavetas abertas jogada no meio da sala. Assustou-se com a extrema bagunça ali, coisas jogadas por todos os cantos...suspirou caminhando até a cozinha.

Estava vazia...apesar de tudo queria ver seu pai, porém deu uma viagem perdida! Ele com certeza deveria estar jogado pelos bares gastando o dinheiro que tinha ganhado de Edward.

Foi até o lado de fora e pensou em caminhar até a cidade, porém não tinha mais vontade...ela só queria voltar para a casa agora. Deu dois passos para frente e logo sentiu uma mão envolver seu ombro, estremeceu, mas logo se tranquilizou pensando ser seu pai...engano seu.

—O que faz aqui senhor?

— Ah vim ter uma conversinha com você, querida – ele disse, num sussurro arrastado perto de seu ouvido, fechou os olhos ignorando a tremedeira repentina, agora mais essa. - gritou dentro de sua mente.

— Como? – perguntou com a voz rouca, baixa.

O homem rolou os olhos virando o corpo de Bella, para que ficasse de frente para o seu, ela o olhou assustada piscando os olhos.

— Não escutou o que eu disse jovem? – ela continuou a encará-lo sem saber o que dizer.

Sentiu o vento frio bater em eu rosto.

— Não entendi o que disse – sussurrou, o homem bufou levando sua mão de encontro ao pescoço pequeno e delicado da garota, ela gemeu se assustando.

— Eu vou lhe explicar direitinho, querida – com ironia na voz ele pressionou com mais força o pescoço da garota deixando o rosto vermelho à expressão assustada – se você acha que vou permitir que suje a honra do meu nome com esse casamento, esta muito enganada, vou lhe destruir com minhas próprias mãos, vou levá-la de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído. Camponesa tola achou mesmo que fisgaria uma vida de rainha assim tão facilmente, enganou-se. Meu filho pode ser o idiota que for, mas eu abrirei seus olhos, mostrarei a ela quem você realmente é – Bella sentiu as pernas balançarem, sem ar algum não conseguia se mover. Os olhos a sua frente tiravam toda sua força, tentou empurrá-lo com as mãos, ele gargalhou sem piedade pressionando com mais força o pescoço da garota – você voltará a ser uma das criadas mais belas, só que com uma diferença. – fez uma pausa – será minha Bella, minha criada! -

sentiu o corpo tremer por inteiro, nas garras daquele velho, sentindo tudo amolecer queria fechar os olhos cair em sono profundo, piscou tentando não render-se a isso, praticamente impossível. Caiu no chão como uma boneca que cai da prateleira, desmaiou sem ar...

As Dores do SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora