Cristiano 18

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Se para a ter como namorada vou ter que a convencer. Então o farei, nada me dará mais prazer. Ela vai ver que realmente é ela quem quero, mais ninguém. Por isso, antes de sair de casa para o escritório, peço para fazerem uma entrega de rosas brancas às 8h no escritório com um cartão

Para um bom início de semana.

Tive uma noite péssima sem ti.

Ainda espero que consigamos mais

Beijos meu Anjo pequeno

Cristiano - o amigo com muitas cores com esperança a ser namorado

Espero bem fazê-la mudar de opinião, no fundo sei que ela gosta de mim, mas à algo mais que não a deixa querer ficar comigo. Deve ter sido o último namorado, traiu-a e ela não quer mais nada com ninguém, mas acho que há algo mais que não a deixa me aceitar como namorado. Vou tirar-lhe todos os bichinhos que atormentam a cabeça e, que não a deixam aceitar-me.

Chego ao escritório às 8.10h, a receção está muito parada, apenas Catarina está.

- Bom dia Catarina. – cumprimento

- Bom dia, Sr. Aveiro. Café?

- Sim. Leva um bloco de notas que quero que faças umas coisas que não estavam programada para a saída desta manhã. – digo, a saída é ir falar com os trabalhadores da fábrica onde Joana trabalhava e despedir aqueles três

- Sim, senhor. Mais alguma coisa?

- A Joana já chegou?

- Sim chegou um pouco antes das 8h. Pela cara dela o fim –de-semana correu bem, vinha com um sorriso enorme e os olhos brilhantes a, ainda recebeu um enorme ramo de rosas. – diz Catarina, entusiasmada. Contudo, logo se arrepende, ela sabe que não gosto deste tipo de comentários – Desculpe Senhor, não volta a acontecer.

- Não tem problema. – respondo, tentando manter o tom profissional mas acho que não consigo muito bem – Traga o café.

Então ela vem feliz, termos feito amor muitas vezes com certeza que ajudou, mas acho que aquelas conversas que tivemos e que nos ficamos conhecer melhor cada um que nos aproximou muito mais. Acho que nenhuma mulher nunca me quis conhecer, mas eu também nunca deixei, apenas fodia-as e saía, com ela tudo é diferente.

Pensando bem, nem ela me conhece muito bem. Não sabe o que me aconteceu e, muito menos sabe o que ainda faço. Será que me iria aceitar mesmo assim?

Também não sei muitas coisas sobre ela. Por exemplo, com quem o namorado a traiu para não confiar noutro homem? Como é que foi no dia do acidente dos pais? Que coisa tão má esconde para estar a chorar enquanto dormia?

Agora eu, se o que ela esconde for muito mau será que a aceitaria? Claro que sim, eu não me vejo mais sem ela. Não deve ser algo grave ela é um anjo.

- Posso? – interrompe Catarina, entrando no meu escritório. Pousa o meu café e pega no seu pequeno bloco de notas – Quais são as coisas a acrescentar para a saída?

- Não vou acrescentar nada, apenas vou alterar o transporte. Avise o David para me trazer o BMW que vou em carro próprio. Avisa-me quando e diz que após me entregar o carro tem o dia livre. – digo, Catarina está a pensar. É normal, nunca dou dias de folga no dia de uma saída, mas hoje tem mais

- Sim senhor. Mais alguma coisa?

- Diga à Eduarda e à Rute que durante esta semana vão para a nossa nova aquisição para tratar dos contratos de trabalho e ver algumas das coisas do funcionamento da fábrica.

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