Joana 25

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- Isto faz o meu rabo parecer maior do que o que é, não é? - pergunto, o vestido é lindo mas acentua as minhas curvas. Ele não respondeu apenas continuava a olhar-me de cima abaixo, com um olhar intenso - Cris?

- Ai meu Deus! Não vais sair de perto de mim. Se quiseres ir à casa de banho vou contigo. Se te faz o rabo parecer maior? Não apenas o deixa mais apetecível. - diz e sorri

- Também não estás nada mal. - digo e aproximo-me dele para mexer na sua gravata borboleta e apreciar bem o que tenho. Ele fica lindo de qualquer maneira, ma de smoking, realmente fica melhor - Temos mesmo que ir?

- Temos, tenho que falar com aquela gente são importantes para os negócios. Deita alguma atenção que depois quero a tua opinião sobre algumas coisas. Parece que vai ter música ao vivo, por isso não é mau de todo.

- Vamos então. - digo e tenho que parar de olhá-lo senão não vamos a lado nenhum.

-  Calma, falta pores uma coisas. - diz e olho para ele a tentar descobrir o que é - Isto. - tira as duas caixas que comprou na joalharia, já me estava a esquecer disso - Comprei para ti e quero que uses.

- Obrigada. 

- Gostas? 

- São lindos quer os brincos quer o anel. - digo e ele por fim solta uma respiração que não sabia que ele andava a conter

- Quando estava a comprar tu não dizias nada, pensei que...

- São lindos, mas não queria que gastasses tanto dinheiro comigo. O mais importante é estares ao meu lado. - digo e ele começa a tirar os brincos

- Vou ajudar-te a colocá-los. - diz e começa a por um brinco, com mais jeito do que achei possível que um homem conseguisse colocar, depois coloca o outro

- Jeitinho para a coisa. Já fizeste isto antes?

- Achas mesmo? Estou com jeitinho que não te quero aleijar. - depois tira o anel e pega na mão direita, ainda bem que pegou, nunca sei como é isso em que lado ficam as coisas  - Este anel é prova que te quero sempre comigo, mesmo quando estou cansado, aborrecido, chateado, mesmo que estejas doente, chateada, aborrecida, com medo, triste. Quero-te sempre e para sempre, sem ti  perdia sentido para continuar, viveria por viver. A partir de agora, oficialmente, é só minha.

- Tu és meu. Só meu. 

- Só teu. - diz e depois beija-me para afirmar tudo o que tinha dito. Acho que não há homem tão bom neste mundo - É melhor irmos, senão não vamos ficar aqui até ao fim do jantar.

Dá-mos as mãos e dirigimo-nos para a limusina à nossa espera à porta do hotel. Ao olhar para Cristiano, vejo que ele já olha para mim a sorrir. Deve estar a lembrar-se da nossa última viagem juntos numa limusina. Durante a viagem, pouco falamos, acho que ele tal como eu, não queria falar muito em frente ao motorista que não conhecíamos. 

Quando dei por mim, a limusina, tinha parado em frente a um enorme edifício de um piso apenas e completamente todo em vidro, contudo nada do que lá dentro se passa se pode ver pela parte de fora. À entrada, está tudo cheio de fotógrafos o que me deixa nervosa. Uma coisa é ser fotografada sem ninguém saber - o que nas últimas semanas sei que tem acontecido como nunca, eu sinto-o - outra coisa é ter que posar para ser fotografada para as revistas de gente rica e ao lado dos ricaços mais cobiçados do planeta.

- Vai correr bem. - diz Cristiano, já com a porta aberta e com a mão estendida. Eu aceno que sim, mais para me convencer a mim e aceito a sua mão

Ao sair, somos de imediato bombardeados com flashes. Enquanto, Cristiano age normalmente eu sinto-me envergonhada. Enquanto andamos, paramos algumas vezes para fotografias e Cristiano olha para mim de forma doce e com o sorriso que ele faz só para mim, o que me faz esquecer o resto e sorrir para ele. Até entrarmos, fazem várias perguntas sobre a nossa relação mas Cristiano apenas ignora, levando-me consigo para dentro. Até que ouvi um jornalista espanhol.

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