XII - Parte 1

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— ME DEVOLVA A MENINA — JOHN exigiu a Isabella, mas a esposa apertou a pequena irmã contra seu peito, a protegendo do marido, colocando-a nos braços novamente

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— ME DEVOLVA A MENINA — JOHN exigiu a Isabella, mas a esposa apertou a pequena irmã contra seu peito, a protegendo do marido, colocando-a nos braços novamente.

Encarou John com severidade. Não permitiria que ele colocasse as mãos em Tereza. A ideia a deixava com os nervos totalmente abalados. Sentia revolta por estar passando por toda aquela agonia, enquanto o pai, causador de tudo, dormia em paz com as contas pagas.

— Isabella, me devolva a menina — John reclamou ainda mais duro. Odiava ser contrariado, ainda mais na frente de Rafael. Aquele não era um dos seus melhores dias.

— Me deixe levá-la de volta para casa, John. Prometo que nunca vou tentar fugir. Juro por Deus, só não encoste...

— Me. Dê. A. Menina! — o esposo falou lentamente, com a voz fria e dura como aço.

— Por que está tão nervosa, irmã? — Tereza perguntou. — O que teme?

— Não, John, eu imploro ― Isabella continuou mesmo que as lágrimas tentassem afogar suas palavras. — Deixe-a em paz. Seu problema é comigo!

— Rafael — John chamou o amigo olhando sobre o ombro direito. O rapaz veio e, após uma breve troca de olhares, segurou os braços de Isabella para que o marido tomasse a criança.

A jovem tentou soltar-se, mas todo o esforço foi em vão. John levou Tereza para dentro de casa e trancou a porta da cozinha. O medo, a raiva, o pavor, tudo de ruim que ela poderia sentir, chegaram ao limite. Seus nervos davam choques. Gritou, se debateu, mas não fora capaz de se libertar e livrar a irmãzinha dos braços do carrasco.

— Calma, amor, essa dor irá passar. Se você relaxar, aceitar, as coisas irão se encaixar — a voz macia do anjo soprava contra o ouvido de Isabella. Seus lamentos foram silenciados, Rafael estava tapando sua boca. Só restaram os soluços.

Uma infinidade de pensamentos povoou sua mente. As piores ideias a fizeram provar o mais amargo terror.

Então a porta da cozinha foi aberta, John saiu por ela. Rafael soltou Isabella, que correu no mesmo instante, de encontro ao marido, as mãos fechadas em punhos acertaram seu peito.

— O que fez com ela? — exigiu saber aos prantos.

— Calma, Bells! — John falou gentilmente, a voz baixa e controlada. — Tereza está no nosso quarto rabiscando alguns papéis e...

— O que fez com ela? — a jovem repetiu a pergunta.

— Não fiz nada.

— Por que a levou para dentro? — Isabella queria saber. Mesmo sentindo algum alívio, era difícil acreditar no esposo.

— Porque precisamos conversar, e não pode ser na frente dela.

Isabella, ainda que relutante, tentou controlar as emoções e assentiu. Havia muita coisa para ser conversada; centenas de questões.

Azul... TRILOGIA IRRESISTÍVEISOnde histórias criam vida. Descubra agora