(17 de Janeiro, 2015)
Esse livro cheira a mofo, sério. Mas foi o único que consegui roubar na biblioteca, porque ninguém lê Shakespeare. Espero que não sintam saudade dele; e também espero que não mexam no azulejo embaixo da cômoda.
A garota joga o livro no buraco por sentir a presença de alguém, mas puxa o livro de volta.
Faz cinco dias que estou no Centro de Tratamento San Martinno, e já sei com que palavras resumir isso tudo: uma grande merda. Primeiro, não podemos ligar pra ninguém, não podemos ficar lá fora, muito menos ter contato físico com outra pessoa. Aliás, não pude escolher nada, a minha mãe já não bate bem e não bateu bem ao me colocar num lugar onde cheira a educação religiosa. Não é por não ter um pingo de educação ou senso, mas sim o de desprezar lugares assim.
Ela revira os olhos.
Poderiam ter pedido educadamente para segurar a barra, mas ninguém estava afim de fazer isso. Peguei o instrumento mais próximo da mão e matei o meu pai. Eram 7h25. Lembro do tic-tac do relógio da sala de jantar. O sangue subiu rápido, não teve nem espaço de me vitimizar ou de culpar alguém. Nunca fiz as coisas tão certas assim, o que me deu de matá-lo? Se tivéssemos silenciado a minha mãe, estaríamos num conversível em LA com Jerod e Spencer. Mas não tenho tempo de retornar, a minha audiência sai na quinta e sexta vão me julgar. Há uma porcentagem única que posso alcançar, mas só se Jannet fizer o que pedi...
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Dream Needles (Romance Lésbico)
Romance"Eu a soltei, então, pelos pulsos, e subi as mãos pelos seus braços, escorregando-as lentamente. Prendi-a ao meu olhar misterioso e pressionei o seu corpo ao meu. Uma das minhas mãos subia a sua nuca, entrelaçando meus dedos ao cabelo escuro. Abaixe...