Sabe aquela sensação? Aquela que você sente lá no fundo do peito? Aquela que te dá calafrios, mas ao mesmo tempo faz você sorrir? Aquele calor acolhedor que você sente, que faz o seu dia mais brilhante e feliz?
Era exatamente isso que Amy sentia naquele momento.
Alguns dias antes, ela tinha beijado o melhor amigo que tinha na cidade, Arthur, eles tinham ido para um baile de formatura de uma escola aleatória. E pela primeira vez, Amy não se sentiu triste por ter faltado o baile da sua escola na cidade natal. Ela não trocaria seu momento com Arthur por nada.
No dia que seguiu a festa, Amy não tinha menor ideia de como ela poderia falar com o amigo, ou... seja lá o que eles fossem. Ela planejou sair e ir até a casa dele, tentar falar sobre o assunto (repetindo, tentar).
Só que Arthur teve a ideia primeiro.
Antes mesmo do meio dia, o jovem batia na porta dela.
-Arthur...Oi... - Amy começou, não sabia o que falar.
-Oi Amy... Eu acho que nós... - ele mexeu no cabelo desgrenhado
-... Precisamos conversar - completou, abrindo a porta. - pode entrar.
Ele entrou e sentou-se no sofá, pois já conhecia o caminho até lá (devido às diversas vezes que a visitara). Ela se sentou ao lado dele, tensa.
-Ok... Por onde começamos? - a menina insinuou, e Arthur suspirou.
-O que nós... Somos agora? - perguntou.
Amy balançou a cabeça "Não sei"
-Tenho medo de estragar a nossa amizade
-Eu também
Eles ficaram em um silêncio desconfortável por um minuto.
Amy olhou para Arthur, ele estava tão tenso quanto ela. E, por mais que estivessem em um deste tipo, ela precisava admitir que sempre o achara bonito, era alto, muito mais alto que ela, e magro, tinha cabelos castanhos e lisos e um sorriso bonito. Era inteligente e tinha uma postura elegante (Amy tinha certeza que ele não sabia disso).
Sim, ela tinha uma desculpa para se sentir atraída por ele.
-Olha - o jovem falou, por fim - Eu- eu não sei como falar isso, na verdade, eu não tenho as palavras para descrever o quanto você se tornou importante na minha vida - ele deu um pequeno sorriso - Quando eu te conheci, eu te achei... O que? Esquisita, talvez?
Amy conseguiu dar uma risada sufocada
-Esquisita?
-Na verdade, eu mesmo não me lembro bem... Eu realmente não sou bom em conhecer novas pessoas, nunca fui muito sociável, sabe? Mas então você começou a falar comigo e... Sei lá. Geralmente tento não focar nos meus sentimentos. Você se tornou uma amiga minha.
-Você também se tornou meu amigo.
-E, por mais que eu tenha vergonha em certos momentos de admitir, eu nunca estive em um relacionamento amoroso.
Essa revelação fez Amy tossir. Como alguém como Arthur nunca estivera em um namoro? Até ela já havia tido um namorado na época do colegial (mas não durou mais que dois meses).
-Então você não quer nada. - Amy deduziu, ela não se surpreenderia se ele realmente quisesse continuar na amizade .Não sabia se ficaria aliviada ou triste.
Arthur corou. "Na verdade é bem o contrário"
-O que?! - ela arregalou os olhos, sentiu o coração acelerar
-Não quero fingir que nada aconteceu naquele baile - respirou fundo, tomando coragem.
-Nem eu - Amy sussurrou.
-O que eu estou tentando dizer desde o início é... Eu gosto de você, Amy. Eu gosto de verdade. Mas tenho medo de que isso quebre o que nós temos agora.
Ela estava demorando para processar as palavras dele, o que?!.
Passou alguns segundos em silêncio.
-Não consigo ver a sua cara, então se puder me dizer a sua reação ou algo do tipo eu realmente agradecer-
Amy o interrompeu com um beijo.
-Eu também gosto muito de você.
Arthur sorriu e acabou com o espaço entre eles novamente, ele acariciou a bochecha dela.
-Mas que merda está acontecendo aqui? - uma voz atrás deles interrompeu o momento.
Era Giny.
Ela estava cheia de sacolas - provavelmente do shopping próximo - com a boca aberta, parecia realmente chocada.
-Hã... Giny - Amy começou a explicar - Este é Arthur, mas acho que você já o conhece.
-Ah... O carinha da cafeteria, correto?
-Sim.
-Então... Hã... Vocês dois estão...- Giny fez uma cara de confusão.
-Namorando? - Amy perguntou , em seguida se virou para Arthur- Estamos?
-Eu espero que sim.
Quando ela olhou para a prima, ela já havia ido embora.
Amy deu de ombros e voltou ao momento que fora interrompido.
Eles estavam juntos, de verdade, e ela estava feliz.EU POSTEI NO DIA QUE EU PROMETI VIU. AINDA É DIA 10/12 ONDE EU MORO. COMENTEM PQ EU FICO FELIZ
BJUS
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Ele não é tão Cego Assim
RomanceArthur Harrinson não nasceu cego. Ele havia visto as cores, a face de seu irmão, sua mãe e seu pai, era um menino saudável, ninguém nunca pensou que algum dia o menino fosse estar em um carro, logo na hora que um caminhão em alta velocidade perde o...