Capitulo 10

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Amy havia perdido uma prova.

Não que essa prova tenha sido tão importante. Mas ela se sentia culpada.

Era a manhã seguinte a sua ida ao hospital, Charlotte a parara no corredor, preocupada com o que havia feito Amy faltar. Ela explicou tudo a amiga, que prometeu nunca colocar caramelo nas comidas dela.

-Por que não me chamou lá? Eu poderia ter ficado com você. - Charlotte dizia enquanto amarrava os cabelos em um rabo de cavalo.

-Um amigo me acompanhou - Amy respondeu-a.

-Que amigo? - Charlotte não parecia mais tão interessada em amarrar o cabelo perfeitamente, e encarava Amy - Vai que eu conheço.

-O nome dele é Arthur - suspirou.

-Sobrenome...?

-Harrinson.

Charlotte arregalou os olhos.

-Você namora o filho do reitor? - ela sussurrou e gritou ao mesmo tempo.

-O que? Filho do reitor? Namorarquem? - Amy sussurrou de volta.

-Meu deus, Amy. Você é tão lenta às vezes. - Charlotte colocou a mão na cintura - O nome do reitor é Fred Harrinson, É casado com a advogada Katelyn Harrinson, dois filhos, Arthur, o mais velho e Trevor, o mais novo. O mais velho é cego, mas mesmo assim vai assumir o cargo de reitor depois do pai dele, muita gente diz que ele é superdotado, porque já terminou a faculdade e tem vinte anos. Trevor é bem inteligente também, está cursando medicina, o apelido dele entre as pessoas que eu conheço éDoutor Sexy, o que preciso confirmar. Ele é realmente bonito. Tem dezoito anos. A família Harrinson é uma das mais ricas aqui de Los Angeles.

-Como você sabe de tudo isso? - Amy perguntou, depois de alguns segundos - ou minutos, tanto faz - processando os fatos. Ela sabia que Arthur era rico. Sabia que era tão inteligente que tinha terminado a faculdade. Mas não sabia do resto.

Charlotte suspirou.

-Eu fiz meu dever de casa - riu - e tenho meus contatos.

Amy então parou um pouco. Era por isso que Arthur estava no campus quando se conheceram "propriamente", era por isso que ela algumas vezes o via pelo local. Mas, se haviam boatos que o reitor estava doente e o reitor era o pai dele era o reitor...

Cara, ela precisava falar com Arthur.

§

Ela não falou com ele sobre isso.

Sim, ela foi covarde, mas, por favor. Atire a primeira pedra quem nunca teve medo de falar sobre determinado assunto com alguém.

Um mês depois, Giny a levara para um shopping qualquer, pois havia passado em um teste para ser atriz coadjuvante, e queria comemorar fazendo compras.

A prima de Amy estava gastando tudo o que tinha comprando vestidos, sapatos e bolsas de marcas caras.

Enquanto ela fazia isso, Amy sentava-se em bancos do lado de fora das lojas, segurando sacolas e asobservando o ambiente.

Havia várias meninas de no máximo dezoito anos arrastando pais e mães para lojas, muitas apontando para vestidos brilhantes em vitrines, outras saindo com sacolas de lojas chiques...

Foi aí que Amy se tocou que já era fim de Maio, e as festas de formatura estavam chegando, garotas desesperadas correriam por aí a procura de vestidos atrasados para a festa.

Amy balançou a cabeça e olhou tristemente para baixo.

Ela nunca fora uma dessas garotas. Nunca fora para a sua festa de formatura.

Claro, não que ela não quisesse ir comemorar. Ela apenas não podia. Ela fora obrigada a ficar em casa.

Bufou, frustrada, e pegou o celular em seu bolso, checando as mensagens. Havia poucas, uma era de um colega de classe e outra de Charlotte. Esse colega a perguntava se estava tudo pronto para a apresentação do dia seguinte. Ela respondeu que sim. E Charlotte a mandara uma foto do CD do trabalho.

Entediada, Amy deitou-se sobre uma sacola e pensou em como teria sido se ela tivesse ido para a formatura.

§

No dia seguinte, Amy acordou na bagunça.

-Droga, Giny! - gritou.

A prima dela disse que iria arrumar as coisas que havia comprado antes de dormir.

Obviamente, ela não o fez.

A sala de estar estava cheia de roupas e acessórios, Amy quase não via o chão da casa dela.

Quer saber, dane-se.

Ela saiu pisando sobre as roupas novas da prima dela até o banheiro, pegou as roupas e materiais que precisava em seu quarto fazendo o maior barulho que podia.

Giny estava usando fones.

Amy suspirou e desistiu, logo seguindo para o Starbucks.

Ela foi a garota que chegou cedo no final das contas.

Arthur demorou vinte minutos para apresentar-se.

Eles pediram os mesmos cafés, e Amy certificou-se de que não havia caramelo na bebida (por certificar-se ela quis dizer que fez Arthur provar o café).

-Você está de mau humor - ele disse depois de trinta minutos conversando.

-Estou? - Amy perguntou, distraída.

-Sim, respostas curtas e tom de voz mais grave.

-Oh - Estava assim tão claro?

-O que aconteceu? - Arthur bebeu um gole de café.

-Nada.

-Ninguém fica de mau humor por nada.

-Mulheres ficam.

-Ah meu deus, Amy.

-Que foi?

-Informação desnecessária.

-Ué, se eu falei é porque eu achei necessário.

-Está vendo?

-O que?

-O seu mau humor.

Ela teve a capacidade de rir um pouco.

-É que...Minha prima está insuportável e ontem fiquei meio...abismada por causa das festas de formatura se aproximando, sabe? Nunca tive essa festa. - ela desistiu e contou.

-Entendo, nunca fui à festa também - ele passou a mão pelo cabelo castanho.

-Por que? - Amy perguntou.

-Terminei a escola... Mais cedo do que o normal. - ele corou um pouco e baixou a cabeça - E você?

-Tive que ficar em casa, ninguém queria me levar. Tipo, eu nunca tive a chance de...Ter um par para o baile, ajudar a arrumar o ginásio, arrumar um vestido que seria especial...

Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, até que Arthur levantou a cabeça, o rosto com uma expressão que Amy não vira muitas vezes, mas, mesmo com poucas vezes vendo, ela nunca iria se esquecer da expressão em seu rosto.

Ele tivera uma ideia, e uma ideia que com certeza iria se tornar concreta.

-Arrume um vestido, então.

DEMOREI MAS CHEGUEI. HIHI. GENTE ESSE CAP TA PEBA PQ VOU COMPENSAR NO PRÓXIMO. MAS TEM 1000 PALAVRAS EXATAAS. Pequeno spoiler: Tem romance no próximo capitulo :o. COMENTEEEEEM. FANTASMINHAS QUERIDOS, PONHAM A CARA NO SOL. BEIJOOOS.
-Belle

Ele não é tão Cego AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora