Capítulo 17

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-Bem vindos ao meu paraíso!

-Ah, vai se ferrar - Trevor sibilou, a raiva e o medo explícitos em sua voz.

O captor - ou captora - deu uma risada.

-Claramente você não tem nenhum senso de sobrevivência. Nunca assistiu à nenhum programa policial? Não sabe que quando um sequestrador fala algo, você. Fica. Quieto? - Arthur percebeu que a voz se aproximava, e então, ouviu o barulho de um soco.

Trevor não disse nada. Arthur queria mandá-lo para o inferno.

-Que bom que entendeu. Ah, Arthur, vejo que seu irmão conseguiu ajeitar essa sua perna. Minhas sinceras desculpas, eu não pretendia machucá-lo naquele momento, mas você reagiu.

Arthur não se lembrava de nada disso.

O sequestrador riu de novo.

-Ah, vocês deviam ter visto a família de vocês depois do tiro, todos foram correndo para a cozinha, viram o corpo daquela empregada. A primeira a lembrar de vocês foi aquela garota... Amy, eu acho. - o coração de Arthur apertou, se ele tivesse feito alguma coisa com ela, Deus, ele iria caçá-lo e mataria-o com as próprias mãos - Mas é claro que quando ela chegou, vocês já estavam bem longe. Depois foi a mãe de vocês, que subiu as escadas tão rápido que torceu o tornozelo. Quando ela viu o sangue do Arthur no chão, ela gritou tão alto. Depois foi aquele primo de vocês, o ruivinho, Ray, ele saiu correndo do quarto de hóspedes logo após o primeiro tiro, mas foi o primeiro a subir. Estava tão atordoado que a blusa ainda estava aberta. O pai de vocês ficou estático quando Kate falou para ele. O avô de vocês ainda não sabe. Foi bem engraçado.

Os punhos de Arthur estavam fechados, ele sentia tanta vontade de se levantar e socar o captor com toda a força. Mas isso não seria inteligente se ele realmente queria sair dali.

-Enfim, eu vim aqui para trazer isso para vocês, voltarei mais tarde quando tiver mais tempo. Uma maravilhosa tarde para vocês, Harrinsons - ele praticamente cuspiu o nome e a porta se fechou.

-Canalha. - Trevor xingou.

-Onde...Onde ele te socou? - Arthur perguntou.

-No meu olho esquerdo. Já passou.

Arthur assentiu rapidamente.

-Tudo bem, tudo bem. - suspirou. - Você está bem.

-Estou, mas nós precisamos sair daqui antes que ele volte, porque aquele cara vai nos matar assim que chegar.

-Não, ele não vai, precisamos nos acalmar e pensar em um plano.

-Como diabos você sabe que ele não vai nos matar?

-A voz dele, Trevor, ele alterou a voz dele. Isso quer dizer que não quer ser identificado, se ele não quer que soubemos quem ele é significa que ele pode querer nos soltar.

§

Eles passaram o resto do tempo decidindo o que fazer até Arthur ficar com dor de cabeça, eles decidiram tentar adivinhar a senha, se cada número fizesse um barulho diferente, talvez eles conseguissem decifrar o código.

Mas se eles tentassem descobrir que barulho cada número faz de uma vez, poderiam soar algum alarme e eles não queriam arriscar.

Decidiram ouvir três números por dia, ou pelo menos três números a cada quantidade de horas que parecessem ser um dia para eles.

Não sabiam se realmente sobreviveriam até lá, mas até então, aquele era o melhor plano que conseguiram formar.

Depois dessas horas, a porta se abriu novamente, e Arthur prestou bastante atenção no barulho que as teclas faziam.

-Voltei, meus queridos. - a voz falou novamente - dessa vez não vou passar tanto tempo com vocês dois, nesse momento, estou com vontade de conversar com Trevo de Folhas apenas. Desculpe, Arthur. Não é por mal, mas Trevor é uma pessoa tão... Interessante. Amanhã falaremos, nós dois, tudo bem?

-Não. - Arthur disse, o desespero crescendo em seu peito - Não, não vai levá-lo.

-Oh, Arthur, eu não disse que quando o sequestrador fala, você fica quieto? - um soco, e metade de sua face explodiu em dor.

Ele tentou se levantar, Arthur não deixaria aquele maníaco levar seu irmãozinho, não mesmo. Mas, quando ficou em pé, o captor chutou sua perna machucada, e ele caiu imediatamente, sem fôlego, a dor com a qual havia se acostumado em sua panturrilha triplicou.

-Pare com Isso! Pare! - Trevor gritou - Eu... Eu vou. Deixe ele em paz.

-Não, T-trevor. - O mais velho alertou, mas saiu quase como um suspiro.

-Vou ficar bem, Arthur, lembre-se do que você me disse. - "Ele não vai nos matar".

-Ah, deixem de baboseira. Parecem até aqueles irmãos da TV. Vamos, Trevo de Folhas -Arthur então ouviu uma série e passos, e ele estava sozinho.

Quando ele parou de sentir as náuseas resultantes da dor, Arthur chutou a parede com a perna boa. A preocupação, o desespero irrompiam em seu peito. Mesmo que não matasse Trevor,  apenas o pensamento de que o sequestrador poderia machucá-lo o deixava agoniado. Ele imaginou Trevor assustado e com dor, não podia suportar isso.

Mas, naquele momento, ele não podia fazer nada, ele já havia sido levado.

Ele só podia pedir que nada acontecesse com o irmão.

OI GENTE DESCULPA NÃO TER POSTADO

Fiquei muito sem inspiração, mas hoje a luz veio, e eu acho que deu certo.

GOSTARAM? O QUE ACHAM QUE VAI ACONTECER?

Ele não é tão Cego AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora