Capitulo 6

19.2K 1.7K 117
                                    

O capítulo de hoje está minusculo e atrasado. Sabem porque? Por que hoje daremos entrada ao passado da Amyyy YEEY.
Também entrei de férias, ou seja, vou postar mais :) (e definitivamente terei caps maiores, porque devo a vocês)
Muito obrigada pelos coments no capitulo anterior <33
AGORA VAMOS AO CAP

-Então é nova na cidade? - Arthur perguntou enquanto bebia outro gole de seu café.



-Sim, cheguei há três semanas. - Amy respondeu, bebendo seu próprio café.



-O que acha da cidade?



-Na verdade, ainda não pude explorar muito bem. Mudança, escola... - Ela respondeu. - Você nasceu aqui?



-Nasci. - disse ele - queria dizer que conheço a cidade na palma da mão, mas seria uma grande mentira.



Amy riu.



-Me disse que já é graduado - ela comentou - Quantos anos tem?



-20 anos - ele encarou o chão - E você?



-Faço 20 em Dezembro - Amy estava impressionada, terminar uma faculdade com 20 anos já era muito difícil, e deveria ser mais difícil ainda sendo cego. - Você por acaso é superdotado? Porque né...



-O quê? Não, não. Eu só...Tive sorte. -ele continuava a encarar o chão, as bochechas com um leve corado.



-Ahã - ela riu de novo - Está corando, sabia?



Ele levantou a cabeça, e riu nervosamente, corando ainda mais.



Amy riu também.



-Me fale sobre você - ele quis saber - Qual a sua história?



Amy tremeu.



-Bem...Eu nasci e cresci no Oregon e...Desde pequena fiquei fascinada com cinema, desde que assisti "o mágico de oz" para ser mais específica.



-O Mágico de Oz? Um dos primeiros filmes coloridos. Bom roteiro... Assisti esse filme pela primeira vez quando tinha o quê? 7 anos eu acho. - ele comentou.



-Esse foi basicamente o primeiro filme que assisti. - Amy disse - desde então eu me vestia de Dorothy no Halloween. E fazia meu pai se vestir de espantalho - Memórias, Memórias...



-Sempre me vesti de figuras históricas - falou Arthur - Einstein, Lincon... Mas uma vez me vesti de banana.



Amy riu, e mandou os pensamentos do passado para longe.



-Uma banana? - perguntou.



-Eu descobri isso há pouco tempo. - ele disse - Até aquele momento achava que tinha me vestido de bob esponja.



Ela gargalhou.



E ele sorriu.



§



Uma Hora depois, ela estava voltando para a casa dele. Acompanhando-o.



-Adorei ter esta conversa com você. - ele disse.



Ela deu um sorrisinho



-De nada. - ela brincou.



Arthur deu um pequeno sorriso.



-E obrigado por vir até aqui comigo, de novo. - ele agradeceu.



-Não é problema, mas sem querer ser rude, mas você me agradecendo desse jeito o faz parecer aquelas meninas indefesas dos filmes. - Amy deu uma risadinha.



-Tudo bem, vou parar. - ele respondeu.



Eles chegaram na porta do prédio (gigante) dele. E Arthur se virou para ela.



-Vejo você depois, Amy.



-Até. - e ela o viu entrando no elevador.



Amy seguiu para casa com as mãos nos bolsos do casaco. Arthur era a primeira pessoa com quem ela tinha feito contato com mais de uma hora na cidade. E ela estava muito feliz.



Chegando em casa, abriu a porta e se deparou com o pé de seu sofã totalmente arranhado:



-Pablo! - ela gritou.



O vira-lata veio correndo para cumprimenta-la. Pulando e latindo.



-Seu bobo. - ela acariciou o focinho do cachorro.



E lambeu seus dedos.



Ela suspirou e olhou seu pequeno apartamento.



Não era muito grande, um quarto, um banheiro e uma sala/cozinha. A sala era bagunçada, cheia de fitas e dvds, livros e roteiros impressos. Havia uma pequena tv antiga, um tocador de fita cassete e um de discos de vinil. A cozinha era minuscula, Amy havia apenas cuidado de ter um microondas e uma geladeira.



Ela foi até o armario onde guardava os discos de vinil de seu pai. E pegou o que continha as musicas que eles mais ouviam juntos.



Colocou no tocador e aumentou o volume.



Amy sorriu e olhou a foto que tinha dela e de seu pai, em seu primeiro halloween.



Que saudade, papai.



Deitou-se no sofá, ela iria conseguir a vida que sonhara. Iria ser a pessoa mais feliz do mundo.



Era uma promessa que tinha feito anos atrás.

Ele não é tão Cego AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora