2ª Temporada: Cala essa boca...!

4

A ligação era de Brenda.

- Alô!- falei animada enquanto tomava café

- Alô? Alô NADA! CADÊ VOCÊ? TA ATRASADA 1 HORA JÁ! - ela gritava

- O que? - me levantei da mesa indo em direção a porta.

- ISSO MESMO! São 9:00 horas!

- Sim, 9:00... ta marcado pras 9:30. - peguei minha bolsa e meu casaco

- Não! 8:00 HORAS. VEM CORRENDO PRA CA!

Eu abri a porta passando pelo jardim e colocando o casaco.

- NÃO ACREDITO QUE VOCÊ TA SENDO TÃO IRRESPONSAVEL ASSIM. - ela começou o sermão

- Eu não to sendo irresponsavel, era isso que tava na minha agenda. - eu disse irritada e sai na rua

O carro que meu pai havia preparado pra mim estava ali pronto, me esperando, com motorista e tudo.

- VOCÊ É IRRESPONSAVEL SIM... O QUE FOI? Quer dar uma de estrela agora? - ela disse

- Não quero nada, ACONTECE QUE NÃO TENHO CUL.. AI! - eu falava e caminhava até o carro, mas alguma coisa me arranhou.

- Lola... LOLA! - enquanto ela falava eu desliguei na cara dela.

Queria saber quem era o idiota que tinha passado por mim tão rápido que me machucou. O dia já começou mal.

Vi ele parando a uns 10 metros com o seu skate.

- Você não olha por onde anda não? - eu disse e olhei o ferimento que nem era tão grave.

O homem virou e caminhou em minha direção. Quando olhei bem pra ele, sabia que aquele rosto me era familiar. Era ele... Era o Castiel.

Tudo em volta parou, só enxerguei ele.

- Você ta bem? Lola? - ele me olhou assustado

Meu Deus! Eu nem ouvi direito. Eu, fiquei sem ação.

Ele estava com o cabelo preto, mais curto do que antes... Mais forte... Mais homem... Mas homem não sai por ai andando de skate... Aposto que ele é a mesma criança de antes. Ele usava uma calça jeans bem azul escura, um tênis, e mais uma camisa verde. O olhar assustado dele foi trocado por um de surpreso.

- Sim... Eu to bem, nossa... - eu disse finalmente depois de analisar os fatores.

Na verdade, eu nem sabia o que dizer. De certa forma eu quis abraça-lo, mas era super inapropriado. Alias, se me lembro bem ficamos brigados quando fui embora, e até hoje ele não me pediu desculpas nem por mensagem.

- Desculpa, foi a pulsseira. - ele sorriu de um jeito estranho me mostrando a mesma de spikes.

- Mas dessa vez foi só um arranhão leve. - eu disse e dei um sorriso forçado

Lembrei quando em uma praça ele me machucou sem querer com a mesma pulsseira, pulsseira que ele me deu, e depois eu devolvi.