2ª Temporada: Cala essa boca...!

16

Lysandre tem razão?

Eu não sei. 

Que bosta.

O Castiel não falou comigo depois disso. Na verdade agora ele está conversando com uma garota.

Ele cansou realmente. Era isso que eu queria? A garota ainda é bonita. E eles vão dançar. Eu simplesmente não consigo olhar pra isso. 

Me levanto e começo a andar, mas Thais me para. 

- Aonde você está indo? - ela perguntou

- Só vou andar. - eu disse

Continuei andando. Depois que o festival acabou viemos a essa festa. Fazia parte parte do pacote completo. Eu não queria vir, mas Thais insistiu. 

Talvez meu destino seja ficar sozinha. Meu Deus... O que eu estou fazendo? Eu... Eu não quis o Castiel. Ele é gato, canta, compõe, ele é especial, gosta de mim, foi o primeiro garoto que eu beijei. Foi o primeiro por quem eu me apaixonei. Foi o primeiro que me fez sentir arrepios, frios na barriga e que depois de anos ainda faz eu sentir o mesmo. Mas agora ele está dançando com outra. E porque eu estou chorando agora? Por ele? 

-Porque você está chorando? - alguém me puxou pelo braço mas logo me soltou

Era ele, olhei bem, como ele me achou? E ele veio atrás de mim? Porque?

- Não é nada. - eu disse

Ele riu.

- O que foi? - eu perguntei

Ele tocou meu braço e segurou um pouco forte, mas na medida. Me empurrou na parede. 

- O que você está fazendo? - eu perguntei 

Ele se aproximou lentamente, bem lentamente, fazendo meu coração acelerar, como se quase estivesse pulando para fora. 

Ele não tem um sorriso cínico, ele não tem um sorriso. Ele está com medo? Ele só tem aquele olhar de " Eu não sei o que eu estou fazendo, nem porque, então não me pergunte." Ele sabe o que está fazendo. 

Ele estava bem perto, a respiração dele estava como a minha, bem forte. Meus olhos já estavam fechados. 

Ele disse alguma coisa, mas o barulho não me deixou ouvir muito bem.

Eu permaneci com os olhos fechados e parada. 

 Ele encostou nossos lábios e forma profunda e suave. E é como se tudo em mim respondesse ao ato. É como se toda a saudade que eu sentia dele estivesse sendo esquecida ali. 

Minha mão tocou o braço dele, mas algo pedia por mais, então toquei o pescoço dele. Na nuca, no maxilar, dentro dos cabelos macios. Uma mão dele apertava minha cintura e a outra suavemente tocava o meu pescoço. 

Nos separamos lentamente também. O beijo dele ainda é o mesmo, só que ainda melhor. Olhei pra ele, ele me olhou. 

Mas, tem alguma coisa errada. É como se a mágica tivesse acabado. É como se eu estivesse caindo em mim.

Franzi a sobrancelha. Empurrei ele devagar e saí. 

- Hey, o que foi? - ele perguntou

Eu me virei pra ele e disse:

- Eu não sei, eu estou confusa.