Don't judge me.

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Oi amores, tudo bem com vocês? Eu espero que sim! Eu consegui finalmente terminar esse capítulo, uma tia minha veio passar o dia aqui e sobrou para mim né, fazer o que. Bem, espero que gostem dele e indiquei bem no comecinho para ouvirem a música Monster - Imagine Dragons. Vejo vocês lá embaixo. 

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(Play na musica: https://www.youtube.com/watch?v=hhSA9H9Iaqw)

Lauren POV.

Mesmo depois de Camila ter ido embora suas palavras ainda ecoavam em minha cabeça e por mais que eu tentasse ignorá-las, me sufocava por ela ter razão. Tirando David, Cabello foi a única pessoa que, como disse ela, me tirou da minha zona de conforto e por isso desejei matá-la. Eu era como qualquer outro assassino, droga, eu era uma maldita sádica, mataria qualquer um que ousasse me desafiar só para me sentir no controle, mesmo tentando evitar era essa a verdade, a maldita verdade. Tentei durante todos esses sete anos não me transformar totalmente em um monstro, mas foi impossível evitar, eu era um monstro, um sanguinário e assassino monstro. Estava na cozinha, as mãos apoiadas no mármore frio da pia, sustentando o peso do meu corpo curvado, minha respiração descompassada, aquilo tudo estava me enlouquecendo, não conseguia pensar com clareza. Sentir as lágrimas deslizando em meu rosto foi como o estopim, como eu era capaz de chorar por causa disso? Eu não hesitaria em matar alguém que me ameaçasse, mas chorava por perceber isso? Sim, Cabello está certa, minhas palavras e ações eram contraditórias, eu era a merda de uma hipócrita. A raiva tomou conta de mim, aniquilando toda minha sanidade, peguei o primeiro objeto que encontrei, um copo, jogando-o com toda a minha força em direção a parede, um grito gutural deixou minha garganta, acompanhando meu movimento, na mesma hora que ouvi o som do vidro se estilhaçando senti uma pontada em meu ombro, fazendo-me gritar pela segunda vez. Levei a mão ao ombro e senti um líquido quente molhar meus dedos, tinha estourado os pontos.

Como se não bastasse, Normani apareceu no corredor com uma expressão de espanto ao ver meu estado, abaixei a cabeça, não seria capaz de sustentar o olhar dela no momento. Ouvi ela respirar fundo e esperei as perguntas ou sermões começarem, mas para meu alívio Mani não disse nada, parecia saber que eu não estava em condições para ouvir alguma coisa. Senti ela se aproximar e me envolver em um abraço, sua atitude foi inesperada, surpreendendo-me. Hesitei por uns segundos, mas aquele gesto abriu uma porta para todo o meu desespero, medo e duvidas, comecei a chorar incontrolavelmente e me agarrei a ela, os soluços faziam meu corpo todo tremer. Normani me fez sentar em uma cadeira, sumiu por alguns segundos e voltou com o kit de primeiro socorros. Limpou o sangue seco da ferida e suturou novamente com um pouco de dificuldade por meu corpo tremer em meio a soluços. Minhas lágrimas não pararam em nenhum momento e eu me senti tão perdida que nem a dor trouxe-me para a realidade, apenas segui Mani quando a mesma me puxou até o sofá, aninhando-me em seus braços, mexendo em meus cabelos até perceber eu me acalmar um pouco.

- Laur. - Sua voz era um sussurro, demonstrava preocupação e carinho - O que aconteceu?

- Cabello tem razão. - limitei-me a responder, ainda não conseguia organizar todos os meus pensamentos.

- No que ela tem razão? - Perguntou paciente.

- Eu sou contraditória, uma hipócrita. - sussurrei com o olhar perdido.

- Ela disse isso para você? - Senti seu corpo tensionar e uma raiva controlada em sua voz.

- Não. - apressei-me em responder - Bem, sim, mas não na intenção de me ofender, eu acho. Ela apenas constatou uma verdade.

- Laur, juro que estou tentando te entender, mas até agora eu não consegui. - Percebi frustração em sua voz, respirei fundo e comecei pensar em uma resposta coerente.

Kill Not To KillOnde histórias criam vida. Descubra agora