Kill Not To Kill

A reencounter.

Olha eu aqui de novo! Como vai vocês, lindos? Espero que bem! 

Não tenho o que falar aqui então espero que gostem do capítulo. Boa leitura. 

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Camila POV.

Depois de assistirmos Marley e Eu e todas nós, sem exceção, chorarmos pela morte de Marley, nos entupirmos de doces e Lauren resmungar como não fazia sentido existir um filme tão triste ou sobre como era terminantemente proibido cachorros morrerem, achei que já podia ir para casa. Chamei Dinah e dei as chaves para ela com um pedido mudo para ela dirigir.

Assim que estivesse só nós duas Dj nos lotaria de perguntas, mas agradeci por ela esperar chegar até o carro, onde finalmente eu pude desabar. Comecei a chorar desesperadamente, não tocava no nome de Samuel Javier há anos, mas isso não significava que eu tinha o esquecido. Ele passou meses me ameaçando e não sei o que teria acontecido se não fosse por Andrea ter convencido Dante, um dos meninos mais temidos da época, sobre Javier e Pablo significavam problema. Dante os expulsou e com isso ainda era "seguro" frequentar o bairro latino, porém desde quando eu também fui expulsa até hoje, evitava andar por aqueles lados da cidade com medo de encontrar Samuel. Quando Jauregui o citou foi como se uma bomba com as lembranças daquele maldito dia explodissem em minha cabeça. Eu nunca tinha conseguido superar aquilo, não é algo que se supera. Não tinha problemas nem traumas, mas nunca fui capaz de perdoa-lo, afinal, ele não merecia meu perdão nem o queria. Samuel gostava do que fazia e por isso não pude evitar sentir-me como se tivesse sido vingada. Eu não queria sentir isso, não queria me agradar com a morte de alguém, mas foi impossível evitar isso e senti um certo alívio por não ter de me preocupar mais com ele.

- Chancho, o que aconteceu? - Dinah me chamou preocupada enquanto dirigia de volta para nosso apartamento.

- Ela matou Javier. - Jane sabia tudo sobre mim, inclusive isso e pude perceber que ela não havia se esquecido de quem eu falava quando vi seus olhos arregalarem e sua boca abrir.

- Aquele Javier? - Perguntou e eu confirmei com a cabeça - Mas por que? - Sua expressão era confusa.

- Eu não sei, fiquei chocada e entrei em transe quando ouvi ela dizer o nome dele. Não consegui perguntar nada. - Limpei minhas lágrimas, mesmo as mesmas não parando de surgir - Mas ela o matou, Chee. Ela o matou e eu mentiria se dissesse que não gostei disso. Me senti vingada e isso é horrível, mas na hora eu só queria saber se ela tinha o feito sofrer porque ele merecia sofrer, Dinah. Não importa o quão desumano seja isso mas ele merecia e estou aliviada que esteja morto.

- Ei, Mila, não é assim, ele era uma pessoa ruim que te fez mal, não teria como ser diferente. - Encostou o carro em uma rua qualquer e começou a afagar meu braço antes de me puxar para um abraço meio desajeitado, o qual ela só me soltou quando eu tinha me acalmado. - Esqueça esse nojento, Chan, ele não merece suas lágrimas e não precisa mais se preocupar com ele. - As palavras de Dinah pareciam frias e de alguém que não se importa com a morte dos outros, mas eram apenas a verdade. Javier era alguém melhor morto, muitas mulheres deixariam de serem estupradas graças a isso - Quer me contar o que aconteceu quando você foi naquele quarto? - Pude sentir a preocupação voltar para sua voz.

- Sei que deve estar me achando uma maluca - Ela concordou, voltando a dirigir - Mas eu não consegui ver ela se trancar naquele quarto sem fazer nada, Cheechee. Querendo ou não você sabe que não consigo tirar da minha cabeça algumas coisas que minha irmã diz e uma dessas coisas foi ela comentar sobre os olhos de Lauren serem muito tristes. Você viu como ela entrou naquele apartamento e fez o que eu fiz minha adolescência inteira. Eu não consegui me conter. Fui até ela e descobri que ela estava daquele jeito por ter matado alguém. - Respirei fundo ao terminar de falar e Dj permaneceu em silêncio, com as sobrancelhas franzidas por um tempo.