Your burden.

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Oi meus amores, tudo bem? Nem demorei tanto, uma semana passa rapidinho, não é mesmo?

Esse capítulo é curtinho, mas super importante. Se puderem, comecem ele ouvindo Diary Of a Dope Friend - Marilyn Manson, acho que dá mais emoção kkk. 

Bem, é isso, espero que gostem, Boa leitura! Vejo vocês lá embaixo. 

*****

Narrador POV.

O dia havia amanhecido nublado e o jovem apertava o moletom em seu corpo, procurando manter-se um pouco mais quente. A rua estava deserta e, como sempre, apenas Samuel Javier passava por ela. O rapaz andava preguiçosamente, arrastando suas longas e magras pernas sem se preocupar com os arredores, o vento fazia seu corpo esguio arrepiar-se, a pele bronzeada denunciava que o rapaz preferia o sol.

Passando em frente a um dos becos presentes no caminho sorriu largamente, era seu dia de sorte, pensou. Cem dólares encontravam-se jogados na entrada da viela. Ele tinha de vender muito das suas drogas para conseguir aquele valor de lucro e isso não andava sendo fácil já que havia se metido no território de um dos maiores traficantes do país. Direcionou-se para onde o dinheiro estava, porém uma rajada de vento fez a nota adentrar um pouco mais no pequeno e um pouco escuro beco, fazendo Samuel fazer o mesmo. Agachou-se para pegar o papel, distraído demais para perceber alguém se aproximar, seu pequeno e último erro.

Sentiu uma mão empurrá-lo e caiu no chão, tentou levantar-se mas era tarde demais. A pessoa tinha o imobilizado, pressionando suas costas com os joelhos, prendendo-o no chão, segurava seus dois braços em uma posição nada confortável. Javier estava desesperado, não conseguia se mexer nem ver quem era seu agressor. Olhava em todas as direções tentando achar uma solução quando seu corpo foi virado, ficando de lado no chão, ainda imobilizado. Sua surpresa ficou clara em suas feições ao se deparar com os olhos verdes e longos cabelos negros de uma mulher. Uma mulher. Seu lado machista gritou. Iria morrer nas mãos de uma mulher? Começou a debater-se na tentativa de se soltar. Não poderia ser morto por uma mulher. Uma pena para ele.

- Quieto. - A voz rouca repreendeu em um sussurro - Se resistir só vai se machucar mais. - O olhar que ela, Lauren Jauregui, direcionou para Samuel foi dilacerador e firme. O rapaz a obedeceu. - Samuel Javier, certo? - Perguntou, precisava ter certeza de que estava com a pessoa certa. O rapaz pareceu um pouco relutante, mas concordou com um aceno de cabeça, talvez queriam apenas darem a ele uma aviso.

Lauren olhava atentamente o jovem a sua frente. Tinha vinte e dois anos, era alto e magro, a pele um pouco morena, as feições ainda jovens, o cabelo caía em sua testa devido ao comprimento. Nos olhos castanhos claros era possível ver o desespero. Jauregui suspirou, precisava ignorar isso para conseguir fazer o serviço. Teve um momento de descuido ao soltar as mãos de Javier para pegar a faca em sua cintura. Foi o suficiente para ele empurrá-la e conseguir se levantar, porém Lauren foi tão rápida quanto ele e já bloqueava a passagem. Samuel correu na direção dela, levando o braço para trás, preparando um soco, o que não passou despercebido pela assassina que logo desviou a mão do rapaz e chutou suas costelas com a perna direita, fazendo-o arfar de dor, mas não foi o suficiente para ele desistir. Investiu novamente na mulher que, antes dele conseguir tentar atacar, acertou o cotovelo em seu nariz, logo depois segurou seus ombros e acertou-lhe duas joelhadas na boca do estômago antes de pressioná-lo contra a parede.

- Eu disse que só se machucaria mais. - A voz carregava um pouco de raiva, não gostava de ter que bater nas pessoas quando elas tentavam escapar.

Javier começou a gritar e xingá-la de todos os nomes possíveis, irritando um pouco mais Jauregui. Teria de acabar logo com isso. Puxou a faca militar de sua cintura, engoliu em seco, tomou certa distância e apunhalou o abdomen de Samuel. Sentindo todos os tecidos de sua pele se romperem na ponta da faca. O rapaz urrou de dor, o que fez a mulher tapar a boca dele com uma mão. Retirou a faca, sentindo sua mão ser coberta pelo líquido quente. Repetiu o movimento mais cinco vezes, vendo a cada uma das facadas a vida esvair-se de Javier. Os olhos deixarem o ódio para trás e carregarem-se de desespero, então viu o desespero sumir, ficando apenas a súplica de que acabasse logo, para, finalmente, tudo apagar-se.

Kill Not To KillOnde histórias criam vida. Descubra agora