Emma vê Felipe com outra

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•●FELIPE●•

Com todas as maluquices na minha cabeça eu estava me sentindo um completo adolescente, como se eu não soubesse o que eu quero.
Eu tinha que acabar com esse sentimento, tenho que tirar a Emma da minha cabeça, não está certo o que eu estou fazendo com ela e nem o que ela faz comigo. Mas eu sou um adulto e ela apenas uma adolescente, não posso culpa-la por se sentir atraída por mim, afinal essa fase todos adolescentes passam "querer algo proibido".

Em fim, resolvi sair no meu dia de folga e pensei relaxar no clube, conhecer novas mulheres, sim "mulheres". E quem sabe engatar uma para tentar esquecer a mocinha que está tomando conta dos meus pensamentos.

A noite já tinha caído e eu estava pronto pra sair, só pensava em esquecer a Emma e deixar que a noite tome conta de mim. O clube como sempre cheio, muita mulherada e gente bonita. Fui direto ao balcão, o objetivo era encher a cara e pegar uma.
Depois de algum tempo no balcão, tomando minhas queridas vodkas, apareceu uma mulher muito linda, com curvas perfeitas, vestido curto e vermelho, cabelos caídos nos ombros e um sorriso atraente.

- Vamos dançar? - Falou no meu ouvido.

- Claro! - E levei-a para a pista.

Ela era maravilhosamente linda, seu rebolado era surpreendente, um mulherão sem exageros. Dançamos, pegamo-nos e beijamo-nos na pista de dança.

- Porque não vamos a um lugar mais calmo? - Falei em seu ouvido e ela sorrio.

Peguei na mão dela e conduzi-a para uma esquina da discoteca, la tinha outros "casais" se amassando por aí mas nós não estávamos interessados nisso.

- Onde estávamos? - Ela perguntou com um sorriso safado.

Sem dizer nada, beijei-a cheia de desejo. Enquanto ela segurava meus cabelos e eu passava a mão pelo seu corpo, apertando, alisando, desfrutando cada curva daquela magnifica mulher sem parar o beijo, meu pensamento estava longe daquele clima.

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•●EMMA●•

Suzy ligou pra mim dizendo que viu Felipe na balada e na maior safadeza com uma mulher linda, os dois na pista de dança pareciam um casal feliz.

Eu de imediato levantei da cama e fui arrumar-me para ver essa cena erótica com meus próprios olhos. As cópias das chaves dos carros da casa ficam numa das gavetas do escritório e eu sabia qual era do meu carro, fui leva-la.
Sem me preocupar se ia ou não acordar alguém com o barulho que eu fazia, sai voando com o carro e fervendo de raiva. Eu sei conduzir, mas o meu pai é machista de mais para aceitar isso.

Cheguei na balada e fui no ponto mais alto de lá para procurar meu motorista e a sua atriz pornô! Não conseguia vê-los e minha cabeça ja estava doer, meus miolos ferviam só de pensar que ele pode estar na esquina mais mal frequentada da balada.
Fui direto para lá e vi muitos "casais" fazendo coisas eróticas e claro, quem eu vi?

Passei a mão na minha cabeça, observando a cena na minha frente, ciente que basta apenas uma faísca para eu explodir. Meus olhos estavam tomados pela raíva, ri baixinho e fiquei observando um pouco mais aquela cena erótica.

Como Felipe era cretino, safado, sacana...  De mau gosto também porque aquela mulher que eu mal a via, com aquele pedaço de tecido brilhante e pernas todas fora, estava mais pra uma vadia... Af... Eu estava me esforçando muito para não chorar, mas também demorava para tomar uma decisão perante aquilo que os meus olhos viam. Eu estava perdida em meus pensamentos e os meus olhos cravados naqueles dois sem vergonha.

A mulher foi a primeira a me ver, ela empurrou Felipe mas sem larga-lo...

- O que foi garota? - Gritou a VA-GA-BUN-DA pra mim.
Felipe só me viu depois que olhou para atrás com curiosidade em saber quem estava chateando sua vagabunda.

- Emma? - Ele largou a vagabunda de imediato como se isso fosse mudar tudo o que eu vi. Eu já tinha visto o suficiente pra saber o que estava se passando no meio daquela safadeza toda.

- Você a conhece? - A mulher perguntou como se cobrasse uma explicação.

Eu continuava calada, com lágrimas nos olhos mas fazendo um esforço para não solta-las. Naquele momento não tive dúvidas de que entre nós não podia haver mais nada, apesar de tudo que rolou.

Assim, levantei minha cara empinando o meu nariz e com a maior cara de quem não conhece aquele canalha que continuava com aquela cara de um garoto levado, saí andando. Mas não demorou muito para as minhas lagrimas caírem, eu ia em direção ao meu carro mas parecia que nunca mais chegava, até que senti uma mão forte pegando meu braço.

- Emma!

- Me larga seu canalha! Vai terminar o que você começou com a sua vagabunda. - E corri para o carro, mas o teimoso veio atrás de mim e no momento em que eu ia abrir o carro ele me arrancou a chave.

Eu já havia perdido a minha dignidade, o que me mantinha sóbria já havia se rompido e o que eu mais queria era arrancar seus intestinos com as minhas próprias garras.

- Emma, para com isso e me deixa explicar.

Aah, eu estava fora do controle e só piorou ele querendo explicar o que uma criança de 5 anos entenderia. Eu vou matar esse canalha!

- Não quero ouvir nada, você não passa de meu motorista e não tem que dar satisfação da sua vida sexual ou sei lá oquê pra mim! Agora dá minha chave.

- Onde você arranjou essa chave? - Tentou mudar de assunto.

- Assim como você não me deve satisfação, eu também não te devo satisfação! Agora dá minha chave ou eu vou pedir para meu pai despedi-lo. - Se bem que não era o que eu queria, eu não sabia mais o que eu estava falar.

- Emma! Para de ser infantil. Vamos, eu vou te levar para casa e lá conversamos.

- Felipe... Me dá merda da chave. - Falei mais calma, tentando não chorar e nem mostrar ciúmes.

- Toma. - Ele entregou a chave e eu abri o carro.

Antes que eu entrasse no carro, olhei para ele, não sei exactamente o que eu esperava dele mas olhei-o com nojo e desprezo.

- Quer saber? Eu me enganei ao seu respeito Felipe. - E as lagrimas quentes escorreram pelo meu rosto. - Vá, vai ficar com a tua vagabunda e vê se me esquece!

Entrei no carro tentando recuperar-me e fui para casa, deixando Felipe parado, congelado, sem ação.

Meu MotoristaOnde histórias criam vida. Descubra agora