8° Capítulo

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•●FELIPE●•

Acordei e senti um vazio ao meu lado. Emma! Saí correndo para o banheiro e não encontrei-a, para não assusta-la chamei-a om um tom calmo e também não obtive resposta, procurei-a por toda casa, todos cantos e nada...

- Emma cadê você meu amor? - Surssurei para mim mesmo.

Tentei ligar para ela mas o contacto estava fora de área, onde será que ela está? Procurei-a em casa dos pais e nem sinal dela, nem dos pais que por acaso tinham dito que iam aparecer nessa manhã, perguntei a dona Alice se os pais estão com a Emma mas ela disse o contrário. Emma não estava em casa dos seus pais e nem estava com eles, não estava com a Suzy, não estava em nenhum canto da universidade e em nenhuma das praças da cidade, procurei-a até em pastelarias, restaurantes e bares... Eu estava enlouquecendo, entrei em meu carro e antes de ligar o motor, suspirei...

- Pensa Felipe, algum lugar está faltando, ela ainda está aqui nessa cidade, mas aonde? Peeensa!

Cruzei meus braços no volante e encostei a minha testa neles, até que lembrei de um lugar que ainda não fui... Praia! Claro, praia é o lugar que a Emma mais adora. Sorri na esperança de encontra-la na praia, liguei o carro e saí feito um louco procurando minha amada em todos cantos da praia dessa cidade mas eu não encontrava Emma, e meu sorriso estava murchando.
Resolvi descer do carro e entrar na praia, caminhei, caminhei, caminhei até que vi aquele corpo pequeno, frágil... Emma estava sentada na areia e bem perto de onde as ondas que batiam nos seus pés cruzados.

Me aproximei, ela estava com os olhos fechados, parecia que estava ouvindo atentamente o som da brisa, respirando fundo e calmamente. Resolvi sentar ao seu lado e esperar que ela note a minha presença, não demorou nem um minuto e Emma começou a falar sem se quer abrir os olhos.

- Jackson... Eu tirei a queixa.

- O quê???  - Emma so pode estar brincando.

- Ligaram hoje cedo, perguntaram se eu posso aparecer lá na delegacia e eu fui, mas pelo caminho pensei em tudo que eu passei com o Jack, ele nunca me tratou mal, nem sóbrio e nem mesmo sobre o efeito de alcool ou alguma outra droga...

- Emma... - Ela continuava com os olhos fechados e me interrompeu sem se quer mover um dedo, parecia uma estátua.

- Eu fui até a delegacia. - Emma respira fundo e continua - Pedi para soltarem o Jack e falei com ele... Ele está arrependido, eu vi em seu olhos a pura sinseridade, eu não ia deixar meu amigo ex companheiro ser julgado por uma e única falha que ele cometeu comigo. E eu agradeço à Deus por ter colocado você no lugar exacto e na hora certa, salvaste-me de algo ruim que eu teria que conviver com ele para a vida toda, salvaste o Jack também porque ele teria que viver com a culpa e o arrependimento para toda vida e ainda iria pagar pelos seus actos, na cadeia...

- Emma para! Por favor...

Abracei-a mesmo com medo de ser rejeitado,abracei-a forte como se quisesse protege-la de todo mal e tudo que senti foi o corpo dela se esforçando para não chorar, mas também não demorou muitompara eu sentir gotas quentes em meu peito. Emma estava chorando em silêncio e isso trinchou meu coração em pedaços minuciosos, senti seus braços enrolarem nas minhas costas e suspirei, era o que eu precisava, de uma reacção que me autoriza-se a cuidar dela. Abracei-a mais forte e acariciei seus cabelos.

- Emma meu amor, vamos para sua casa. - Ela apenas fez sinal posetivo com a cabeça.

Levantei, ajudei ela a se levantar também e juntos caminhamos em direção ao meu carro, e fomos para seu apartamento. Emma não quis comer nada, apenas dormir e eu não obriguei-a a nada, apenas aceitava o que ela dizia e a ajudava a preparar a cama para ela poder descançar. Deitei ao seu lado efiz cafuné até ela adormecer, o que foi muito fácil, fiquei mais um tempinho observando ela, como ela é linda, frágil, eu não me canso de aprecia-la e agradecer à Deus por ter me dado uma mulher maravilhosa que é a Emma.

Enquanto Emma dormia, eu tratei de fazer o jantar, não sou nenhum mestre cuca mas dou para o gasto. Preparei uma macarronada á minha maneira:

•Macarrão,
•Rodelas de chouriços,
•Rodelas de cenouras,
•Pimenta cortada em quadradinhos pequenos,
•Bacon aos cubos,
•Mozzarella ralada,
•Cebola,
•E outras coisas que não lembro, estava so inventando.

Ja era noite, enquanto eu arrumava a mesa, ouvi os passos da Emma arrastando os chinelos no chão da casa, ela estava mais solta, parecia uma menina que acabou de acordar de um sono profundo.

- Boa noite minha princesa. - Digo enquanto coloco a travessa da macarronada no centro da mesa.

- Boa noiite. - Ela responde se aproximando da mesa e em seguida sentando sem se quer apreciar a minha pequena decoração.

- Então... - Me sento em frente dela - Dormiu bem?

- Sim, que nem a bela adormecida, acho eu.

- Num sono profundo mas curto, né?! - Falo enquanto sirvo o suco pra ela.

- Lasanha? - Lasanha? Ela so pode estar dormindo mesmo.

- Não meu amor, é macarronada. - Sorriu do lado.

- Eu estava brincado seu bobo, eu sei que é macarronada, e de chouriço com bacon. Posso? - Ela pergunta levantado seu prato vazio.

- Oh, sim meu amor, desculpa. - Servi pra ela e em seguida pra mim.

- Humm, está muito bom ou eu é que estou morrendo de fome?

- Deve ser a sua fome. - Brinco com ela.

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