Tentando Reconciliar

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Eu achei melhor ir para o meu apartamento, pelo menos lá o Lipe não ia me encontrar. Bem, era assim que eu pensava até o momento em que ouvi a campainha tocar, abri a porta e aquele poste nem esperou eu impedir a sua entrada e ja foi invadindo o meu espaço.

- Quem você pensa que é para entrar assim no meu apartamento??

- Emma, eu te amo! - Lipe se aproximou de mim e eu recuei para não lhe dar chance de me tocar.

- Acho melhor você ir embora. Jackson vai chegar daqui há pouco. - É mentira, mas eu bem que gostaria que fosse verdade.

- Você está com ele?

- Sim! - Mais uma mentira.

- Eu é que deveria estar ocupando esse lugar, e não aquele playboy mimado.

- Não fala assim do meu namorado!

- Falo! Falo sim... Eu sei que você ainda me ama, Emma, eu sinto, eu vejo em teus olhos, teu corpo, tua respiração te entrega.

- Não se engane, eu amo o Jackson.

- Eu sei que não, eu sei que sou melhor que ele.

- Ayé?! Vejamos, quem foi embora sem me despedir e nem se quer se importar comigo? Quem nem se quer se importou em deixar uma mensagem? Nem se quer ligou para saber como estou? Quem me deixou passar os últimos onze meses chorando quase todas as noites? Passei meu aniversário me perguntando onde estavas. Quem foi que transformou meus onze meses em lágrimas e me fez não voltar a acreditar no amor? Não foi o Jackson... Então não se ache melhor que o 'playboy' porque você Felipe, você não chega nem aos pés do playboy. - Pude observar sua cabeça baixando de tanta vergonha, assim como suas armas e nem aquilo me amoleceu.

- Emma...

- Saí daqui... Agora!

Lipe apenas obedeceu e antes de passar pela porta, levantou a cabeça e olhou para mim como se procurasse qualquer coisa em mim, talvez o perdão ou o amor que eu sinto por ele, que eu isolei no fundo de mim. Eu estava no meio da sala e não queria olha-lo, apenas continuei parada, olhando para o nada e esperando ele sair e fechar a porta.

Mal que ele fechou a porta, eu sentei no chão da sala, ao lado do sofá, encostei a minha cabeça nele e fiquei lembrando de todos os momentos que passei com o Lipe, apartir do dia em que ele chegou lá em casa até o dia em que ele sumio. Muita coisa veio na minha cabeça e quando eu estava prestes a chorar, meu celular toca...

"- Emma?

- Suzy.

- Como estás amiga?

- Viva...

- Queres desabafar?

- Eu não sei o que pensar...

- Você devia deixar ele falar tudo que quer, devia ouvi-lo...

- Suzy... Quando eu precisei ouvir uma palavra dele, ele não apareceu.

- Você ama ele, não adianta negar, eu sou tua amiga e eu sei que sim. Deixa  de se fazer de dura e dá uma chance para ele. Não vês que os dois estão sofrendo?

- Suzy...

- Não diga nada, quem tem que te ouvir é ele. Pensa bem, depois falamos. Está bem?

- ... Sim...

- Prontos, beijinhos.

- Beijo."

Será que ela está certa? Quando ele estava aqui, eu pude sentir tudo aquilo voltando, todo aquele fogo ardendo em mim, mas  a minha raíva também continuava bem viva. Depois de uma horas pensando nisso e deitada no sofá, acabei pegando no sono.

Meu MotoristaOnde histórias criam vida. Descubra agora