Quando me descobri lutadora, meus pais surtaram. Não achavam certo a filhinha deles deixar de fazer faculdade pra apanhar dos outros, como eles mesmos diziam. Entrei numa acabademia de luta, comecei aos poucos. Fiz de tudo um pouco até saber do que de fato eu gostava, qual arte marcial específica me encantava. Demorou um pouco. Foi difícil. Fiz de tudo um pouco. E acabei descobrindo um pedaço de mim em cada uma delas. Comecei a participar de competições clandestinas, não haviam divisões de pesos. Eram mulher querendo extravasar suas frustrações em outras mulheres. Na primeira vez apanhei muito, admito. Mas quis voltar lá. Fui pra academia e treinei, treinei e treinei. As competições aconteciam nas segundas feiras. Esperei ansiosamente para voltar lá e recolher minha dignidade daquele chão que ficou marcado com o meu sangue e com o de muitas outras.
Meu namorado, esqueci de mencioná-lo, não gostou nem um pouco quando descobriu o porquê daquelas marcas frequentes que eu tinha. Mas eu não me importei. Graças ao meu esforço, me tornei lutadora do UFC e dois anos mais tarde campeã da minha divisão.
↪ Esse é o meu primeiro livro, espero que não odeiem!
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Antonella
Chick-LitUma história sobre seis amigos que decidem estudar em um colégio interno suíço e juntos descobrem o amor. Eles passarão por diversas situações juntos ao longo da história que será dividida em partes. Espero que gostem dessa história.
