CAPÍTULO 12. ENTREGA

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As crianças, como ele chama, percebem o clima e tratam de nos dar boa noite, sobem para o quarto, mas não sem antes Lily soltar uma piadinha.

_Comportem-se crianças!

_Boa noite Lily!
_Boa noite Jack!

Johnny me abraça com ternura, eu apenas repouso meu corpo em seu peito, sinto o calor do corpo dele, o cheiro e me embalo com os carinhos provenientes de suas mãos que se revezam entra afagar meus cabelos e minhas costas.

_Johnny! Falo baixinho...

_Oi meu amor!

_Acho que deu tudo certo né?

_Deu sim, eles te adoraram...

_Eu também adorei eles! Johnny! me mostra seus lugares na casa, suas coisas...

_Ok, vem...Ele me solta do seu abraço e me puxa pela mão, vou te mostrar meu lugar favorito.

Ele me levou até o estúdio dele, eu que não entendo nada de música, fiquei boquiaberta com a quantidade de instrumentos, principalmente guitarras, elas estavam em toda parte, chegavam a cobrir a parede do lugar.

_Aqui é onde passo grande parte do meu tempo livre!

Ele pega um violão, segura minha mão e me chama para acompanhar ele, subimos dois lances de escada e chegamos ao quarto dele, ele para em frente a porta e fica de costas para ela, olhando para mim.

_Esse é o lugar em que espero receber sua visita com frequência, rss

_Vamos ver se gosto do que vou encontrar aí, rss

Ele abre a porta, o lugar é amplo e acolhedor, tem uma cama grande, uma poltrona e outro sofá que lembra um divã, uma varanda enorme, escondida por cortinas pesadas.

_Vem cá! 

Ele me leva até o sofá e eu me sento, ele se senta a meu lado, me olha franzindo os olhos como quem tenta adivinhar o que estou pensando, volta o olhar para o violão e começa dedilhar, o som vai se transformando em uma linda música.

Ouçam "Have You Ever Really Loved A Woman?" do Bryan Adams. ( música tema do filme Don Juan DeMarco)

Não sei dizer se senti mais vergonha ou vontade de chorar, aquilo tudo parecia surreal para mim, ele me olhava sem jeito, mas desafiador ao mesmo tempo, era clara a forma com que ele estava se esforçando para me agradar.

Eu me levantei e ele me acompanhou com o olhar, tirei o violão das mãos dele, o que o deixou meio desnorteado já que ainda estava tocando.

Coloquei o violão na poltrona e voltei até ele, me coloquei de pé entre as pernas dele e o abracei, queria agradecer por ele estar sendo tão incrível, mas achei que seria melhor mostrar minha gratidão de outra forma.

Dei um passo para trás, nos olhamos e foi impossível não sorrir, fixei meu olhar no dele, antes que a vergonha tomasse conta de mim, puxei a barra da minha blusa de dentro da saia e tirei pela cabeça, ele analisava tudo com uma calma perturbadora.

Não tinha mais como voltar atrás, coloquei as duas mão atrás do meu corpo e abri o zíper da minha saia, sem desviar meu olhar do dele, desci ela até os pés, tirando um pé de cada vez e jogando ela para um canto.
O olhar dele desceu, mas continuava a me "secar", os olhos dele subiam e desciam pelo meu corpo, eu fiquei apenas de lingerie, estava usando um sutiã preto sem alças e uma calcinha também preta fio-dental, minha boca estava seca e já estava ficando sem ar com toda aquela tensão.

Ele fez que ia levantar, mas eu queria ter o controle sobre o que estava acontecendo, então pedi que parasse e continuasse sentado, voltei para perto dele, que me recebeu colocando as mão em minha cintura e me puxando para o colo dele.

UM CONTO SEM FADASOnde histórias criam vida. Descubra agora