CAPÍTULO 82. O FEITIÇO VIROU CONTRA O FEITICEIRO?

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Finalmente estou saindo do hospital, foi necessário toda uma estratégia para escapar dos paparazzi, mas fiquei alheia a tudo isso, Johnny cuidou de tudo com sua equipe de seguranças. Entrei em um dos carros e para a minha surpresa Johnny me deu um beijo e se despediu.

(J)_ Amor, nos vemos em casa!

_ Onde você vai, achei que iriamos juntos.

(J)_ Eu vou sair pela frente, em outro carro, assim ninguém fica sabendo que você teve alta, quanto menos eles souberem melhor.

_Tudo bem então...

Vou com o motorista e um segurança, o carro segue pelas ruas de Los Angeles, apoio minha cabeça no vidro da janela e observo as cenas que se apresentam lá fora, agradeço mentalmente a Deus por finalmente me ver fora daquele hospital, sei que logo estarei de volta, mas em circunstancias totalmente diferentes.

O carro entra no luxuoso condomínio, tudo que se passa agora são muros altos, brancos e cravados de câmeras de segurança, portões imponentes e verde, muito verde. O carro para diante do portão da enorme casa, que após alguns segundos se abre lentamente, entramos e o motorista para o carro diante da porta...respiro fundo... e sorrio, logo minha porta de abre, o segurança já está me estendendo a mão para me auxiliar na decida.

Fico parada diante da porta a observando... o segurança se oferece para abrir, mas faço que não e o impeço.

_Vou esperar o Johnny, quero entrar junto com ele...

mal acabo de falar e o segundo carro para logo atrás do que me trouxe, Johnny desce e vem ao meu encontro.

(J)_ Está tudo bem meu amor? porque ainda está aqui fora?

_ Acabamos de chegar e eu também queria entrar junto com você...

(J)_ Não seja por isso!

Ele faz que vai me pegar no colo, mas eu grito e me afasto...

_Está maluco, vai me derrubar...olha o tamanho que estou...

(J)_ Para de ser boba, que outra oportunidade eu vou ter de pegar os três no colo?

Ele se aproxima e me  ergue devagar, até tenta disfarçar mas vejo ele morder o lábio por dentro, eu devo estar pesando uns duzentos quilos.

Ele me coloca no chão assim que entramos na sala e ele tenta recuperar o ar...

_Eu falei que você não iria aguentar!

(J)_ Como assim? eu aguentei, não entrei com você no colo?

_Mas está aí morrendo...

(J) Vem! tenho uma surpresa para você.

Ele desconversa e me puxa pela mão em direção a escada, subimos lentamente e eu chego lá em cima quase morrendo sem fôlego.

_Meu Deus, achei que ia morrer na metade.

(J)_ Amor é normal se sentir assim, está carregando dois bebês, sem contar o tempo que ficou respirando por aparelhos.

Andamos até o final do corredor onde ficava o maior quarto da casa e na frente dela havia um  outro quarto, também muito grande, mas nada comparado ao primeiro.

(J)_ É aqui!

_É o que estou pensando?

(J)_ Hum...por que você mesma não vê?

Me aproximo da maçaneta dourada e giro lentamente, abro uma fresta e minhas suspeita se confirmam, está tudo aqui, tudo que eu já tinha preparado para eles, mas havia muito mais coisas... os dois bercinhos estavam separados por um tapete branco e fofinho e por uma comoda enorme com trocador.

O quarto tinha uma parede de vidro que fazia as vezes de uma janela, deixava o ambiente muito bem iluminado, mas havia três camadas de cortinas, uma com blackout, uma na cor branca, mais pesada e uma amarela bem clarinha e mais leve, a poltrona de amamentar estava lá também, ao lado do banheiro estava o closet,  no lugar da ilha, na verdade na parte de cima, havia outro trocador.

O banheiro estava todo adaptado, mas achei graça da banheira enorme que havia lá, mas Johnny disse que seria útil pois caberia nós quatro, confesso que imaginar a cena me deixou com um sorriso de orelha a orelha.

(J)_ Não havia tempo para uma reforma estrutural, então adaptamos ao que já estava...

_Amor, está tudo perfeito... e não vejo a hora de estarmos nós quatro brincando ali, mas me fala quem fez isso, não parece ser coisa sua e sei que você não saiu do meu lado.

(J)_ Minha irmã cuidou de tudo, mas preciso dizer que na arrumação Lily e Noéli ajudaram também.

_ Amei absolutamente tudo! Obrigada por trazer Noéli, vou precisar de muita ajuda...

(J)_ Bom... agora que a mamãe e os bebês conheceram o lugar podemos considerar inaugurado. 

Ele anda até a comoda,  pega um quadro e vai em direção à porta..

_ O que é isso?

Ele pendura do lado de fora da porta e sorri satisfeito, ando eté lá e sorrio com o que vejo. Os nomes dos bebês, feito em algum tipo de tecido, colocado em um quadro de fundo e moldura bracos, bem simples e clean.

_Achei que não gostasse desse nome?

(J)_Anne, como você naquela U.T.I eu simplesmente fiz todas as suas vontades, se você quisesse o nome do seu primeiro namorado...assim seria...

Seguro seu rosto entre as mão e na ponta dos pés dou um beijo carinhoso nele.

_Ah amor, que fofo...o Antony vai amar quando souber!

Sua cabeça vai para trás e seus olhos se arregalam, ele segura minha mão  e me olha com os olhos cerrados...

(J)_ Você está de sacagem?

Infelizmente não consegui me manter  séria e cai na gargalhada...

_ Amor, você precisava ver sua cara! digo com dificuldade.

(J)_ Não brinca com isso mulher!

_Você acha mesmo que alguém coloca nome de ex nos filhos? pelo amor de Deus Johnny...

(J)_ Ta, mas me diz...de onde tirou esse nome?

_ Eu ouvi em algum lugar, assim que cheguei aqui, não me lembro mais quem falou,  mas na hora me lembro que gostei do nome.

Achei melhor não mentir, mas não precisava contar que ouvi o nome da boca do próprio, que por sinal era um belo exemplar do sexo masculino, afinal eu realmente gostei do nome.

(J)_ Tudo bem então...

_Não vai questionar o porque de Ninna? 

(J)_ Não...

ele sacode a cabeça em negação e me olha sorrindo...

_Por que?  já teve alguma namorada chamada Ninna?

(J)_ Eu não vou saber te dizer, não me lembro do nome de todas.

_ Cretino!

(J)_ O feitiço virou contra o feiticeiro?

Ele acha graça da situação...

_John Christopher Depp II, eu juro que se descubro alguma Ninna no seu passado eu dou pro primeiro Antony que aparecer, nem que eu tenha que procurar no Google.










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