...Aqueles olhos negros e brilhantes estavam me encarando desafiadoramente, segurei seu rosto e o puxei para mais perto, fazendo o "Espanhol" cair de joelhos, colei meu lábios em sua boca macia e iniciamos um beijo lento, aos poucos ele sucumbiu ao desejo e levou sua mão à minha nuca, intensificando nosso beijo.
Ainda sentada lacei seu corpo com minhas pernas o trazendo para mais perto, o beijo ficou mais quente, ele mordia meu lábio e deslizava uma mão por minha costa e cintura.
Com muita excitação ele separou nossos lábios, fez carinho em minha face e me encarou dizendo não muito decidido._Eu não posso... me desculpa!
_O que foi? Você tem alguém?
_Não... Eu não tenho ninguém, é que você não está em condições.
_Mas... Eu quero...
_Vamos fazer assim... Se amanhã, depois de passada a ressaca, você ainda quiser, tanto quanto quer agora... Eu prometo que vou te dar o melhor sexo da sua vida.
_Você é um idiota sabia? Chama a droga de um táxi para mim, eu vou dar pro taxista e quando acabar, vou te ligar para ele te gradecer.
Ele se afasta e começa a rir...
_Eu vou te levar pra casa, meu Deus você vira uma devassa quando bebe!
Ele me ajuda a levantar e só agora eu percebo o quanto bebi, minha cabeça quer ir para a esquerda e minhas pernas querem ir para direita.
_Sai... Eu não vou a lugar nenhum com você, onde já se viu... Fica dando em cima e depois nega fogo.
Ele ignora minhas minhas acusações e me arrasta para a saída.
_Anne?
Alguém me chama e eu olho tentando focalizar as duas silhuetas para formar uma imagem só.
_Ei, eu te conheço, você é o...o...
_Mike, advogado do Johnny, vim ver sua amiga Kim.
_Ahhh ela vai adorar te ver, ficou louca para dar pra você da última vez...
Digo dando uma gargalhada e ele fica sem jeito...
_Anne você está bem?
_Claro que sim, olha o tamanho desse Delícia aqui, pode falar pro Johnny que eu estou passando muito bem.
_Anne, chega!
Henrique tenta me fazer parar de falar bobagem, sem sucesso._Ah! Fala também que eu acho que... Ah deixa pra lá, pode ir...
_Ok, se cuida!
Henrique me abraça pela cintura e me leva até o carro, me ajuda a sentar no banco do carona e coloca o cinto em mim.
Ele como sempre, dirige em silêncio.************
Chegamos em casa e minhas pálpebras estavam pesando, Henrique me pega no colo e me leva até o quarto, me colocando gentilmente na cama.
_Você acha que consegue tomar um banho sozinha?
_Não, me ajuda?
_Vou passar um café, quando você estiver melhor, você toma banho... Sozinha!
Ele sai sorrindo em direção à cozinha.
Eu levanto com muito esforço, minha cabeça está pesando mais que meu corpo, ando até o banheiro e acho graça com a imagem que vejo no espelho, tiro meu vestido e vou à procura de algodão para limpar minha maquiagem detonada e devolver um pouco da minha dignidade._Anne! Cadê você?
_No banheiro!
_Está tudo bem? O café está pronto...
_Me ajuda aqui...
Ele entra e fica parado na porta, me observa e eu espero a piada...que não vem.
_Que foi? perdeu a fala?
_Eu...vou...é... Esperar lá....
_Não vai não.
Seguro ele pelo braço e o puxo para mim, coloco os dois braços em volta do seu pescoço e esfrego meus lábios nos dele.
O coração dele bate acelerado, ele engole seco, depois de muito exitar, sinto suas mãos em volta da minha cintura e sua boca se abrir e abocanhar a minha.
As mãos dele passeiam por minhas costas e descem apertando meu umbum com vontade, ele geme e me levanta, me colocando sentada na pia, seguro sua nuca e mordo seus lábios enquanto ele chupa minha língua, seu membro faz pressão na minha intimidade.
Henrique tira a camiseta e seu peitoral enche meus olhos de luxúria, esculpido em músculos e lisinho, seu abdomem desenha um caminho tortuoso até o grande volume que ainda está encoberto. passo minha mão por ele...ele arfa._Nossa, parece grande!
_Tem a medida certa pra te deixar feliz.
Ele ataca novamente meu pescoço, com beijos, enquanto eu abro a sua calça, ele usa uma cueca boxer preta, suas cochas lindamente definidas e grossas.
_Tira a cueca, apresenta ele pra mim.
Deslizo meu corpo descendo da pia e me coloco de pé na frente dele, ele abaixa a cueca e de repente tudo escurece e eu perco a consciência.
********
Acordo deitada na cama, Henrique está andando de uma lado para o outro com o telefone na mãos.
_Não... Espera...ela acordou! Tá eu espero você chegar.
_O que aconteceu?
_Ta sentindo alguma coisa? Eu não queria te assustar...
_Hã? Do que você ta falando?
_Eu mostrei meu pau pra você e você desmaiou!
Eu começo a rir sem forças.
_Henrique, eu nem lembro de ter visto seu...você sabe!
_Hum... O que houve então? Vou te levar no hospital.
_Não vou a hospital nenhum, o diagnóstico vai ser alcoolismo, ai meu Deus nunca mais eu bebo!
"Batidas na porta"
_Fica quietinha aí, a Kim deve ter esquecido as chaves.
_Não! Eu vou abrir, assim ela já fica tranquila vendo que estou bem.
Coloquei um Penhoar que estava na cama e fui atender, quando abri a porta, meu sorriso se desfez.
Ele estava ofegante e me lançou um olhar analítico._O que está fazendo aqui?
_Só me diz se você está bem?
_Kim, vê se convence essa teimosa a ir ao hospital!
Meu coração dispara ao ver Henrique sem camisa entrando na cozinha e falando alto.
Johnny me olha confuso e da um passo entrando na casa, ele se vira e olha pra cozinha, buscando o dono da voz masculina._Seu amigo? Ele me pergunta com uma certa ironia no jeito de falar.
_Não é da sua conta! Se queria saber se estou bem, era só me ligar e não aparecer de madrugada na minha casa.
_Mike me ligou preocupado com você, disse que estava bêbada e saiu com um estranho.
Mas pelo que estou vendo vocês são bem íntimos na verdade.Henrique apenas nos observa, tomando tranquilamente seu café.
_Já viu que estou bem, pode ir embora!
_Me desculpa se fui muito duro com você ao telefone, estava preocupado com o bebê...
_Vai embora!!! Eu não quero ouvir você.
Henrique que apenas nos observava, resolveu se aproximar e entrar na conversa.
_Anne, fica calma... Cara, vai embora ela já deixou claro que não ta afim de te ouvir.
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UM CONTO SEM FADAS
Hayran KurguAnne nunca viu o mundo como ele realmente era, acreditava nas pessoas e acreditava que tinha sorte, sempre foi pé no chã, nunca precisou de muito para ser feliz, apesar de não precisar, ela tinha um emprego, amigos simples e gostava de divertimen...