1. A Task

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Ao entrar pelos portões do castelo de Baron, Harry instantaneamente se sente em casa. Não é pelo fato do piso do piso de mármore abraçar os seus pés – por mais que não fosse muito confortável de pisar no mesmo. A coisa é que Harry cresceu ali: é a única coisa concreta sobre as raízes de sua vida, e ele sabe que nunca se sentiria tão bem-vindo em outro lugar que não fosse Baron.

Era lá que estavam Louis, Ed e Zayn, afinal.

O barulho do portão de madeira ressona pelo ambiente, e logo Justin, um soldado e amigo de Harry, aparece para acompanhar o amigo até a sala do trono.

— Ah, então o jovem Lorde retorna de sua jornada triunfante! — O homem de cabelos castanhos quase loiros diz, abrindo um sorriso orgulhoso. — Você conseguiu pegar o Cristal de Mysidia, não conseguiu? Tenho toda certeza que sim.

— O Cristal é nosso. Mas os Mysidianos – eles não levantaram nem um dedo para se defender de nós. — Harry suspira, lembrando-se da cena. Se sentia imensamente culpado, mas o que podia fazer sobre tal situação? Exatamente. Nada.

— Eles fizeram a escolha certa. — Justin coloca a mão no ombro de Harry em um gesto de conforto. — Só bobos ousariam se opor a Nossa Majestade. E por falar no mesmo, temos que ir: não podemos deixá-lo esperando.

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— Um momento, meu Lorde. — Justin diz, logo se virando e entrando na sala a sua frente.

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Já na sala Real, o Rei descansa sentado em seu trono, com soldados de prontidão ao seu lado.

— Sua Majestade, sinto em dizer que a fé do nosso Lorde Harry em você começou a desaparecer como poeira no ar. — Como no jardim de infância, Drew é o primeiro a apontar e dedurar os outros.

— É mesmo? De fato. — Simon, o Rei, pronuncia, com nenhum pingo de hesitação e nem medo presente em seu tom de voz. — Seu valor e fidelidade mais uma vez são provados, Capitão Drew. Mas o Cristal é a única coisa que me importa aqui: diga a Harry que ele está autorizado a entrar.

— Como quiser.

— Lorde Harry, Sua Majestade o chama! — Capitão Drew exclama.

Os portões da grande e espaçosa sala logo são abertos novamente pelos Soldados. Harry é uma figura alta e de cabelos castanhos longos trajando uma armadura escura no meio de toda aquela gente, logo se pondo a ajoelhar-se em reverência ao Rei.

— O Reino de Baron aguardava a sua volta, Lorde Harry. — O Rei diz com falsa simpatia. — Creio que você conseguiu me trazer o cristal, estou certo?

— Sim, eu o consegui, Sua Majestade.

O corpo desjeitoso do Cavaleiro se levanta mais uma vez, andando calmamente até pairar em frente ao Capitão Drew. Os olhos do outro transmitem algo que Harry não consegue identificar, e enquanto ele entrega a peça cristalina nas mãos do Soldado, ele realmente não sabe se aquela é a coisa certa a se fazer. 

Mas aquilo fazia parte de seu emprego. E já era tarde demais. 

Então por que aquilo parecia tão errado?

O militante vira as costas para o amigo de infância, logo entregando o Cristal nas mãos estendidas e estranhamente suadas do Monarca.

— Sim, ele é genuíno, Sua Majestade. — Drew confirma as dúvidas silenciosas de Simon, observando o semblante impassível do outro.

— Então é isso mesmo! — Cowell solta uma gargalhada alta de pura satisfação, acariciando a pedra com seus dedos cheios de cicatrizes e histórias para contar. — Veja como o seu brilho é lindo!

Guided Forth Anew • {l.s} [pt/br]Onde histórias criam vida. Descubra agora