23. Disgrace

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Por que as coisas tinham que ser daquele jeito?

Por que tudo não podia ser mais fácil?

Por que Marina tinha que morrer de modo tão trágico?

Foi um sacrifício, o.k., mas o vazio não deixa de estar lá enquanto o grupo torna a descer a Torre, com os cliques de seus sapatos e botas ressonando pelas paredes.

Louis simplesmente não conseguia se concentrar em lançar um feitiço de teletransporte no grupo, uma vez que estava tremendo feito uma vara em uma ventania. Harry também não podia ajudar, já que ainda não havia aprendido tal feitiço — sinceramente, suas magias eram estúpidas comparadas a do homem de olhos azuis — o que faz com que o grupo tenha que sair da Torre a pé.

Monstros tornavam a aparecer a cada andar que o grupo descia, — de verdade, de onde aqueles demônios estavam saindo? Vaso ruim realmente nunca quebra? — fazendo com que Zayn simplesmente enfie sua lança neles sem dó nem piedade, ansioso para finalmente sair daquele lugar.

A ponte já podia ser vista de longe; os ouvidos do homem de olhos verdes já haviam parado de zumbir.

Harry é o primeiro a correr em direção a luz que emanava do lado de fora, com sua longa capa balançando graciosamente atrás de seu corpo. De repente, sente algo em seu coração, como uma palpitação, o que faz com que ele pare sua trajetória e comece a respirar pesadamente tamanho nervosismo. O resto do grupo o alcança no mesmo momento em que o ambiente se torna totalmente azul, e não, aquilo não podia e não devia estar acontecendo.

— Vocês são muito mais intrometidos do que eu pensava que fossem. — A famosa voz grossa ecoa de sabe—se lá aonde, fazendo Harry engolir a seco.

Será que eles nunca tinham um pouquinho de sorte?

— Golbez! — Louis exclama, dando alguns passos a frente para ficar ao lado do namorado a fim de protegê—lo.

— Parece que ratos gostam de brincar enquanto o gato não está em casa. — Ele cospe. — Mas receio que o nosso jogo chegou ao fim... a hora de seguirmos caminhos diferentes chegou.

A ponte começa a sacudir e sacolejar, como se as correntes que estivessem a segurando tivessem sido cortadas ou algo do tipo. Zayn imediatamente foca sua atenção no que estava acontecendo atrás de si, arregalando os olhos ao ver que os pedaços da ponte estavam se despedaçando.

— Adeus!

O grupo começa a correr, é claro, do que parecia ser somente mais uma das desgraças que ainda iriam acontecer com eles.

Os pedaços da conexão de metal caem freneticamente e de modo estupidamente rápido, fazendo com que Harry seja o primeiro a tropeçar em seus próprios pés por conta de sua altura, escorregando em um dos fragmentos. Ele é o primeiro a cair, mas porém, também não foi o último: eventualmente Louis, Zayn e Niall caem também, desaparecendo no escuro que era aquele abismo.

— x —

Já aconteceu com você?

Estar quase dormindo, depois ter a sensação que está caindo desesperadamente sabe—se lá de onde, e bam, de repente, você acorda.

Algumas pessoas gritam, outras pessoas pulam.

Já Harry... Harry simplesmente acorda.

Desorientado, ele tateia o chão ao seu redor a procura de algo que o lembre de quais foram os últimos acontecimentos. Pega de mão cheia as botas de alguém, e logo uma mão é estendida em sua direção para ajudá—lo a se levantar.

— Vem, levanta. — É a voz de seu amigo moreno que chama.

Já de pé, ele sacode a poeira que havia se acumulado em seus ombros. Não checaria os ferimentos por pura preguiça, não poderia ligar menos para isso. Sinceramente, ver tanto sangue branco ultimamente já estava virando algo rotineiro.

Guided Forth Anew • {l.s} [pt/br]Onde histórias criam vida. Descubra agora