19. Feels Like Home

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N/A: obrigada a @larryiane toda vezes ke fico triste leio seus comentários

Tive que dividir esse capitulo em dois porque adicionei mais uma cena 👀 ai ia ficar com 4k/5k de palavras e eu gosto de deixar todos os caps com a quantidade de palavras próxima então é isso mesmo.

Enfim, boa leitura. Divirtam-se rsrs *aquela carinha*

X

A madrugada passava lentamente. Estrelas preenchiam os olhos de Louis, que estava deitado com a cabeça no colo de seu namorado, perigosamente perto de certa área. Era uma daquelas noites que ele gostaria que durasse para sempre. Sinceramente, sentia saudade de sua vida antes da guerra, mais precisamente, antes da expedição de Harry junto das Red Wings à Mysidia. Nem o ciúmes de Zayn era algo tão ruim comparado com o que estava acontecendo agora.

Era tudo tão calmo... suas preocupações anteriores, como o desejo de ter sua carreira de arqueiro levada a sério, pareciam ser minúsculas agora. Não que elas não fossem importantes, mas era como ter sido roubado de sua realidade e ser forçado a batalhar por algo que não era seu - mas que no final, acabou se transformando em sua própria luta.

E, enquanto reflete sobre tais pensamentos, Louis levanta seus olhos para observar a valsa das estrelas, voltando seus pensamentos para o homem perto de si e silenciosamente se perguntando se Harry sente o mesmo.

Ele se pergunta se o homem de olhos verdes às vezes, somente às vezes, sente medo. Se ele sente medo de cair, por mais que não pudesse mostrar tais sentimentos, já que era um Paladino. Se ele achava que eles não tinham chance contra Golbez... Se ele achava que eles iam morrer.

Sinceramente, Louis odiava com todas as suas forças admitir isso, mas ele sentia. Sentia medo de várias coisas, mas, principalmente, sentia medo de morrer. A sensação de deixar aquele mundo para trás sem fazer nada de útil era realmente arrebatadora, e, ao pensar nisso, ele morde fortemente o interior de suas bochechas, em uma tentativa falha de engolir o choro.

Mas não era a morte que todos temíamos, no final das contas?

— Lou. — Harry sussurra, decidindo que era hora de intervir. Estava ouvindo os soluços do namorado faz algum tempo, mas tinha decidido deixar para lá pois achava que o mesmo só queria um pouco de espaço. Ultimamente, era o que todos estavam precisando. — O que houve?

— Nada demais... — Ele funga, fechando seus olhos. — Eu só to com medo.

Ao ouvir tal afirmação, Harry entrelaça seus dedos com os de Louis. Era um gesto silencioso, mas ele esperava que o homem de olhos azuis entendesse seu significado real: eles estariam para sempre entrelaçados, como uma corda e uma âncora no mar.

— Medo de que, exatamente?

— Do amanhã, da morte, de tudo. — Ele suspira, limpando as lágrimas com as costas da mão. Se sentia um tolo por chorar por algo tão bobo. — Quer dizer, estamos indo para o Submundo amanhã de manhã... isso não te assusta?

Harry pausa por um momento, refletindo sobre o que lhe havia sido dito. Realmente, se pensasse por esse lado, o futuro parecia sombrio e sem boas expectativas. Mas o que eles poderiam fazer, afinal? Não era como se pudessem desistir da guerra ou algo do tipo. Seria um ato covarde, algo que o antigo Rei jamais se orgulharia de ver em Baron.

— A morte... — Harry divaga, tentando escolher as palavras certas. — ela é algo inevitável. Não somos Cristais, sabe? Ninguém é imortal. Ela chega para todos, assim como o nascer do sol depois de uma longa noite. 

— O.k... Acho que me perdi um pouco. — Ele ri baixo, mostrando suas covinhas nas bochechas.— O que eu estou querendo dizer é que não há razão para ter medo, uma vez que a morte é algo natural. Alguns irão morrer mais cedo; outros bem velhos. É o ciclo da vida, sabe?   

Guided Forth Anew • {l.s} [pt/br]Onde histórias criam vida. Descubra agora