24. Moon

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Estavam todos calados.

Poderiam tomar o café da manhã mais delicioso e diversificado do mundo — afinal, Harry não era nenhum amador na cozinha, diga—se de passagem — mas os semblantes tristes não iriam deixar seus rostos sóbrios de modo algum.

Quer dizer, como se supera o luto?

Harry não tinha tempo para nenhuma besteira do tipo destino ou o tempo cura tudo. Ele não quer esperar pelo melhor; quer que tudo seja naquele exato momento, ou até mesmo que ele acorde e descubra que tudo que está vivendo é somente um sonho ruim.

Mas é impossível não refletir sobre tal assunto, uma vez que Niall não para de tagarelar sobre o mesmo.

— Cara, o melhor remédio é o tempo, H — ele cicatriza tudo. — O garoto de cabelos castanhos loiros murmura com um semblante sério, observando o outro homem guardar alguns talheres. — Nada acontece por acaso, sabe? Acredito que tudo que acontece por aí é um produto da fusão de cosmos, estrelas e galáxias... todos já temos nosso caminho, não importa quais sejam as nossas escolhas, no final aquela surpreendentemente será a certa.

— Esse é o destino. — Ele completa, dando um sorriso quadrado e que cobre todo o cômodo. Harry realmente queria que aquele sorriso o concertasse por dentro, mas a verdade é que ele não juntava as rachaduras nem ao menos do lado de fora.

— Mas... — O outro homem divaga, franzindo o cenho. Não era possível que Niall estivesse tão certo sobre tudo aquilo, era apenas uma criança a alguns meses atrás! — Isso não te assusta? Não poder ter controle sobre os próprios passos?

— Será que você realmente não entendeu? Os cosmos, as estrelas e os planetas, Harry. Eles sabem o que fazem.

E, naquele momento, Harry não soube o que dizer.

X

Baron era simplesmente fantástica.

Linda, maravilhosa, esplêndida.

Comerciantes passeavam com cestas de frutas e legumes, oferecendo aos visitantes e aos moradores tudo o que a Cidade tinha de bom e de melhor. Arbustos e árvores rodeavam o ambiente, tornando tudo bastante acolhedor.

Parecia uma cena típica de um filme retrô, para ser sincero.

A coisa era que Niall e Louis haviam deixado o Castelo para ir a Cidade simplesmente por nada mais nada menos do que o homem de cabelos castanhos querendo fazer uma visita a sua mãe e avisar que estava tudo muito bem, estou vivo, obrigado; o que resulta nos dois caminhando calmamente pelas ruas de Baron. O resto do grupo, lê—se Harry e Zayn, ficaria na residência Real, a fim de procurar mais pistas sobre onde eles deveriam ir.

Louis se sente como uma espécie de irmão mais velho para o mesmo, uma vez que o outro não conhecia quase nada da Cidade, exceto o que tinha ouvido falar sobre na Feymarch

Ele esperava do fundo de seu coração que o sentimento fosse recíproco, uma vez que irmandade não é algo que você simplesmente consegue comprar na esquina mais próxima.

— Então, já chegamos na parte onde você me dá alguns trocados e deixa eu comprar o que eu quiser? — Niall abre um sorriso para o amigo, o cutucando levemente com o cotovelo.

— A partir do dia que Chocobos Amarelos começarem a voar, Niall, quem sabe. — Louis ri pelo nariz. Ele e Niall haviam adquirido uma intimidade impressionante apesar de estarem metidos no meio daquela guerra, mas que não chega a incomodar.

— Eu não duvidaria das minhas magias, não.

— Mas você é um mago de magia negra, N. — O homem de cabelos castanhos rola os olhos, impaciente. — Float* é uma magia branca.

Guided Forth Anew • {l.s} [pt/br]Onde histórias criam vida. Descubra agora