34. Archfiends

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Ficar pulando sem paraquedas por aí definitivamente não era uma boa ideia a ser seguida.

Harry conclui tal coisa em um momento um tanto tarde para se fazê—lo, quando suas costas já estão doendo e toda a dor que o seu corpo sente parece ter sido multiplicada por dois. Mas bem, essa é a famosa lei da ação e reação — você toma decisões precipitadas, e no fim acaba ficando com uma agonia no dorso bem filha da puta.

Ele se vira de costas, apoiando suas palmas espalmadas contra o chão afim de conseguir apoio, para por fim conseguir sentar na posição mais confortável possível naquele chão de metal duro feito pedra.

— Ai, caralho... — Ele geme de modo arrastado.

A gargalhada alta de Liam ressona pelo ar. Seria um som bastante bem—vindo, para ser sincero, no meio de todo aquele caos e catástrofe, se não fosse pelo fato de que era Harry quem estava sendo o motivo da piada.

— Qual é a graça, Senhor Covarde?

— Você foi o único que caiu desse jeito. Todo mundo conseguiu ao menos parar sentado. — Aponta ele, logo adicionando, como se aquilo o fizesse mais maduro. — E eu não sou covarde.

— Ah, é mesmo?! Então por que...

O corpo de Niall se aproxima da cena de modo cansado, olhando ironicamente para os dois homens a sua frente.

— Vocês podem se comportar como adultos, por favor? — Ele diz com maturidade excessiva, quase como se ele mesmo não fosse uma criança a pouco tempo atrás. — E você está sendo eufêmico, Liam. É impossível cair de tal altura e conseguir parar em pé. Não somos felinos.

— Mas eu, meu querido Niall, sou diferente de vocês por ser um Ninja. — Ele dá um sorriso quadrado, cheio de superioridade. — Miau.

E são nesses momentos que Harry quase prefere a morte. Quase.

— Então, se você é tão habilidoso assim, poderia nos ajudar a achar uma rota que nos leve a... bem, não sei, mas a algum lugar que possamos parar o Gigante, talvez?

— Mas é claro, Sua Majestade. — Ele se abaixa, fazendo uma reverência pequena, sem perder o humor uma vez sequer. — Seu pedido é uma ordem.

O Ninja se poe a andar, pairando ao lado de Louis e Halsey e entrando em uma conversa aparentemente animada. Harry estreita os olhos para a cena.

— Acha mesmo que ele vai conseguir?

— Quem sabe. — O outro dá de ombros como quem não havia pensado muito sobre o assunto, também tornando a caminhar.

Harry morde os lábios, apreensivo.

— Acha que nós vamos conseguir?

— Se é isso que você está querendo dizer, não, eu não acho que vamos morrer aqui.

— Por que? — Indaga ele, olhando de relance para o Invocador.

— Primeiro, porque existem lugares mais perigosos. Já passamos por muita coisa, cara. Seria bobagem bater as botas bem aqui por causa de algum monstro ou besta. — Ele diz, e aquilo até que parece fazer sentido, por mais que o outro não fique, ainda assim, tão seguro de si. — Acho que o que pesa é a responsabilidade, sabe? Ou a gente para o gigante, ou ele vai parar tudo.

— Uau. — Harry solta uma gargalhada alta, tão alta que chega a fazer com que sua cabeça tombe para trás, o que faz com que alguns fios de cabelo quase entrem no seu nariz. — Que raciocínio interessante.

— É só um pouco de lógica, para ser exato. Imagine se tivéssemos grandes chances de morrer a cada criatura que matamos. — Ele continua. — Certamente já não estaríamos mais aqui.

Guided Forth Anew • {l.s} [pt/br]Onde histórias criam vida. Descubra agora