Capítulo XX

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Sabe aquela sensação quando você passa a vida gostando de uma coisa, achando que não existe nada melhor no mundo, e de repente você experimenta outra coisa e percebe que existia , sim, uma coisa melhor que aquilo?
Era assim que eu me sentia beijando Tom.
A boca dele tocava a minha de leve no início, e aquilo era muito pouco pro tanto de vontade dentro de mim, por isso eu pressionei minha boca contra a dele, ouvindo escapar dos seus lábios um gemido enlouquecedor. Logo ele aprofundou nosso beijo, e eu me amaldiçoei por ter passado tanto tempo sem aquilo. Era tão bom que parecia que ele havia treinado com todas as garotas do mundo antes de mim, estávamos em perfeita sintonia. Algum tempo depois, não faço a mínima ideia de quanto, ele parou de me beijar, e antes que eu pudesse reclamar me virou de costas para ele, pressionando todo o seu corpo contra o meu. Ele afastou meu cabelo pro lado, e só o roçar dos dedos dele no meu pescoço me fez estremecer ,triiiim, a boca dele veio ao meu encontro traçando um caminho de beijos ,triiim, desde a minha nuca até o meu maxilar. Trriim.
- Que diabos. - ele falou me soltando. - Atende logo esse celular.
Estava meio zonza, e demorei pra perceber que meu celular é que tocava. Vejo na tela a foto de Marina.
- Oi. - falo.
- Oi? - ela grita. - Você sabe que horas são? Você não tá em nenhum motel com o Tom não é?
- Não. - falo rindo. - Claro que não. A gente já tá indo.
- Ok. - ela fala. - É bom mesmo.
Antes que eu desligasse ela grita do outro lado.
- Se acontecer alguma coisa não esqueça de proteção. Não quero ser titia antes do tempo.
- Marina! - falo constrangida, mas sem conter o riso.
- O que? - ela se faz de ofendida. - Vai saber... Tchau. - com isso ela desliga.
Tom coloca a mão no meu rosto, me fazendo olhar nos olhos dele. Um sorriso travesso enfeita sua boca.
- Eu amo seus abraços. - falo, surpreendendo à ele e à mim com essa afirmação repentina.
- Hãm? - ele fala, confuso.
- Ué? Você que pediu pra gente colocar as cartas na mesa. - falo envolvendo seu peito com os braços e encaixando minha cabeça em seu ombro.
Ele dá uma risada gostosa e me aperta mais contra si.
- E quando você mexe nos meus cabelos eu tenho vontade de te agarrar e te beijar até a boca doer. - ele fala com o queixo apoiado na minha cabeça.
- Tom! - falo, dando um tapinha no peito dele. - Ei? - me afasto um pouco para olha-lo nos olhos.
- Fale. - ele diz.
- A gente tem que ir. Marina vai me matar. - falo saindo do abraço dele. Ele me puxa de volta rapidamente, e se ele não tivesse me segurado, eu certamente tinha caído.
- Nada disso. - ele fala - Agora que eu te peguei de jeito não te solto nunca mais.
- Isso não seria uma idéia assim tão ruim. - falo sorrindo. - Mas é sério, a gente tem que ir.
- Tudo bem. - ele suspira e segura minha mão, caminhando ao meu lado.
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Quando chegamos na porta da minha casa, um clima estranho paira no ar. Era óbvio que havia mais coisa a ser dita sobre nós dois, mas nenhum de nós queria estragar o momento com aquilo.
Tom coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Eu sei o que você tá pensando. Eu sei que você tá confusa e com medo, e se perguntando se isso que a gente tem é real. Só não qu...
- É real pra você? - pergunto o interrompendo.
- Sim. - ele fala firme.
- Então o resto não importa. - falo, tocando o rosto dele. - Eu estou sim com medo e confusa, mas eu também tô muito feliz. E se você me garantir que isso não é passageiro, eu vou até o final com você.
Ele sorri, pega minha mão e a coloca sobre seu peito. Posso sentir seu coração batendo forte.
- Parece passageiro pra você? - ele pergunta.
- Não. - falo sorrindo. - Agora tenho que ir...
- Boa noite. - ele fala, deixando um beijo leve na minha boca.
- Boa noite. - falo, entrando em casa.
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De manhã cedo sinto um travesseiro no meu rosto. Abro os olhos de leve e sinto a luz forte.
- Acorda bela adormecida. - Marina fala sentando na minha cama. - Quero saber de tu-do.
- Mar, por favor. - falo puxando o cobertor pra cima do meu rosto. - Hoje é domingo, e eu tô cansada.
- Fiz brigadeiro, pipoca e aluguei um filme meloso. - ela fala me ignorando. - Tá tudo pronto pra nossa tarde de garotas.
- Tarde? - falo me levantado e vendo que já era um hora. Eu dormi até uma hora! - Por que você não me acordou? - pergunto indo pro banheiro.
- É isso que eu tô fazendo. - ela fala comendo brigadeiro.
- Ei, não come sem mim. - falo
- Vai botando o filme enquanto eu tô no banheiro.
- Só se você me contar tudo que aconteceu ontem a noite. - ela fala.
- Tenho escolha? - pergunto, já sabendo a resposta.
- Bom, não. - ela fala. - Por isso, vem logo.
- Ok. - falo.
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Alguns minutos depois, estávamos deitadas na minha cama, comendo brigadeiro com pipoca e assistindo um filme chamado Agora e para sempre. Escolha da Marina, segundo ela "o protagonista era gato".
- Ok, agora me fala. - ela diz virando pra mim.
- Hãm... Você já sabe ué... - falo embaraçada.
- Você beijou ele? - ela pergunta baixo, como um segredo. Sinto minhas bochechas corarem.
- Sim. - falo, deitando no colo dela. - E foi perfeito.
Ela ri, como se eu tivesse contado uma piada. Fico sem entender nada.
- Eu sabia! - ela fala. - Vocês são tão fofos juntos. - a expressão dela muda. -Mas...
- Mas nada. - falo, já sabendo sobre o que ela vai falar.
- E o Igor? - ela continua, me ignorando.
- Eu não sei. - falo. - Eu só sei que se eu sinto alguma coisa por ele, não chega nem aos pés do que eu sinto pelo Tom.
- Mas não é por isso que você vai simplesmente fingir que nada aconteceu entre vocês não é? - ela pergunta.
- Era justamente o que eu iria fazer. - falo.
- Você deve pelo menos uma explicação pra ele. - ela fala.
- Você acha? - pergunto incerta.
- Sim. - ela fala. - E mesmo se você não for procurar ele, você acha mesmo que ele não vai falar com você? Quer dizer, ele é teu vizinho. Você não pode simplesmente ignorar ele por não querer conversar direito.
- Você tem razão. - falo. - Vou falar com ele amanhã. Mas é que, e se acontecer alguma coisa...?
- Só vai acontecer alguma coisa se você permitir. - ela fala.
- Tudo bem. - falo, tentando parecer confortável. Mas a verdade é que eu tinha medo de que acontecesse a mesma coisa que aconteceu no quarto dele. Afinal, eu não fui lá com a intenção de beijá-lo.
- Sua mãe te ligou. - Marina fala, depois de um tempo, me tirando do meu transe.
- Por que você não me falou logo? - falo, pegando o celular e ligando pros meus pais.
Resumindo, eles me pergutaram se eu estava bem, se eu estava comendo, disseram que estavam com saudade e que voltariam amanhã a tarde.
O resto do meu domingo foi bem calmo, calmo como pode ser estando sozinha com Marina, mas foi legal.
A noite, já havia jantado, colocado no pijama, escovado os dentes e conversado com Marina, então fui dormir. Logo após me deitar meu celular apita.
- Marina me dá ai meu celular. - falo.
- Não sou sua empregada. - ela fala, mas me entrega o celular em seguida. Vai entender...
Era uma mensagem de Tom. Meu coração dá um pulinho de alegria enquanto aperto em "abrir".
" A forma mais eficaz de amar verdadeiramente uma mulher, é se tornar seu melhor amigo, para depois ganhar seu coração."
Estou lembrando de você.
Seu Tom.
Meu Tom.
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Oee!!! Mais um capítulo carregado de Fofura procês. :)

Espero que tenham gostado! Deixem uma opinião e não esqueçam da estrelinha please!

E... Eu queria fazer um pedido pessoal pra vocês: Torçam por mim. Eu estou muito ansiosa, pois um resultado muito importante pra mim vai sair amanhã. S2

Beijo com gosto de brigadeiro,
Bianca B.

Um conto quase de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora