Capítulo XXIV

185 18 14
                                    

*Por Marina*

O que você faria se você se entregasse de todas as formas possíveis para um garoto, e ele simplesmente desistisse de você sem explicação?
Pois bem, foi justamente isso que aconteceu comigo.
A maior parte das pessoas ao conhecer Diego se afasta, por algum motivo, comigo aconteceu o contrário. Tinha alguma coisa nele que me atraía, era verdade que eu sempre tive uma quedinha por vilões e Bad boys, mas com Diego era diferente... Algo naqueles olhos azuis, me dizia que tinha algo mais. E foi assim que eu me apaixonei pelo garoto problema.
Ele era tão complexo como um quebra cabeças de quinhentas peças. Aliás, acho que essa era uma boa definição: ele era um quebra cabeças.
Deborah ficou atônita quando eu terminei de contar pra ela tudo que aconteceu.
- Sumiu? Como assim sumiu? - ela perguntou.
- Eu não sei. Ele parou de me responder, de me ligar, e nenhum amigo sabe dele. - falo.
- Calma, não fica assim. Tem que ter uma explicação. - ela tenta me acalmar.
- Explicação Deborah? Explicação? - falo. - Eu sei a explicação, ele cansou.
Não é assim que garotos como ele fazem, afinal?
Deborah iria falar alguma coisa, mas é interrompida por gritos que vem da sala. Olhamos uma para outra sem entender nada, mas uma voz inconfundível faz meu coração disparar. Era Diego.
Corro pra lá, com Deborah logo atrás de mim.
- Você não vai falar com ela. - Tom gritava, sem saber que eu estava ali, pois estava de costas pra mim.
Diego me viu, e em nenhum momento desviou o olhar de mim.
- Por que você não deixa ela mesmo falar? - Ele fala.
- Por que ela não precisa. - Deborah fala, entrando na minha frente e colocando um dedo erguido na frente do rosto de Diego. - E se você tem o mínino de vergonha você vai sair pela...
- Por que? - falo baixo, mas todos olham pra mim. Por que?. Era a única coisa que rodeava minha mente. - Por que você fez isso Diego? Eu te amo... Eu te amava.
Minha voz sai embargada de emoção, mas eu não me importo.
O rosto dele era uma máscara de indiferença, que com o tempo, eu aprendi a desvendar. Ele podia até tentar, mas os olhos dele não negavam o que ele sentia. E naquele momento eles estavam tão tristes como os meus. Mas... Se ele quis aquilo, por que e estaria triste?
Ele passa a mão nos cabelos castanhos meio compridos e eu quase posso imaginar o cheiro viciante de xampu que habitava ali.
Eu estava tão ferrada. Tão ferradamente apaixonada.
- Por que eu te amo. - ele fala, como se aquilo fosse a coisa mais absurda que ele já tivesse falado. - E essa foi minha maneira torta de te proteger do idiota que eu sou. Eu não te mereço Marina, não te mereço...
- Se... Você precisar a gente tá aqui fora. - Deborah fala empurrando Tom pela porta.
Diego fica visivelmente mais relaxado sem eles dois ali.
- Não. Você não me merece. - falo. - Mas isso nunca foi problema pra mim e você ainda não me respondeu.
Ele sorri.
- Não tô vendo graça nenhuma seu idiota. - Falo irritada, jogando uma almofada nele.
- Você fica linda irritada. - ele fala, segurando a almofada que eu joguei sem esforço nenhum.
- Para Diego. Para. - falo sem conseguir conter uma lágrima.
- Então não chora. - ele fala. - Me deixa explicar.
- Não tem explicação. - falo.
- Só me ouve. - ele fala, sentando no sofá. Sento também, mas longe dele. - No dia que a gente ficou pela primeira vez, eu tinha ficado com oito meninas.
- Diego! - falo, horrorizada. - Sai daqui. Sai da minha frente. - Ele finge que não me escuta e continua a falar.
- E eu teria ficado com mais algumas se eu não tivesse me apaixonado por você. - Ele fala, me deixando sem reação. - Depois daquele dia Marina, eu tentei, de todas as formas, te esquecer. Fazer de você uma ficante. Mas toda vez que eu ficava com uma menina, ela tinha um defeito diferente. Uma não tinha seu cabelo, outra não tinha seu cheiro, outra não era tão louca, e nenhuma delas era você. Você consegue acreditar nisso? - ele sorri irônico, quase como se estivesse falando sozinho. - Eu, Diego, apaixonado... Você sabe como isso era coisa de gay pra mim? Você sabe como foi pra mim, o destruidor de corações, ficar apaixonado? Você não tem ideia de como foi Marina. - ele não iria chorar, eu sabia disso. Mas se fosse, aquela era a situação em que ele chegou mais perto.
- Eu... Eu não imaginava. - falo.
- Mas que seja. - Ele sorri. - Eu não queria gostar de você, mas já que eu gosto... - ele se aproxima de mim, me dá a mão e me faz levantar. - Vamos fazer isso direito.
Os momentos que se seguiram, são daqueles que por mais que passem, ficam eternos na memória.
Diego se ajoelhou na minha frente, e tirou do bolso uma caixinha vermelha. Eu dei um suspiro surpreso, não poderia ser...
- Me dá uma chance pra eu te fazer feliz Marina Fernandes. Me perdoa. - ele fala. Eu não sabia que estava chorando até sentir as lágrimas na minha bochecha. - Não chora. - ele se levanta preocupado, enxugando minhas lágrimas.
- Sim. - Me forço a falar.
Ele sorri, e sem em nenhum momento tirar o olhar do meu, coloca o anel no meu dedo.
- Você não parece nem de longe o Diego que eu conheço. - falei. E um sorriso convencido nasceu nos lábios dele. Ho-ou.
Ele ri, me pegando no colo rapidamente e me jogando no sofá, caindo em cima de mim em seguida. Ali estava o Diego que eu conhecia. Solto um grito surpreso, mas logo ele fica perdido quando o boca de Diego se encontra com a minha. Ele me beijava ferozmente, no melhor estilo Diego.
- Eu não te falei? - a voz de Tom entra irritada na sala, ele falava com Deborah, que me olhava confusa. - Solta ela agora. - agora ele falou com o Diego. Levanto rápido.
- Hãm... Preciso fazer um comunicado. - Falei.
- Que diabos? - Tom fala, confuso.
- Vocês tão namorando? - Deborah pergunta, mas soa mais como uma afirmação.
- Sim. - Falo sorrindo. - Estamos.
- É parceiro. - Diego fala com Tom, me abraçando por trás. - Parece que você vai ter que me engolir por um bom tempo.
Eu e Deborah tentamos conter o riso, enquanto Tom matava Diego com os olhos.
- Quando vamos marcar o primeiro encontro de casais? - Diego continuava a provocar.
- Não força a barra amor. - falo rindo.
- Eu preciso ir agora que já tá tudo resolvido. - Deborah fala. - Já tá tarde.
- Eu também. - falo. - Vou com você.
- E você se manda daqui. - Tom fala com Diego.
- Tom! - Deborah fala.
Ele põe os braços pra cima, simulando um gesto de rendição.
- Desculpa. Não resisti.
É... Pelo jeito eu e a Deborah teríamos que nos acostumar com esses dois.
______________________________________

Gostaram do capítulo narrado pela Marina? *.*

Então gente, vocês acharam que o Diego continua sendo "vilão"?

Não esqueçam da estrelinha, e de me responder. U.u

Beijinho (não prometo mais brigadeiro),
Bianca B.

Um conto quase de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora