1 Capítulo

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(Diana Lins na mídia)

Mais um dia chegando, por volta das seis horas da manhã, ou alguma coisa assim, o sol entra pela janela aberta do meu quarto, que por algum motivo eu sempre esqueço de fechar, o pensamento de me levantar e fechar a janela passa pela minha mente, mas ele logo é substituído pelo simples movimento de virar para o outro lado, agora sim, agora nada mas vai atrapalhar o meu sono, que por acaso volta em menos de cinco segundos.

Luca: LEVANTA!! - grita uma voz perto do meu ouvido.

E em um ato impensado, minha primeira reação e dar um soco bem no meio da cara de quem fez isso, e o gosto do arrependimento sobe pela minha garganta logo depois de eu perceber quem eu acabei de socar.

Diana: Minha nossa Luca, me desculpa eu não sabia que era você, foi sem querer.

Eu levantei da cama, e fui em direção ao chão, bem onde ele foi para depois do meu soco.

Luca: Você não sabia que era eu? Quem você esperava que fosse o Jason?

Diana: Desculpa mesmo Luca - disse desesperada - foi instinto, você quer que eu dê um beijinho pra sarar?

Luca: Não sua louca agressiva, eu quero que você dessa essas malditas escadas e traga gelo pra mim.

Diana: Tudo bem eu já volto.

Eu sai correndo do quarto com a intenção de chegar o mais rápido possível na cozinha, assim que eu desci o primeiro degrau da escada, tropecei no meu próprio pé, e rolei escada abaixo.
Meus pais que estavam na cozinha correram até mim para saber o que tinha acontecido, minha mãe ficou desesperada quando me viu caída no chão, e meu pai foi para cozinha buscar gelo.
Ele voltou com vários cubos enrolados em um pano e colocou atrás da minha cabeça, enquanto minha mãe me ajudava a levantar.

Luca: O gelo era pra mim - protestou enquanto Descia as escadas por causa da demora.

Miranda: Minha nossa o que houve com você? - perguntou minha mãe ao perceber a marca roxa em volta do olho do Luca.

Luca: A maluca da sua filha me socou quando eu fui acordar ela.

Diana: Ei, olha como você fala de mim - ele deu de ombros, e eu mandei lingua.

Tomás: Eu vou buscar mais gelo - disse meu pai, voltando pra cozinha.

Eu e Luca fomos para a sala e nós sentamos no sofá, enquanto esperava-mos meu pai voltar com mais gelo.

Luca: O que houve com você?

Diana: Cai da escada.

Ele se aproximou e me abraçou, esfregando a mão na minha cabeça, como se fosse parar de doer.

Luca é meu melhor amigo desde a quinta série, ele é o único ser que tem aguentado todos os meus desastres por vontade própria, digo isso porque tenho certeza de que se meus pais não tivessem a obrigação de cuidar de mim, eles estaria bem longe da minha presença, parece exagero mas é serio eu sou bem desastrada.

Luca: Ta doendo muito? - ele perguntou preocupado.

Diana: Só um pouquinho, e o seu olho?

Luca: Só um pouquinho - ele sorriu pra mim e eu retribui o sorriso devolvendo o abraço.

Depois de um tempo meu pai voltou com mais gelo pro Luca, e ficamos umas duas horas com gelo na cara. Depois que a dor passou, eu usei um pouco da minha base pra disfarçar a marca roxa que ficou na cara dele, o que foi meio difícil, já que ele deixou bem claro que preferia ficar com o olho inchado do que usar maquiagem, mas ele se comportou depois que eu ameacei dar outro soco do outro lado da cara.

Ele ficou me fazendo companhia em casa até a hora do almoço, quando ele voltou pra casa dele afim de almoçar com a família.

Quando deu três horas da tarde, ele apareceu novamente na minha porta, mais dessa vez foi recebido com abraços e não com socos.

Luca: Posso te sequestrar um pouquinho?

Diana: Claro, pra que?

Luca: Vem comigo - eu peguei meu casaco do lado da porta, e entrei no carro dele, então nos partimos para sabe se lá onde.

Quando Luca fez 18 anos o pai dele deu um Ford pra ele, desde então ele sempre me da carona pra escola, infelizmente ele esta no terceiro ano, então a partir do ano que vem eu vou ter que começar a ir apé de novo.

Diana: Ta me levando pra onde? - perguntei desconfiada

Luca: Você vai ver assim que a gente chegar lá.

Diana: Sabe eu não tinha ligado quando você disse que ia me sequestrar, mas agora eu confesso que estou ficando um pouquinho preocupada - brinquei.

Luca: Não se preocupe, ainda não tá na hora de você gritar por socorro.

Ele continuou dirigindo por um tempo, se tem uma coisa que eu percebi nesse passeio, e que o lugar desconhecido pra onde ele estava me levando é bem longe.
Quando nos chegamos em uma feira de adoção, ele estacionou o carro em uma vaga perto da entrada, e depois desceu.

Diana: Uma feira de animais!? - disse animada enquanto descia do carro.

Luca: Gostou?

Diana: Claro que eu gostei, eu amo animais.

Luca: Eu sei.

Ele pegou na minha mão e me levou pra dentro da feira, enquanto nós passávamos por lá tinha cada cachorro mais lindo do que o outro, tinha alguns gatos e pássaros e hamster também, mas desde pequenos, nos dois já sabíamos que a nossa verdadeira paixão são cachorros mesmo, depois de termos dado uma volta pela feira inteira, ele comprou um saco de pipoca pra mim e me levou pra ver os filhotes.

Luca: O que você acha desse aqui? - ele apontou para um cachorro branco pequenininho. Super fofo!

Diana: Que lindinho, eu amei, ele é uma graça.

Luca: Ele foi abandonado dentro de uma lata de lixo.

Diana: Como alguém pode ter sido tão cruel aponto de fazer uma coisa dessas com essa coisinha linda?

Luca: Também não sei - ele acenou pra um cara que trabalha na feira, e o cara veio em nossa direção - Eu vou levar esse aqui - ele apontou pro cachorro que estávamos olhando.

Diana: Como é que é?

Luca: Vamos ficar com o cachorro - ele disse pra mim.

Diana: Sério?

Luca: Sério.

Eu pulei em cima dele para abraça-lo mas infelismente ele estava desprevenido, então nós dois caímos feio no chão.

Diana: Desculpa - eu corei de vergonha.

Luca: Eu mereço Lins, eu mereço - ele reclamou enquanto se levantava.

Logo depois de ele resolver as coisas com o cara, nós pegamos o lindo cachorrinho que decidimos chamar de Nevada,- por causa do pelo branco- fomos para o carro dele e voltamos para casa.

Do Jeito Da LinsOnde histórias criam vida. Descubra agora