Daniel
Margo dormiu nos meus braços e eu não soube o que deveria fazer.
Ela ainda estava com aquele vestido de festa e eu não acho certo tirar seu vestido sem ela aceitar - não que eu não queira.
A campainha toca, olho para o relógio. São três horas da manhã, sera que ela estava esperando alguém?
Deito Margo delicadamente no sofá e vou até a porta
- quem é você? - Um homem de terno me pergunta, seu tom de voz não parecia nada legal
- Sou o Daniel, Margo esta dormindo, melhor voltar amanhã...
O rapaz tenta espiar dentro do apartamento e fecho um pouco mais a porta
- me deixa entrar, você nem deveria estar aqui com minha esposa - seguro a risada, então esse é o famoso Benjamin.
- Cara, se Margo fosse mesmo sua esposa, nossos papeis aqui seriam invertidos. Sinto muito, mas Margo é mulher demais pra um cara feito você, que aparece três da manhã na porta do apartamento dela, com um cheiro horrível de bebida e querendo pagar de o homem do pedaço, enfim, como eu disse, volte amanhã - fecho a porta na cara de Benjamin.
Vou até o sofá e acordo Margo, que resmunga baixinho
- você precisa ir pra cama e tirar esse vestido apertado - digo baixo.
Ela abre o olho devagar e se levanta indo pro quarto trombando com as coisas no caminho.
Estava parado no corredor rindo, então ela grita pra mim la do quarto.
- E O MEU VESTIDO NÃO ESTA APERTA... - nisso Margo sai correndo de sutiã e calcinha - BARAAAAAAAAATA - assustado, não tenho tempo de desviar e Margo bate de frente comigo, fazendo-me cair batendo as costas no chão e ela caindo em cima de mim.
- O que aconteceu? - digo assustado
- Barata Daniel - ela diz com medo
Era incapaz de não olhar para aquele corpo repleto de curvas maravilhosas.
Mas a reação dela para uma barata me tirou daquele momento, então eu ri, ri muito, uma barata é um animal inofensivo.
Ela se levanta e oferece pra mostrar aonde a barata estava, entra no quarto na ponta dos pés, como se o barulho de seus passos fossem fazer a barata voar nela, Margo não parecia ter vergonha alguma de ficar naqueles trajes perto de mim.
Ao entrarmos no quarto ela aponta para uma parede, aonde tinha um quadro com sua foto.
- Margo? Não tem nenhuma barata aqui - digo segurando a risada, estava segurando seu pequeno chinelo em uma das mãos.
- Mas ela tava ai, e era enorme - ela entra no quarto e procura pela barata.
Sem ela perceber, um inseto pousa no seu cabelo, arregalo os olhos, dei graças a Deus por Margo não ter visto que a tal barata estava sentada no seu cabelo
- Margo, não se mexe, ela ta no seu cabe... - ela joga a cabeça pra frente, do jeitinho que Joelma faz, e sai correndo gritando pela casa.
Com o barulho dos seus gritos, tenho certeza que os vizinhos escutaram.
A barata estava no chão, meio tonta, mato e jogo no lixo do banheiro.
- Pronto Margo, você matou a barata - ela estava no sofá, toda encolhida.
- Ela grudou no meu cabelo Daniel - ela diz como se tivesse algum tipo de trauma de barata.
Horas depois
Tinha tomado um banho enquanto Margo estava na sala, no corredor escuto som de um violão e a voz de Margo
- "Comparisons are easily done/ Once you're had a taste of perfection/ Like an apple hanging from a tree/ I picked the ripest one/ I still got the seed/ You said move on, where do I go/ I guess scond best is all I will know."
Me aproximo, bobo por escutar Margo cantando, a voz dela combinava perfeitamente com a música "Thinking Of You" da Katy Perry.
Ela estava sentada no balcão virada pra cozinha, então não tinha como ela me ver.
- "Cause when I'm with him/ I am thinking of you/ Thinking of you/ What you would do if/ You were the one/ Who was spending the night/ Oh I wish that I/ Was looking into your eyes."
Fico sorrindo igual um bobo com a voz de Margo, nunca achei que ela pudesse cantar tão bem.
- "You're like an Indian summer/ In the middle of winter/ Like a hard candy/ With a surprise center/ How I get better/ Once I've had the best/ You said there's/ Tons of fish in the water/ So the waters I will test/ He kissed my lips I taste your mouth/ He pulled me in I was disgusted with myself."
Sorrio cantarolando baixinho, porém me animo e ela escuta
- Estava me espionando? - ela ri virando no balcão ficando de frente pra mim.
Continuo sorrindo feito um bobo
- Sim, eu estava, e você canta muito bem, sua voz é maravilhosa - digo admirado
Ela fica vermelha e deixa o violão no balcão.
- Canto quando o tédio aparece, faz muito tempo que não tocava violão, dai eu achei ele e bateu uma saudade - ela ri e abre a geladeira pegando uma garrafinha de água e bebendo.
- e que você sinta saudades do violão e que tenha muito tédio enquanto eu estiver aqui, porque amei escutar você cantando - me apoio no balcão a olhando.
- quem sabe - ela ri e abre a porta do apartamento - vou sair correr.
E sai, me deixando sozinho em seu apartamento com a visão dela cantando...
(Se quiserem a tradução da música, me avisem no comentário e depois eu mando... beijos amores)