Gêmeas em guerra

Capítulo 11 ✅

[... Samuel...]

Quando minha namorada, teimosa, chata e complicada resolveu concordar em aceitar o pedido de desculpas de Hanna indo para o parque de diversões eu fiquei mais aliviado.

Realmente queria que elas parecem com toda aquela loucura.

Meninas são muito previsíveis.

Ficamos assistindo a tevê por um longo tempo e quando anoiteceu, seguimos para o parque.

Por incrível que pareça, minha namorada, MINHA namorada soltou da minha mão e agarrou no braço de Jennifer, e as duas saíram saltitando até aquele brinquedo infernal que Hanna odeia. E para perto de Dylan e... Peter?

-O que o Peter tá fazendo aqui? - Hanna pergunta.

Dou de ombros.

-Sei lá. Deve estar fazendo companhia pro Dylan?

Nós, um pouco afastados dos quatro, ficamos observando a cena e reparando em como eles se cumprimentam. Parece que se conhecem a anos.

-Sua namorada te trocou pela minha irmã? - pergunta Hanna algum tempo depois do fim do cumprimento sem graça.

-É claro que não.

Hanna ri e morde os lábios. Olha para os lados e percebo seu nervosismo.
Conhecendo Hanna sei que ela vai me pedir ou contar alguma coisa.

-Me ajuda a...

Não a deixo terminar.

-Pelo amor de Deus Hanna, não me peça para eu te ajudar a se vingar da sua irmã - suspiro fundo.

Ela me olha, curiosa.

-Como sabia que eu...

-É... hum... eu sou seu amigo a quanto tempo? Pois é, deve ser por isso, e também porque você disse hoje a tarde!

Ela revira os olhos.

-Ahh Sam... por favor...

-Naaaaaão. Argh!!! Me deixa em paz.

Acelero o passo e ao chegar perto das garotas, passo meu braço no pescoço de Anna.

-E aí Sam? - Peter diz animado.

-Oi Peter, Dylan.

Eles sorriem e então Jennifer começa a falar que ela quer ir no maldito brinquedo que fica de ponta a cabeça.
-Aí, mentira que você também gosta dele! - exclama minha namorada rindo.

-Eu A-D-O-R-O! - Jennifer diz a puxando para as cadeiras.

E quando eu vejo, as duas estão dentro do brinquedo prestes a começar o percurso da morte.

[...Jennifer...]

Eu simplesmente amo esse brinquedo, mais porque ele fica de ponta a cabeça do que outra coisa qualquer.

Quando estou subindo o vento bate no meu rosto, me faz sentir viva. Eu adoro essa sensação, é maravilhosa.

Quando a trava de segurança abaixa, Hanna pula para cima do brinquedo, gritando:

-Eu quero ir, eu quero ir!

Olho para Annabeth com os olhos arregalados. Porque é que a Hanna vai querer ir nesse brinquedo ridículo que ela nem gosta?

-Se segura! - Anna diz séria e então eu entendo que Hanna irá se vingar nas alturas.

Ela senta ao meu lado, me deixando no meio das duas.
Me arrumo na cadeira com um pouco de medo e começamos a subir.