Capítulo 32 ✅

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[... Jennifer ...]

Duas semanas se passaram e aquele dia que meu pai falava tanto havia chegado.

-Não pode ser tão ruim assim Jenny! - exclamou Luli.

Cada uma tinha o próprio apelido para a outra e isso geralmente significava que éramos muito amigas certo? E do contra também.

-Só que para o meu pai me arrastar para cá deve ter sido horrível Luli. Ele ficou meeega bravo e a Hanna me disse que a mamãe anda estranha também!

Ela suspira e joga meu par de tênis. Eu ponho ele no pé e descemos as escadas sem dizer mais nada. Nós duas com os próprios medos na cabeça e no coração.

Eu e Luli havíamos chegado a conclusão de que eu iria falar com Tobias quando chegasse lá, e iria dizer o que eu sentia por ele e ver se ele me correspondia - ainda.

Porque afinal... Tobias Ferrero não podia ser tão ruim assim.

Me jogo no sofá da sala afim de esperar meu pai terminar de se arrumar e minha amiga se joga ao meu lado.

-Jenny amiga, vai ficar tudo bem!

Suspiro fundo e murmuro um tomare. Meu pai desce as escadas com uma cara séria, como anda ultimamente.

Eu estava com medo, insegura e...

-Paaaai, a Luli pode ir com a gente? - pergunto.

Os dois me olham com os olhos arregalados. Até parece que o que eu falei foi um absurdo.

-Eu não sei se seria uma boa ideia...

-POR FAVOOOOOOR! - choramingo.

Meu pai odiava quando eu choramingava, ele faltava arrancar as orelhas fora e me fazer engolir uma bomba.

-Tá, tá, ok. Luli você pode ir assim? Estamos atrasados.

Luli assente com a cabeça rapidamente e então voamos para o carro. Eu queria ir atrás com ela, mas meu pai me obrigou a ir na frente com ele.

Assim que saímos Luli liga para o seu irmão mais velho (que é com quem mora), e diz que estava indo para Dublin comigo e só voltaria amanhã. Ele nem mesmo criticou.

Os pais da minha amiga morreram quando ela tinha onze anos e o irmão dela, dezesseis. Os dois foram parar em um lar adotivo e ficaram lá até o irmão dela ter dezoito anos e ir morar sozinho. Ela foi com ele por uma sorte enorme porque ele é um irmão bem ruim.

O caminho inteiro nos três vamos cantando as músicas do pen drive que Samuel havia me dado, dizendo que aquilo sim era rock de verdade.

Tinham um monte de músicas velhas que eu conhecia e adorava. Van Hallen, Red Hot Chilli Pepers, Kansas, Guns N' Roses, Bon Jovi, U2, Pink Floyd, e várias outras.

Quando nós chegamos estava tudo tão quieto e assustadoramente assustador.

Fiz questão de descer do carro fazendo o maior barulho, sabe se lá porque. Esperei a lerda da minha amiga descer também e então corri para a porta e já a abri. Estava trancada.

Caçei a chave no meu bolso e coloquei na fechadura, abrindo a porta e correndo para dentro de casa. Subi as escadas correndo e encontrei Hanna deitada na cama junto a Peter.

Fiz uma careta feia, aquilo era eca eca.
Fiz barulho e os dois me olharam, mas eles logos olharam para a garota de cabelo rosa ao meu lado com uma visível expressão de desentendimento.

-Oi - falo. Hanna olha de mim para Luli com a boca aberta. - Gente essa aqui é a Liliana, minha melhor amiga. Lili esses aqui são Hanna, minha irmã e o namorado dela, o Peter.

Gêmeas em guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora