Capítulo 16 ✅

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[... Jennifer ...]

-O que?

-Você ouviu Jennifer! -Hanna falta gritar.

-Acha que devemos parar com isso? -repito e espero ela assentir com a cabeça para continuar. -Eu acho que você nunca deveria ter ido para a casa do Sebastian naquele dia.

Ela suspira fundo mudando sua expressão de nervoso para solidaria o que me faz mudar a expressão também e ficar mais calma.

-Olha, Jenn. Eu sinto MUITO pelo que eu fiz, eu juro, juro, juro que eu nem pensei na hora. Estava com tanta raiva que teoricamente fiquei cega. Me perdoa?

É claro que eu fiquei mexida com todas aquelas suas palavras mas eu não tinha 100% de certeza de que Hanna estava dizendo a verdade. Eu queria perdoá-la, mas e se ela fizesse algo igual ao que fez antes? Eu tinha medo, e não conseguia tirá-lo de mim.

-Eu não acredito mais em você! -cantarolo.

Ela revira os olhos.

-Porra Jenn... nós simplesmente não podemos deixar essa droga de briga pra lá e somente sermos irmãs?

Sei lá. Talvez minha gêmea tenha razão.

-Não! -falo. Se ela insistir provavelmente eu vá ceder. Não tenho um coração de pedra.

-Jenn... meu Deus o que eu vou ter que fazer para você me desculpar?

Faço cara de pensativa por um instante.

-Hanna, eu... eu te perdoo -consigo ver sua expressão de alívio. -Mas... só se você prometer não fazer mais nada para me prejudicar. Ou a você mesmo, ou... simplesmente pare!

Ela sorri e balança a cabeça freneticamente, sem parar um único segundo. Também sorrio e a abraço.

-Me desculpe -falo enquanto o seu cabelo, que agora está curtinho, pinica todo o meu pescoço.

-Me desculpe também!

(...)

Apesar de eu e Hanna termos feito as pazes, eu ainda não sabia o que esperar da minha irmã em relação ao Sebastian.

Eu simplesmente sentia um terremoto dentro de mim quando via ele, e toda vez que nossos braços se tocavam sem querer ou ficávamos cara a cara, o meu coração batia descompassadamente e um calor anormal subia pelos meus pés.

A última coisa que eu queria era me apaixonar por ele - será que eu posso chamar de estar apaixonada? Eu não queria ter essa briga idiota com Hanna, mas agora tudo parecia confuso porque se eramos amigas não fazia sentido qualquer uma de nós ficar com ele. Talvez devessemos deixar pra lá e escolher a família.

Quando eu disse isso, Hanna não concordou, e disse simplesmente que ele escolheria uma de nós duas e eu concordei já que não podia fazer nada a respeito.

-Nós não vamos perguntar diretamente para ele, né? -pergunto.

-Não. Claro que não, uma hora ou outra um assunto vai surgir e nós vamos nos aproveitar disso. Agora vamos que estamos muito atrasadas.

-Como sempre -murmurou antes de sair correndo atrás de Hanna e abrir a porta do Opala maravilhoso da minha amiga.

-Hei, como vão garotas? -Annabeth pergunta assim que entramos
-Se mataram?

-Não -respondemos em uníssono.

-Fizemos as pazes. Deixa esse assunto pra lá agora -Hanna diz enquanto põe o celular em cima do painel do carro.

Gêmeas em guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora