[... Jennifer ...]
Depois de alguns dias eu andava com Dylan pra cima e pra baixo. Mais com ele do que com Hanna.
As vezes quando eu queria conversar eu ia a noite no parque e o ajudava com o trabalho enquanto nós papeavamos e depois ele me deixava em casa sã e salva.
Agora mesmo, eu estava lhe contando o comportamento estranho de Sebastian.
-Ontem eu vi o garoto X com a Hanna. Beijando sua mão e comprando não sei o que. Hoje ele resolveu fazer isso comigo. Beijou minha mão, colocou uma flor no meu cabelo, comprou meu chocolate preferido... -Dylan me interrompe.
-Jenn... na escola não vende Prestigio -ele diz. - Eu já estudei lá e sei que não vende.
-Hã... agora vende.
Ele me olha nos olhos, não por muito tempo porque precisa ficar de olho no brinquedo.
-Mentirosa. Para de tentar fazer o garoto X ser um cara perfeito. Ele te comprou aquele único chocolate que vende na escola que é ruim e você odeia, e você vem me dizer que era um prestigio e dizer o quanto ele foi fofo...
-Eu não disse isso. Falei que ele estava estranho. Só.
Viro o rosto. Estou começando a achar que Dylan tem razão em relação a isso mas eu não consigo pensar em nada para Sebastian estar fazendo isso.
Dylan ri enquanto abre o mini portão. Nós dois entramos e ajudamos as pessoas a tirar o cinto. Sim, eu agora fazia isso todas as noites - ou quase todas.
-Eu sei que você sabe que eu tenho razão -ele diz enquanto tira o cinto de uma moça bonita.
Ela aparenta ter sua idade, 19 anos. Sorri para ele de um jeito mega encantador. Ele sorri de volta meio falso, e ela lhe pergunta alguma coisa. Como eu estou praticamente do outro lado do brinquedo não consigo ouvir o que ela diz, mas me esforço.
-Ai moça, licença -a criança que eu estava tirando o cinto diz.
-Oh, sinto muito -falo voltando a ajudá-la a tirar o cinto.
Fiquei tão louca em ouvir a conversa que me esqueci da garota. Depois que tirei seu cinto e voltei a olhar tomei um susto porque ele envolveu minha cintura com os braços e murmurou um "buuu".
O olhei furiosa e dei um tapa na cabeça, mandando ele não fazer mais isso. Ele riu muito de mim.
Quando outras pessoas entraram e ele voltou a controlar o brinquedo virei para ele e fiz a pergunta que não queria calar.
-E aquela garota?
Ele deu um pulo e olhou para mim.
-Que garota?
-A que sorriu pra você quando tirou o cinto dela -ele me encara sem se lembrar. - A bonita de pele morena.
Ele arregala os olhos e sorri parecendo se lembrar.
-O que tem ela?
-Ela sorriu pra você. O que está acontecendo com você, hein? -falo brincando. -Quando eu te conheci você tinha cara de ser pegador. Qualquer uma que te desse bola você provavelmente dava corda.
Ele ri alto mas logo parece corar um pouco.
-Sosseguei.
-Porque? -pergunto imediatamente, curiosa.
-Tem que ter um porque? Você não pode dizer somente um "que bom Dylan".
-Eu até poderia, mas com você as coisas são 8 ou 80. Porque? -pergunto novamente, mais curiosa ainda.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Gêmeas em guerra
Roman pour AdolescentsHanna e Jennifer são irmãs gêmeas idênticas que sempre foram muito unidas, mas separadas com apenas nove anos de idade. Oito anos depois, seus pais decidem uni-las novamente. Porém o que elas menos esperam na nova rotina é se apaixonar. E ainda pio...