- Vem, eu quero te mostrar uma coisa. - disse me levantando. - Quer dizer, te dá algo.
Ao levantar senti uma tontura que se não fosse as mãos ágeis de Dimitri eu tinha me estatelado no chão.
- Está se sentindo bem? - perguntou preocupado.
-Estou ótima. - digo sorrindo. - Só com alguns copos a mais de vodca russa no sangue, mas estou bem.
Dimitri franziu o cenho e logo ficou irritado.
- Você não deveria beber assim. O quê, agora vai querer entrar em coma alcoólico?
Dimitri e suas lições - repressões - zeen.
Não o respondi. Apenas o puxei pela mão nos direcionando até o seu quarto. Foi um pouco difícil para conseguir subir os degraus, mas enfim consegui.
Me aproximei da gaveta que havia guardado o embrulho e o tirei de lá.
Dimitri observava cada passo que eu dava. Me aproximei dele e estendi as mãos.- O que é isso?
- O seu presente, oras. Abra!
Seu olhar se prendeu ao meu por uns instantes e então ele resolveu pegar o presente das minhas mãos.
Em um só puxão ele conseguiu abrir o embrulho. Ágil como sempre.
Os seus olhos brilharam quando descobriu o que tinha ali dentro. Era como criança ao ver doces.
- Roza...
- Gostou? - pergunto sorrindo.
- Se eu gostei? Eu adorei. Eu não sei o quê dizer Roza.
- Um obrigado já está valendo.
Ele sorriu e examinou mais uma vez o seu tesouro.
- Como você conseguiu encontrar desses? Eu achava que os últimos exemplares era o da minha mãe.
- Ah, você sabe. - me gabei. - Uma ameaça aqui e uns tabefes ali, foi muito fácil de conseguir.
Dimitri gargalhou alto. E eu poderia passar a noite inteira ouvindo o som da sua risada rouca.
- Eu achei que você iria gostar de ter em mãos os livros capas douradas que mamãe só me deixava ler quando me comportava. - o imitei. - E bingo, acertei em cheio.
- Você sempre acerta. Eu tenho sorte de ter você.
Ele deixou os livros de lado e me abraçou. Dizendo ao meu ouvido o quanto eu o fazia feliz.
(...)
O restante da sua festa de aniversário foi tranquilo e muito divertida. Eu parei de beber a vodca quando Dimitri me repreendeu dizendo que não iria cuidar de mim se eu ficasse bêbada. Oras, eu sabia muito bem que ele faria o contrário. Mas o deixei ter a ilusão de que estava no controle.
Não precisei aguentar ver a cara da Caroline por muito tempo. Ela e o seu clone foram embora cedo. E isso era bom, muito bom.Eu estava começando a gostar da Carol, ela não era má pessoa. Conversamos alguns instantes durante a noite. E descobri que somente a outra lá que era descomprometida. Carol trabalhava como Guardiã de uma família de Novosibirsk. Eu nunca havia ouvido falar sobre ela no mundo dos Guardiões.
No final da noite, eu ajudei Olena e as garotas arrumarem a bagunça da casa. Dimitri se mostrando o bom filho que era nos ajudou também.
Quando terminamos fomos para o quarto. Hoje havia sido um dia e tanto.
Não demorou muito para quê eu dormisse abraçada ao Dimka.Porém, os meus doces sonhos com gostosões pelados em cima de unicornios foram interrompidos por um sonho diferente.
Um sonho induzido pelo Espírito.
O sonho aos poucos estava se materializando. Era no sótão da Capela da Academia.
Saudade desse lugar. Digo, da Academia. Porquê quem tem certas saudades desse sótão é a Lissa. Nem quero lembrar o porque ou por quem.
Ela estava sentada na poltrona velha e empoeirada com um livro no colo.
Seus olhos brilharam ao me ver.- Lissa.
- Rose. - disse ela se levantando. - Você não imagina a saudade que estou.
A abracei por longos minutos até ver que ela não estava mais conseguindo respirar.
- Esse é o meu jeito de dizer "estive com saudades Rainha" - fiz uma reverência em ironia.
- Jeito muito carinhoso. - sorriu. - Você acredita se eu disser que estou me acostumado ao fato de ser uma Rainha?
- Ultimamente eu acreditaria em qualquer coisa. - disse mostrando a minha indignação, não por ela. E sim pelas fatos ocorridos. - Mas você nasceu para ser alguém de Elite importante. Você sabe disso.
- Os meus pais ficariam orgulhosos por eu estar honrando com o nosso nome. - vi tristeza passar pelos seus olhos jades. -
- Oh yeah! Pode acreditar que ficariam. - dei um tapinha no seu braço. - Eles sempre tiveram orgulho de você.
- Você está fazendo com que eu não fique triste por falar neles, não?
- Desde quando você ficou tão inteligente assim, garota? - dei risada, ela gargalhou também.
- Sempre tive uma certa influência de uma certa maluca com sobrenome de Hathaway. - piscou para mim.
- Ah, com certeza foi com ela então. - pisquei de volta.
- Anda, me dê outro abraço. Preciso deixar você dormir e preciso dormir também.
- Mas eu estou dormindo. Pode ficar a noite inteira se quiser, falando o quanto sente minha falta e que não vai me trocar por um outra qualquer.
Lissa se aproximou de mim sorrindo e me abraçou novamente. Se esquivou e depositou um beijo em minha bochecha.
- Sério, preciso dormir. - ela disse. - Vida de Rainha não é fácil. E não vou te trocar por qualquer outra. Você é especial demais para que isso aconteça.
Antes que pudesse falar algo e dá mais um abraço nela, o sonho foi se desmaterializando.
A última coisa que vi foi o seu olhos verdes-jades.
(...)
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Passei aqui para deixar um Oi pessoal.
Espero que estejam gostando do desenrolar da estória. Não esqueçam de dá estrelinhas e comentarem - Se quiser, é claro. -
Então é isso mesmo.
Tenham uma Boa noite, Bom dia ou Boa tarde - dependendo do horário que você esteja lendo. - Beijos e até a próxima.06/02/2016