Boa Leitura. ♡
Eu estive pensando. E pensei muito. Agora só precisava falar com Dimitri e ver se ele aceitava. Isso me deixava bastante excitada. Já fazia muito tempo desde que eu fiz essas coisas. Na Corte não havia necessidade, pois nunca fomos atacados. Então a minha chance de entrar na ativa era aqui na Rússia, onde tinha centenas deles.
Dimitri havia saído cedo, creio que foi fazer algum favor para a Olena ou Yeva.
Eu estava na sala com Viktoria. Ela estava lendo um livro e jogando conversa fora comigo.
- E Nikolai? - perguntei. - Vocês ainda continuam amigos?
- Eu preciso dizer, Rose. - ela falava intusiasmada. - A gente meio que estamos saindo.
- Uau. Isso é sério? - eu estava impressionada. Quando estive na Rússia da última vez, Nikolai gostava muito dela. Dava para notar de longe, menos é claro, a própria Viktoria.
- Sim. - ela sorriu, o que me fez lembrar dos sorrisos de Dimitri. - Já tem um tempinho. E confesso que estou gostando dele.
- Bom, Viktoria. - sorri para ela. - Eu não podia estar mais feliz. Ele é doido por você.
Ela assentiu com o seu sorriso fácil no rosto e voltou a sua atenção para o livro. Essa foi a minha deixa para checar se Dimitri havia chegado.
Antes fui na cozinha pegar um copo de água, pois estava com sede. Quando fechei a geladeira o meu coração se acelerou, o que fez com que eu derrubasse sem querer o copo, que se estilhaço em vários cacos.
- Mas que diabos. - pus a mão no coração. - Você me assustou Yeva.
- Anda distraída, menina? - ela perguntou.
- Eu só estava bebendo água. - bufei.
- E pensando no perigo. Você realmente gosta do perigo, sim?
Eu não estava entendo piegas do que essa mulher pequenina e terrivelmente assustadora estava falando.
- Quê? - perguntei enquanto me baixava para pegar os cacos de vidro.
- Não se faça de desentendida, menina. - ela disse olhando para mim. - Mas admiro a sua coragem. É igual ao meu neto. Ele tem sorte de ter você. Guerreira e destemida.
Com isso ela me deu às costas e saiu.
Eu estava de queixo caído. Ela havia me elogiado? Bom, mas primeiro não deixou de me chamar de desatenta. Yeva e suas loucuras. É dificil de seguir o ritmo de sua maluquez.
Enfim Dimitri chegou com a sua mãe, trazendo várias sacolas. Fui em direção à eles, oferecendo ajuda. Olena logo me passou duas sacolas e levamos as compras para a cozinha.
- Hoje teremos um jantar especial. - Olena declarou.
- Quem virá? - perguntei animada.
- Mark e Oksana. - respondeu Dimitri.
- Uau, isso é legal. - disse por fim.
Eu ainda não tinha ido ver os dois desde que cheguei aqui, e suponho que eles irão me dá um baita sermão por não ir visitar-Los.
Estava com saudades, e só não havia ido na casa dos dois porque os meus dias aqui foram bastantes ocupados. A família Belikov são bastante ativos.
Dimitri se aproximou de mim e me abraçou. Me apertando contra o seu corpo definido, exalei o seu cheiro que me causava arrepios e me fazia pensar em coisas indecentes.
Ele pensava a mesma coisa, dava para perceber através do brilho dos seus olhos. Ele sorriu para mim, e não tive como não sorrir de volta. Beijei os teus lábios de um jeito doce e terno.
- O que vocês estão fazendo?
Nos afastamos e olhamos em direção à uma vozinha aguda. Era Paul. Ele estava com a testa franzida.
- Estamos fazendo coisas de adultos. - Dimitri respondeu enquanto apertava as bochechas dele.
- Hm. - ele respondeu. - Parece chato e nojento.
Dimitri e eu nos entreolhamos e começamos a gargalhar, Paul nos olhou confuso e franziu mais ainda o cenho. O deixando gracioso. Então jogou as mãos ao alto e saiu correndo.
Paul era uma criança divertida. Nós dois fazíamos várias coisas juntos. Até jogávamos bola. E eu era apegada com ele por ser tão parecido com o Dimitri quando criança, sei disso porque dá para notar a semelhança dos cabelos castanhos e olhos vibrantes; e também porque vir uma foto de Dimitri quando bebê.
(...)
A noite chegou e estávamos terminando de por a mesa. Pois é, agora eu estava ajudando na cozinha. Não que fosse o meu forte, mas eu não queria ter que passar uma mal impressão para Dimitri e nem para o restante da família.
Sonya estava sentada em uma cadeira de balanço colocando a sua bebe para dormir. Karolina e Viktoria estavam sentadas no sofá conversando, Dimitri estava em uma brincadeira com o Paul e eu e Olena estávamos na cozinha. Havíamos terminado de arrumar o que faltava.
Yeva saiu do quarto e murmurou que eles haviam chegado. Então segundos depois ouvimos leves batidas na porta. Karolina se levantou e foi atender a nossa visita.
- Boa noite. - Mark e Oksana desejaram em uníssono.
Todos nós respondemos.
- Eu trouxe uma sobremesa, Olena. - Oksana disse estendendo uma tigela.
- Isso é muito bom. - Olena disse sorrindo. - Venham, venham. Vamos se sentar.
Caminhei até o casal e dei um abraço neles, o que os pegou de surpresa.
- Rose, você não foi nos visitar, hã? - perguntou Mark arqueando uma sobrancelha.
- Ficamos chateados. - completou Oksana.
- Então gente. - comecei a falar coçando a cabeça. - Meio que tive alguns imprevistos. Mas vocês sabem que eu iria visitar-Los de qualquer maneira.
Eles sorriam para mim. E eu sorrir de volta.
- Agora vamos nos sentar. - Eu disse. - Porque estou morrendo de fome. Acho que comeria um mamute, se ainda existisse.
Todos começaram a sorrir e então nos sentamos a mesa para uma noite agradável e animada. Começamos uma conversa sobre as lutas e batalhas que eu e Dimitri enfrentamos. E Mark também nos contou sobre quando ele servia os Moroi.
Em um certo momento, percebi Dimitri ficando tenso. Eu sabia o porquê, o tópico Strigoi o deixava bastante desconfortável. Pois ele ainda não conseguia esquecer os seus dias como um. Por debaixo da mesa peguei em sua mão e apertei em sinal de conforto. Ele não precisava se desesperar, eu estava aqui para ajudá-lo a se livrar de todos os seus demônios interior.
