Capítulo 3

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Boa leitura!

1 semana depois...

Seria loucura dizer que me acostumei por aqui, na Rússia? De certa forma sim. Não sei muita coisa sobre a respeito da cultura deles. - O.K, não sei praticamente nada. - Não entendo porquê as comidas tem uns nomes estranhos, tal como pão preto; os ingredientes são iguais à qualquer outro, exceto a tal farinha de centeio. E como eles conseguem que fiquem daquela cor? Um marrom que às vezes chega a ser preto. - Isso deve ser algum feitiço feito pela Yeva, só pode ser. - e eu achava que os americanos eram retardados.
Mas por outro lado, o País é lindo. A comunidade de Baia é aconchegante e a família Belikov são praticamente a minha família também. E ainda tem o Mark e a Oksana que se tornaram grandes amigos. Estou pensando seriamente em quando for embora colocá-lo(s) dentro da mala e levá-los comigo. Lissa iria aprovar isso. Certamente iria.

Falta apenas duas semanas para a nossa volta à Pensilvânia, e se eu vou sentir bastante saudade daqui, imagine o Dimitri. Um mês não é suficientemente para preencher o vazio de todos os dias que passaram longe uns dos outros. E por falar em Dimitri, hoje é o seu aniversário. Ele está mais um passo à frente de mim. E é claro que Olena não poderia deixar de comemorar o aniversário de vinte e cinco anos do seu Dimka!

Dimitri era bastante reservado, não gostava de festas. O conhecendo tão bem como conheço, ele preferia comemorar os seus vinte e cinco anos lendo algum dos livros com capa de couro e letras douradas à qual ele lia quando pequeno.

Eu e ele havíamos levantado cedo; com muitas informações coletadas eu consegui descobrir um local sossegado e bonito para irmos.
Já era dia - só que noite para os vampiros - Porém os raios solares ainda não haviam surgido, e isso era bom. O objetivo da nossa caminhada era exatamente isso, assistir ao nascer do sol.

Essa era uma das coisas que eu e Dimitri gostávamos, deixar que os raios solares penetrassem em nossa pele.

Um Guardião não tinha muito privilégio para isso, já que passamos todo o nosso tempo protegendo outras vidas. O que não inclui ficar no sol ou fazer qualquer outra coisa para o nosso bel-prazer.

- Não entendo porquê Olena simplesmente não esquece essa história de "festa de aniversário" e compreende o meu lado. - disse ele entre aspas sobre a sua festa. - Eu só não quero.

- Você poderia parar só um pouco com essa sua não-ligo-para-nada-e-estou-bem-assim. Você sabe que eu sei que você quer essa comemoração. - disse lhe lançando um sorriso. - São mais momentos com a sua família, e bem, é uma data importante. Muito importante.

- Que seja, Roza.

Dimitri deitou a sua cabeça no meu colo e ficou olhando para o céu à espera do nascer do sol. Eu fitei os seus cabelos que estavam espalhados sobre mim e passei a mão neles, o seu olhar se voltou para mim e mais uma vez eu me perdi nos castanhos dos seus profundos olhos. Eram momentos como este que não precisavam de nenhuma palavra, apenas trocas de olhares.

Por tudo o que passamos antes, em nossa relação aluno/professor, quando não conseguimos mais resistir e nos entregamos ao nosso desejo, na luta contra os Strigoi e no momento em que ele foi transformado num, e quando por fim eu consegui salvá-ló do seu ser diabólico e com muita luta e força de vontade consegui também restaurar o nosso amor. Foram situações e momentos que nenhuma pessoa normal conseguiria lidar, mas eu sim. Eu lutei, busquei e nunca desisti do Dimitri. Sei que ainda iremos passar por outras coisas, mas eu faria tudo de novo; Enfrentaria tudo novamente só para ter ele ao meu lado. Para ter o seu amor.

Enfim o sol surgiu no horizonte refletindo na face de Dimitri, o deixando ainda mais bonito. Ele sorriu para mim, um daqueles sorrisos que faria parar de bater o coração de qualquer pessoa. E eu soube mais uma vez que nada é mais forte do quê o que sentimos um pelo outro.

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