Por não ser um avião da Corte - aonde iríamos voar sem pousos- demorou muito para chegarmos até a Pensilvânia.
Durante todo o voou Dimitri tentava falar comigo, mas eu apenas o ignorei. Pode parecer infantil, porém ele deveria ter acredito em mim. E isso me magoou muito.- Deixa que eu pego. - murmurei para Dimitri puxando a mala de sua mão.
Como eu sabia que nenhum guardião viria nos pegar, me direcionei ao local que se aluga carros.
Meus passos eram rápidos. Passei a mão que segurava a mala no meu jeans secando o suor.
Meu coração estava apertado, acelerado. E não era por causa de Dimitri; e sim de Lissa. Eu não sabia o que de fato aconteceu com ela e nem aonde ela estaria agora.
- Rose. - chamou Dimitri se colocando ao meu lado. - Vai continuar a agir dessa maneira?
Respirei fundo e mantive a calma.
- Podemos pensar em algo sobre salvar Lissa? Ao invés de questionarmos como eu devo agir ou não.
Dimitri ficou rígido. Mandíbula travada.
Cheguei até o cara com um cigarro atrás da orelha e tênis surrados e disse à ele que precisava de um carro agora.
- É pra já, gatinha. - piscou ele pra mim, revirei os olhos.
O cara entrou por uma porta aos fundos em busca da chave, suponho.
- Sabe. - Dimitri disse após vários minutos de silêncio. - Estou preocupado com Lissa, ainda não entendi direito. Mas também estou com você. O que você fez com a Carolina, Rose, é imperdoável.
Me virei para ele, e suspirei fundo.
- O que você disse? - perguntei atônita. - Não, não. Espera! Imperdoável? Imperdoável o que aquela vadia descarada fez, Dimitri.
O cara do cigarro atrás da orelha voltou com a chaves.
- Olha só, gatinha. - disse ele. - esse é um dos meus preferidos. Um ronda civic, 2008. Então, por tudo que é mais sagrado, cuide dele. Não vá bater em um poste ou nada parecido.
- Bater em um poste com esse carro é o que eu quero agora. - falei. - Só que com aquela desgraçada dentro e depois tocar fogo.
Quando fui pegar o chaveiro o cara deu um passo para trás.
- Cara. - disse ele se dirigindo a Dimitri. - Você pisou na bola com ela não foi? Essa mulher é louca.
Tirei o dinheiro do bolso e entreguei à ele.
- Cale a boca. - Eu disse.
Ele apenas sorriu pra mim. Saí apressada puxando a mala, Dimitri vinha ao meu lado.
Abri a porta do ronda e entrei. Não esperei pela aprovação do meu namorado. Não adiantaria, hoje eu iria dirigir.
Passei a marcha e pisei fundo no acelerador. Manobrei para fora do terreno do aeroporto e dirigi pela estrada que levava até a Corte. O painel indicava que eu estava a 120km/h.
Estou indo te salvar, Lissa. Estou indo.