Capítulo 13

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Por não ser um avião da Corte - aonde iríamos voar sem pousos- demorou muito para chegarmos até a Pensilvânia.
Durante todo o voou Dimitri tentava falar comigo, mas eu apenas o ignorei. Pode parecer infantil, porém ele deveria ter acredito em mim. E isso me magoou muito.

- Deixa que eu pego. - murmurei para Dimitri puxando a mala de sua mão.

Como eu sabia que nenhum guardião viria nos pegar, me direcionei ao local que se aluga carros.

Meus passos eram rápidos. Passei a mão que segurava a mala no meu jeans secando o suor.

Meu coração estava apertado, acelerado. E não era por causa de Dimitri; e sim de Lissa. Eu não sabia o que de fato aconteceu com ela e nem aonde ela estaria agora.

- Rose. - chamou Dimitri se colocando ao meu lado. - Vai continuar a agir dessa maneira?

Respirei fundo e mantive a calma.

- Podemos pensar em algo sobre salvar Lissa? Ao invés de questionarmos como eu devo agir ou não.

Dimitri ficou rígido. Mandíbula travada.

Cheguei até o cara com um cigarro atrás da orelha e tênis surrados e disse à ele que precisava de um carro agora.

- É pra já, gatinha. - piscou ele pra mim, revirei os olhos.

O cara entrou por uma porta aos fundos em busca da chave, suponho.

- Sabe. - Dimitri disse após vários minutos de silêncio. - Estou preocupado com Lissa, ainda não entendi direito. Mas também estou com você. O que você fez com a Carolina, Rose, é imperdoável.

Me virei para ele, e suspirei fundo.

- O que você disse? - perguntei atônita. - Não, não. Espera! Imperdoável? Imperdoável o que aquela vadia descarada fez, Dimitri.

O cara do cigarro atrás da orelha voltou com a chaves.

- Olha só, gatinha. - disse ele. - esse é um dos meus preferidos. Um ronda civic, 2008. Então, por tudo que é mais sagrado, cuide dele. Não vá bater em um poste ou nada parecido.

- Bater em um poste com esse carro é o que eu quero agora. - falei. - Só que com aquela desgraçada dentro e depois tocar fogo.

Quando fui pegar o chaveiro o cara  deu um passo para trás.

- Cara. - disse ele se dirigindo a Dimitri. - Você pisou na bola com ela não foi? Essa mulher é louca.

Tirei o dinheiro do bolso e entreguei à ele.

- Cale a boca. - Eu disse.

Ele apenas sorriu pra mim. Saí apressada puxando a mala, Dimitri vinha ao meu lado.

Abri a porta do ronda e entrei. Não esperei pela aprovação do meu namorado. Não adiantaria, hoje eu iria dirigir.

Passei a marcha e pisei fundo no acelerador. Manobrei para fora do terreno do aeroporto e dirigi pela estrada que levava até a Corte. O painel indicava que eu estava a 120km/h.

Estou indo te salvar, Lissa. Estou indo.

Trilha MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora