Dai-me paciência São Vlad, dai-me paciência.
- Anda menina, não temos todo o tempo do mundo. - resmungou Yeva.
- Diz isso porquê não é você que estar carregando estas sacolas pesadas. - bufei enquanto passava as sacolas de um braço para outro.
- Reclame menos e caminhe mais.
Por quê sempre tinha de ser eu a ajudar essa velha retardada a carregar pesos? Ela não podia simplesmente chamar Dimitri ou Viktoria?
Caminhamos em silêncio até eu avistar a Carol se aproximando de nós.
- Boa tarde Rose. - sorriu para mim, acenei em resposta. - Como vai, Yeva?
- Muito bem. - respondeu com arrogância. - Bem demais até você aparecer. Vamos indo Rose, já disse, não temos tempo.
Arregalei os olhos, por quê ela tinha que ser tão mal-educada?
- Desculpe pela arrogância da Yeva, é que não existe a palavra legal em seu vocabulário.
Carol sorriu sem graça e se afastou indo em direção contrária.
- Porque ainda fala com ela, menina? Não vê a serpente que ela é? Não como o seu pai que é uma Zmey. Mas sim, ela é umas das piores. - perguntou a velha semicerrando os olhos.
- Não entendo. Ela é legal. - disse enquanto me apressava para acompanha-la. Para uma velha até que ela caminhava ligeiro.
- Realmente, você não entende nada. - balançou a cabeça enquanto abria a porta da sua casa.
Quando entramos todos estavam na sala. Olena estava sentada em uma poltrona e os seus filhos estavam sentados no tapete, ao redor dela.
Dimitri quando percebeu a minha presença veio ao meu socorro me ajudando com as sacolas da sua avó. Sua expressão estava legivel, estava alegre.
- Não diga nada. - eu disse. - Era você quem devia estar no meu lugar, carregando essas coisas de Yeva. E eu deveria estar sentada com o restante da sua família ouvindo histórias.
Ele deu um sorriso e levou a sua mão até o meu rosto acariciando.
- Desculpe. - pediu. - Mas você sabe como Vovó é, ela queria que você fosse com ela e não eu.
- A verdade é que ela adora me torturar. - bufei. Levantei os meus pés para que ficasse mais alta e dei um beijo nele. Cada dia que passava eu ficava mais apaixonada por Dimitri.
- Não pense assim. - pegou em minha mão. - Vamos, Olena está contando histórias de quando éramos pequenos.
(...)
Eu estava muito ansiosa ultimamente. Ok. Eu estava mesmo era irritada e estressada. Precisava fazer algo para que todos esses sentimentos ruins se esvaissem. E a única forma era chutando alguns traseiros e estacando alguns corações.
E que jeito melhor esse se não caçando Strigoi?
Se Dimitri não fosse comigo eu iria sozinha. Ah, mas iria!
- Tem um jeito melhor de passar as nossas noites aqui na Rússia. - disse me sentando no braço do sofá.
- Qual é esse o jeito? - perguntou Dimitri mostrando interesse.
- Estacando e arrancando cabeças de Strigoi.
- Novamente com essa conversa, Rosemarie?
- É. E dessa vez eu não vou esperar por uma resposta sua. - disse me levantando.
- O que isso quer dizer?
- Quer dizer que eu irei com ou sem você. - pisquei para ele.
Dimitri semicerrou os olhos e passou as mãos por seus cabelos castanhos. Eu sabia que ele estava em um conflito interno. Decidindo em ir comigo nessa loucura ou deixar com que eu vá só. A primeiro opção era mais provável.
Ele sabia que eu sabia disso.
- E então? - perguntei. - Vai me acompanhar nesta caminhada agradável em busca de demônios sugadores de sangue?
- Que outra opção eu teria? - perguntou mais para si mesmo. - Eu não deixaria você por aí sozinha.
- Admite, vai. - enlacei o seu pescoço. - Você está mais empolgado com isso do que eu.
- Não abusa, Roza.
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N/A
Queria avisar a vocês que talvez o próximo capítulo vá demorar um pouco para ser postado. Tenho alguns projetos pessoais que estou correndo atrás que vai ocupar o meu tempo e para completar minhas aulas já começam na segunda-feira.
Porém, talvez não demore tanto.
Em alguns momentos eu pensei em desistir da fic. Mas como eu sou uma pessoa que não desiste, irei até o fim da trama. E gosto de cumprir com minha palavra.É só isso mesmo. Para não ficarem desavisados!
10/02/2016