Capítulo 12

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- Rose! O que está acontecendo aqui? - Dimitri quis saber. O seu tom era de reprovação.

Aos poucos fui parando os chutes e recuperando o meu fôlego.

Passei a mão pelos cabelos exasperada.

- Essa... Essa vadiazinha. Lissa... Lissa foi sequestrada. Rans ligou. Precisamos Dimitri... Precisamos ir... - eu não conseguia falar coisa com coisa. Estava nervosa demais.

Dimitri ficou rígido no momento que falei sobre Lissa.

- Vamos Rose. Vou arrumar nossa mala, ligue para o aeroporto e compre as passagens.

Ainda estava me recuperando quando assustei com o grito de Dimitri.

- Vá Rose!

- Mas que diabos. - reagi. - Eu já fiz as malas. E como vou comprar as merdas das passagens se nem sei falar russo? E outra, eu vou acabar com essa desgraçada. A culpa é dela. Toda dela. - apontei para a Carolina que agora estava rastejando pela sala. A sua irmã vinha ao seu socorro.

Confusão passou pelos olhos de Dimitri e ele subiu as escadas como um raio.

Olhei para as duas gêmeas com todo o meu ódio.

- O que você fez? - perguntou Carol com os olhos arregalados. - Meu Deus. Ela está sangrando.

Eu gargalhei. Uma risada carregada de escárnio.

- Eu vou é mata-la.

Fui em sua direção mas braços largos me impediu.

- Rose, acalme-se. - pediu Dimitri. - Precisamos partir.

- Você não entende. - rosnei. - Foi ela quem sequestrou ou mandou sequestrar Lissa. Acredite em mim, Dimitri. Mas que droga!

- Você é completamente louca. - choramingou Carolina. - Olhe o que ela fez comigo Dimka, olhe.

- Mas você é mesmo uma vadia. - tentei me soltar dos braços de Dimitri, porém foi em vão. Ele era muito mais forte que eu.

- Chega Rose.

As palavras de Dimitri foram duras. O seu tom era ríspido. Eu só não entendia porquê ele não acreditava em mim. Por fim deixei que ele me carregasse dali em destino ao aeroporto.

Se ele não queria acreditar em mim que sou sua namorada, à acreditar em uma maníaca vagabunda, tudo bem. Seria da maneira que ele quisesse. Eu só não iria deixar que nada acontecesse com a Lissa. Eu iria salva-la e se precisasse, eu iria matar a todos que encostasse pelo menos um dedo nela.

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