Capítulo 17

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- Não... Não! Oh meu Deus, não!! - gritava Lissa sem parar.

Engoli a seco. Isso não poderia estar acontecendo. Por quê logo o Christian? Oh céus!

De repente Lissa ergueu suas mãos e tudo brilhou em uma grande explosão. Fora como quando nós perdermos o laço, só que mais poderoso. Mais cruel e mais doloroso.
Eu sentia minha pele queimando, como se eu fosse entrar em combustão à qualquer hora. Isso era o poder do espírito. Ela estava desesperada, se Lissa não se acalmasse iria acontecer o pior, com todos nós.

Coloquei minha mão à frente dos olhos afim de proteger do clarão excessivo e comecei a engatinhar até ela.

Vasilisa estava com Christian aos seus braços. Embalada em um choro doloroso. Ela beijava o seu semblante e alisava os seus cabelos negros pedindo que ele voltasse.

- Lissa... Liss. - chamei por ela. - Por favor, venha comigo.

- Rose... Não! Eu não posso! - gritou. - Eu preciso salva-lo. Eu posso curar-ló, não posso? Ele pode se ligar a mim. Iremos ter um laço... sei que podemos... preciso dele... preciso...

- Liss. - sussurei a puxando para perto de mim. - Não vai dá certo. Me desculpe Liss, mas ele está morto.

Lissa olhou para mim e os seus olhos transmitiam toda a dor que ela sentia.  Os olhos verde-jade já não tinha brilho. Estava opaco. Apagado.

- Mas ele prometeu pra mim, Rose. Ele disse que ficaria comigo para sempre. Sempre, Rose.

A ponto que o seu desespero se aumentava, o seu poder emanava também. E deus, como estava doloroso.

- Vasilisa. - chamei. - Está queimando. Você está queimando a todos nós.

- O quê? - perguntou enxugando as lágrimas.

- O seu poder. - falei em tom manso. - Você está muito abalada, olhe em volte. Olhe para o clarão, todos nós estamos sendo torrados.

Ela olhou em volta e se deu conta do que estava causando. Beijou mais uma vez o seu namorado e se levantou, juntou as mãos como se estivesse amassando algo e tão rápido como o clarão chegou ele foi embora.

Aos poucos minha pele foi diminuindo a ardência. Notei vários corpos ao chão. Alguns eram dos nossos mas a maioria que se encontravam eram dos Strigoi.

Dimitri se levantou do chão e veio correndo em nossa direção. Os seus olhos se voltaram para o corpo de Christian e um brilho de entendimento passou por seus olhos. Ele sabia que estava morto.

- Tire Vasilisa daqui, Rose. - pediu ele tocando em meu braço. Assenti e me aproximei da minha melhor amiga.

- Vamos. - abracei os seus ombros. - Precisamos sair daqui, deixa nós te levarmos para a Corte.

- Não. - Lissa passou as mãos pelos cabelos louros. - Christian precisa de mim.

Eu sabia que não iria conseguir tira-la tão cedo daqui. Tomei uma decisão que não queria realmente fazer, mas era necessário.

Todos já estavam de pé recuperados. Os Guardiões estavam prendendo os Dhampir traidores. Fui a procura de Hans.

- É Lissa. - cocei a cabeça. - Ela não quer sair daqui. O Christian está morto. Me dê aquela seringa com o calmante.

- O Lord Ozera, o quê? - Hans arregalou os olhos.

Engoli a seco.

- Está morto. - baixei a cabeça.

Por fim,  consegui aplicar o calmante em Lissa. Pedi mil vezes desculpas pelo que estava fazendo, porém, era obrigado. Assim que começou a fazer efeito, Liss apagou em meus braços. Levei ela para longe daquele lugar horrendo. Com cuidado coloquei ela dentro do carro e me sentei do outro lado apoiando sua cabeça em minhas pernas.

- Vai ficar tudo bem. - prometi a ela passando as mãos nos seus cabelos. - Você não está sozinha. Estou aqui, sempre estarei.

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