15. this fragile heart so heavy in my chest is breaking

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"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente." ― William Shakespeare."

Os passos cegos de Tomlinson pareciam uma melodia macabra daqueles filmes de terror, quais não nos deixam dormir durante uma semana inteira. E esperar o quê, se seu semblante não era diferente?! Ele estava horrorizado diante de tal situação.

O esforço feito pela cabeça de Louis para assimilar as palavras ditas por seu melhor amigo, era descomunal.

A ideia da pessoa que sempre esteve ao seu lado, a única pessoa qual não o julgou e procurou entender seu lado, estava indo embora, não fazia sentido. E mesmo com todas as brigas, com o comportamento estúpido de Zayn, o menor não se via sem ele ao seu lado.

No fundo, bem no fundo mesmo, Tomlinson sabia que merecia, porque estava agindo como um monstro. Um monstro qual criou sem a menor intenção e consequentemente, estava virando a pessoa que mais abominava, Scott.

Contudo, qual a opção que tinha? Louis é uma pessoa totalmente machucada e suas cicatrizes, agora mais que nunca, estavam inflamadas. Mesmo que sua dor não justificasse suas atitudes, o menor não era forte o suficiente e não soube lidar com suas inúmeras feridas.

Agora as mãozinhas do garoto suavam frio e sua boca estava terrivelmente seca, como se não bebesse água há dias. Ele sentia repuxadas fortes em seu ventre e sabia que iria vomitar, ou pelo menos teria certa ânsia.

E no final do corredor tinha uma grande iluminação, qual Tomlinson tentava desesperadamente chegar. Contudo, sentia-se parado no lugar.

Como se estivesse em uma areia movediça e cada vez mais se afundava. Infelizmente, não estamos apenas falando sobre a ida de Zayn.

A vida do capitão era um enorme fardo, qual não fazia o menor esforço para se ajudar e o carregava todos os dias. Seu orgulho era tão grande, mais tão grande que preferia deixar o peso em suas costas o derrubar, ao invés de procurar um suporte.

E seu único apoio, uma das únicas pessoas que sabiam de sua história, estava indo embora, deixando-o mais sozinho do que nunca e sem saber o que fazer.

Apenas Louis poderia mudar sua situação, mas não confiava nas pessoas. Sabia que todos iriam lhe julgar e chamá-lo de monstro. À vista disso não tinha coragem o suficiente para mudar, e machucar as pessoas, foi a forma qual encontrou para não sofrer sozinho.

Entretanto, isso foi antes de um certo garoto chegar.

A chegada do encaracolado fez Louis sofrer uma forte reviravolta, onde pôde enxergar a merda qual estava transformando sua vida. Onde criou certa coragem para rever seus princípios e crenças. E principalmente, onde permitiu-se aos poucos sentir as incomparáveis sensações tragas por um completo estranho.

Apenas Harry conseguia transbordar o mais velho em felicidade com apenas um olhar terno. Ele era o único capaz de trazer a paz ao caos colossal, qual era Louis Tomlinson.

― Terra chamando Louis... Você consegue me ouvir? ― Sem perceber já tinha caminhando o suficiente para chegar à sala, onde se encontrava Liz digitando um trabalho antes de sua aula.

Por encontrar-se só, tomou um baita susto ao vê-lo parado na batente da sala e com uma aparência preocupante. Porque a loira se preocupava com Tomlinson, mesmo esse sendo um babaca.

― Lou, você está pálido! Está se sentindo bem? Quer que eu pegue um copo d- ― Foi bruscamente interrompida pelo barulho do menor caindo de joelhos na madeirite do chão. E sem hesitar, saltou do sofá para se sentar ao lado do corpo caído.

― Liz, estou tão cansado... ― Para quem estava acostumado com os gritos do garoto, ouvi-lo em um suspiro era algo totalmente novo, mas infelizmente, triste.

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