Epílogo

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João, Minhoca e Cobra saíram em velocidade com o carro daquela confusão, após terem acertado Orlando. Isso não era nenhuma novidade. Todos ficaram sabendo. O que ninguém ficou sabendo ainda é que após esse acontecimento, Orlando se levantou do chão. Ele estava meio cambaleando. Colocou a mão na cabeça e sentiu o sangue quentinho. A bala havia passado de raspão no lado direito da sua cabeça. Ele, ainda meio tonto, anda até chegar próximo do corpo do soldado. Quando ele chegou bem próximo, ficou parado. Não estava acreditando que havia matado alguém. Desceram lágrimas dos seus olhos. Depois de alguns minutos, ele se recompôs. Virou em direção a casa de Clara e inicia os passos. Orlando queria chegar logo lá para se cuidar. Queria tomar um banho e pedir a Clara para fazer um curativo na cabeça dele. Ele está quase chegando ao portão da casa dela quando percebeu uma movimentação muito estranha. Fora do normal. De repente, a mãe de Clara levanta do chão. Orlando só vê a cabeça dela sobre o muro.

— Está vendo o que você fez? Seu desgraçado! Foi tudo culpa sua. — Ela fala aos berros e chorando muito.

Orlando sem entender nada corre para o portão. Quando ele chega não acredita no que vê.

— Não! — Grita Orlando.

— Seus miseráveis! Por quê? Por quê? — Orlando está chorando desconsolado. Ele não consegue acreditar.

— Por favor, Orlando, vai embora daqui! — Pedi o pai de Clara, tentando manter a calma, sentado ao lado do corpo da sua filha, todo ensanguentado.

Ele está com a cabeça dela no seu colo. Acariciando os seus cabelos. Com a outra mão está acariciando o rosto dela. Ele conversa com ela, com um olhar triste, mas como se ela ainda pudesse entender o que estava dizendo.

— Porque você saiu de casa meu anjo? Por quê? Você tinha uma vida toda pela frente. Eu te disse para você não andar com marginal. Porque Deus? A nossa única filha.

A mãe de Clara não aguenta e desmaia. Os vizinhos a socorre, já que o pai dela não a larga. Eles também chamam o corpo de bombeiros e a polícia. Orlando não aguenta ver tudo aquilo. A culpa foi toda dele. Se ele fosse para outro lugar que não fosse a casa de Clara, talvez ela não teria morrido. Ele converte toda aquela dor e raiva, em ódio. Recolheu uma pistola que estava jogada na rua. Verificou se havia munição. A guardou nas costa, enfiando dentro da calça. Foi atrás do carro onde os três fugiram. Perguntou para algumas pessoas que viram para onde o carro havia ido. Ele seguiu as ruas por onde as pessoas disseram que eles foram. Até que chegou na casa de João. Ele se escondeu ao ver os três, na varanda, conversando. Não sabia o que fazer. A vontade era ir até aquela varando e matar todos os três, mas ele também sabia que isso seria impossível, pois eram três pessoas bem armadas contra apenas uma. Então ele espera mais um pouco para ver o que iria acontecer. Ele fica lá de tocaia, pois sabe que eles terão que agir rápido. A polícia já está no bairro. Alguns minutos depois os três desceram da varanda e se separaram. Cada um seguiu um rumo. Orlando deixou Cobra e Minhoca de lado e seguiu João, pois ele queria acertar os ponteiros de uma vez por todas. Ele estava apenas esperando uma boa oportunidade para derrubá-lo.

João entra em algumas ruas. Ele caminhava naturalmentecomo se nada tivesse acontecido. As ruas em que ele entrava sempre havia algumaspessoas. Orlando não queria cometer o mesmo erro. Não queria ver mais ninguéminocente morrendo por sua causa. Por isso ele continua seguindo João. Sempressa. Calmamente. Sempre de tocaia. Sem deixar que João o veja. João entra emmais algumas ruas. Por fim, ele chega à rua onde a sua fortaleza está. A ruaestava deserta. Os moradores já estavam todos dentro de suas casas, pois asnotícias correm rápidas. Orlando chega à esquina desta rua, e avista João unsdez metros a sua frente. É o momento certo.����{��

Em nome de JoãoWhere stories live. Discover now