Capítulo Bônus (Alex)

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Oi, gente! Uma das leitoras me pediu para fazer um capítulo bônus, contando como o Alex descobriu que a Emma tinha fugido. Eu achei uma ótima ideia, então tá aí! É um capítulo correspondente aos capítulos 10 e 11, só que na visão do Alex. Espero que gostem.

Obrigada pela sugestão, FadimeConradaRodrigu!

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Alex Holbrook

— Já deu uma olhada nessa papelada?— o Delegado Wilson pergunta, entrando na minha sala.

Ele não pensa em outra coisa a não ser o caso da Emma. Só pode ter dedo do George Wright nisso. Não duvido nada que ele esteja subornando o delegado ou até ameaçando ele. Só de pensar nisso, já fico com raiva.

— Já — respondo tomando um gole do café que seguro em minha mão. — Nada que nós já não sabíamos.

Wilson apenas passa a mão pela cabeça careca e depois sai da sala, pisando firme.

Vou até a minha cafeteira e encho o pequeno copo novamente. Ultimamente, ando bebendo muito café. Ainda mais aqui dentro, onde eu não posso fumar. Não que eu goste de fumar, eu odeio. Quero parar, mas simplesmente não dá. É o único jeito de me fazer ficar calmo com tudo o que está acontecendo.

Olho para o meu relógio. Os ponteiros indicam que meu expediente acabou. Solto um suspiro satisfeito e bebo o resto do café em uma golada só.

Quando estou saindo da sala, no entanto, tenho uma surpresa. Uma surpresa desagradável.

— Alex!— é George, que caminha em minha direção com os braços abertos.— Já encontraram alguma coisa, filho?

Filho. Não sei como ele tem coragem de me chamar assim. Me seguro para não acertar um soco em sua cara e aceito seu abraço, tentando parecer amigável.

— Infelizmente, não.

O olhar de tristeza que surge em seu rosto é a melhor coisa que me aconteceu hoje. A satisfação que tenho em vê-lo sofrer não tem explicação. Eu deixaria Emma presa para sempre só para poder ver isso, mas tenho outros planos. E se tudo der certo, ele vai sofrer ainda mais.

Fico mais alguns minutos ouvindo as baboseiras que saem da boca dele, sobre como está sendo difícil essa situação. Quando já não aguento mais, invento um compromisso importante, e vou embora.

No caminho, passo no bar onde Dennis trabalha para buscá-lo. Ele costumava trabalhar apenas à noite, mas agora passou a revesar.

— Demorou, em?— ele diz, enquanto sobe na moto. Sempre tão educado.

— Tive um imprevisto... George Wright— digo, com desgosto ao pronunciar seu nome.

— Ainda tô esperando o dia em que você vai tomar coragem e dar uma surra nele.

Abro uma espécie de riso por entre meus lábios, enquanto acelero minha moto novamente.

— Eu também.


Quando estaciono a moto na frente da cabana, me deparo com algo peculiar. A porta está escancarada.

Sequestrada #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora