MEU AMOR SÓ TEU [em revisão]

Capítulo Quinze

KLAUS:

Acordamos cedo para que eu fosse com o meu pai ver o andamento das obras.

Ele desistiu de reformar a casa e decidiu construir outra mais a frente, onde árvores tampavam a vista.

Tenho certeza de que foi ideia da mamãe, mas prefiro não me intrometer.

Não suporto os chiliques da dona Elvira, diferente do meu pai.

Pretendíamos tomar café antes de ir, mas a minha mãe começou a aumentar a voz com Aria e o meu pai deu com a língua nos dentes, criando uma confusão maior.

Elvira humilhou Aria e deu início ao discurso ridículo sobre como Vânia é o melhor para mim.

Fiquei tão aborrecido ao ponto de mandá-la calar a boca.

Deixei claro que não queria ninguém tocando no nome daquela estrume perto de mim.

Quando a minha mãe questionou sobre os meus sentimentos por Aria, a sala inteira ficou em silêncio.

Inclusive eu, que não respondi.

Apenas respirei fundo e deixei a sala, antes que tudo isso resultasse em algo pior.

Entro no quarto e bato a porta com força e esmurrando-a em seguida, a ponto de ferir um dos meus dedos.

Sento-me na cama e apoio a minha cabeça entre as mãos e o cotovelo nos joelhos.

Estou com tanta raiva que chego a arfar.

Me jogo para trás, deitando as costas na cama e solto um suspiro.

Eu deveria ter colocado a mamãe em seu devido lugar, mas preferi ficar calado e deixar Aria lá sozinha lidando com eles.

Maldição!

Respiro fundo, tentando me acalmar e é quando ouço batidas na porta.

— Filho, abre... Sou eu, seu pai. — O tom de sua voz não esconde o seu arrependimento por ter aberto o bico.

Abro a porta e o encaro, de braços cruzados.

— Sinto muito por ter estragado as coisas. Não falei por maldade.

Lhe dou as costas e sento na cama. Ele me acompanha, após fechar a porta.

— Eu sei, pai. Te conheço.

— Gosta mesmo dessa moça?

Penso por alguns instantes.

Sou um homem quebrado e mal sei como explicar a minha alma.

Eu era diferente.

Antes de Vânia eu era um homem ardente e vibrante. De bem com a vida.

Me fechei para o mundo e consequentemente acabei me acostumando a ficar sozinho.

Quando olhava para as pessoas que queriam se aproximar de mim, algo me impedia.