Epílogo

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~•~

Natal. Seis anos depois. Toda a família reunida na fazenda dos Gallagher para a ceia que seria para dali a algumas horas.

No estábulo, Klaus acariciava Caravana, pronto para monta-lo e eu? Ao seu lado, é claro, enquanto nossos filhos divertiam-se no tobogã da piscina há alguns metros dali.

Kath, grávida do seu primeiro filho e Alana do terceiro, brigavam entre as duas na torcida a meu favor e contra. Sendo que nem se tratava uma disputa.

— Pronta, bandidinha? — Questionou Klaus, erguendo a sobrancelha.

— Sim, querido.

— Vai! — Gritou, e Caravana correu em disparada e eu atrás, sentindo a liberdade que aquele momento me proporcionava.

— Você trapaceou! — Gargalhei, após finalmente conseguir ultrapassa-lo. Só paramos de cavalgar quando chegamos próximo à piscina, ao ver Theo e June numa discussão que pareceria não ter fim se algum de nós não intervisse.

— O que está havendo? — Indagou Klaus, já irritado ao descer do cavalo. June cruzou os braços.

— Theo está me chamando de pirralha por ter usado seu óculos de mergulho. E ainda disse que estou apaixonada por Túlio — Vociferou, com as bochechas coradas. Segurei a vontade de rir quando Túlio cobriu o rosto e Evan gargalhou.

— Parabéns, campeão. Conquistou uma Gallagher.

— Evan! — Bradou, Klaus. Ciumento. — Deixe seu pirralho longe da minha boneca. E Theo, não chame a sua irmã de pirralha. Isso é feio!

— Mas você chamou o Túlio — Tentou se explicar, fazendo-o calar-se.

— Certo, certo. Nenhum dos dois devem falar desta maneira, ouviram bem? E Theo, se a sua irmã gosta do Túlio, deixe-a em paz com isso. Fazer fofoca é feio.

Ele ameaçou chorar e Klaus repreendeu-me com o olhar. Eu retribuí. Ele é muito fácil manipulável pelas crianças. Sério, se eu não intervisse, da outra vez daria a chave do carro para ele, jurando que Theo não sabia nem por na ignição. Coisa que o espertinho sabia muito bem.

— É, certo... Peçam desculpas um ao outro e voltem a brincar — Disse, sob meu olhar que o fuzilava.

Não demorou muito até que todos voltassem a brincar ao normal e eu entrasse, para aprontar-me para a ceia. Rosana estava na casa e gentilmente se ofereceu para vestir os meninos.

— Já falei o quão quente você fica resolvendo a situação entre as nossas crianças? — Indagou Klaus, abraçando-me por trás enquanto fechava o zíper do meu vestido azul marinho.

— Tem que segurar mais a sua língua, Klaus. As crianças estão aprendendo a repetir as coisas proibidas que falamos.

— Sinto muito, querida. Irei me policiar... Mas agora, será que podemos desfrutar da nossa cama antes de irmos nos juntar à família? — Indaga, baixinho e mordendo o lóbulo da minha orelha esquerda. Sinto-me bambear as pernas e ele vira-me, de encontro ao seu corpo.

— Uma rapidinha? — Murmuro, pulando em seu colo ao mesmo tempo em que sou levada para a cama, em alguns minutos incansáveis de prazer.

— No término da noite, quero fazer mais um bebê — Gargalho — Eu te amo grávida, sinto saudades...

— Oh, Sr. Gallagher. Eu pensarei a respeito.

•••

A ceia estava linda. A família inteira reunida estava linda, num momento feliz e único à sua maneira.

Conversamos, rimos, dançamos, alguns embebedaram-se e outros foram dormir um pouco mais cedo. As crianças cansaram de  brincar e brigarem por bobagens, e dormiram esparramadas pela sala.

Ao fim da noite, desfazendo-me do vestido na suíte e usando a lingerie provocante que escolhera para que fosse rasgada, passei o batom vermelho sangue e soltei os cabelos, que agora estavam cortados por sobre os ombros e segui em direção à cama, de encontro ao meu homem; cujo esperava-me com a sua ereção evidente e despida.

Aproximei-me, lentamente e subi na cama, sentando sobre a sua rígida protuberância e rebolei, descendo para beija-lo e sussurrando:

— Vamos fazer mais um bebê — Ele sorriu, lindamente e ardente, ao mesmo tempo em que seu olhar escurecia e tirava-me de sobre seu corpo, deixando-me sob o seu e, como imaginei, arrancando-me da lingerie que impedia seu corpo de grudar ali; penetrando lentamente e, após isso, empurrar tudo com força até que um gemido alto escapasse dos meus lábios.

Suas mãos desesperadas passeavam em harmonia pelo meu corpo e eu, arranhando as suas costas; logo encontrei o ponto ápice do prazer e gritei. Klaus me fazia chegar ao céu em muito pouco tempo; mas essa era somente o começo de uma noite inteira.

— Eu te amo, Aria. Sempre amarei — Sussurra, acariciando-me na face — Por Deus, eu jamais seria capaz de viver sem você e sem os nossos filhos.

— Eu também não — Abracei-o — Eu te amo, meu eterno mauricinho e mandão de merda.

E com isso, iniciamos mais uma rodada quente de sexo selvagem ao extremo prazer.

•••

Na manhã seguinte, no jardim, fizemos um piquenique somente entre nós e as crianças para tomarmos café. Theo e June brincavam juntos e eu lia um livro, recebendo carícias e elogios do homem da minha vida.

Nossa vida era tão feliz! Claro que com algumas discussões que o casamento costumava proporcionar, mas nada que afetasse o nosso amor, tampouco a nossa família.

— Ei, June! Não jogue a água do rio no seu irmão — Bradou Klaus, com uma carranca.

É, voltaram a brigar. Tirei o olhar do livro e o fechei, indo de encontro às crianças. Theo iria molhar June, revidando; mas acabou me acertando e quase chorou quando olhei-o com cara feia.

Voltei atrás na discussão que se formaria ali e resolvi revidar.

— Mas o que é isso? — Rosnou Klaus, confuso.

— Estamos brincando, papai — Disse June, pronta para jogar a água nele quando eu mesma o fiz.

Nossos pequenos gargalharam e Klaus, dando-se por vencido, juntou-se a nós.

Não demorou muito até ficarmos todos encharcados, deitados no gramado vívido e rindo das baboseiras dos nossos filhos.

Com certeza, a nossa vida era feliz.

MEU AMOR SÓ TEU [em revisão]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora