34 • [Try - Parte Um]

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Oh, você está em minhas veias
E eu não consigo te tirar
Oh, você é tudo que eu provo
À noite, dentro da minha boca
Oh, você foge
Porque eu não sou o que você achou
Oh, você está em minhas veias
E eu não consigo te tirar
Andrew Belle


~•~


A realidade era tudo o que eu fugia neste momento. Há dois dias atrás tudo parecia tão... Correto.

E hoje está uma bagunça!

A minha vida, ou a versão cuja qual acreditava não passava de mentira.

De uma grande mentira.

E ao invés de surtar e arremessar decorações contra a parede, preferi evita-la. Porque é mais fácil assim.

E atitudes maduras não estavam sendo o meu forte. Mas que se dane!

Meu coração e cérebro está uma zona! Não consigo pensar...


Aperto os olhos com força ao ouvir vozes arrastadas de preocupação, acompanhadas de suspiros pesados e choros reprimidos interrompendo os meus devaneios.

Droga. Eu queria fugir por mais tempo, mas é inevitável. Eu precisava olhar naqueles olhos uma última vez.

Não só o de Klaus, mas o de Lívia e Aaron também.

Eles me rejeitaram durante dezenove anos e agora, decidem aproximar-se de mim? Não! Eu não vou permitir.

Já cansei de me torturar por isso... Preciso ir embora.

Ir para a casa de Alana, procurar por algum lugar onde possa arranjar boas oportunidades, comprar passagens e de lá, ir até o aeroporto.

É um plano perfeito! Eu recomeçarei a minha vida.

Podem chamar de imaturidade, orgulho ou qualquer outra coisa, eu não me importo.

No fundo eu só quero me libertar de tudo aquilo que já me magoou um dia. Esquecer todas as maldades e noites incontáveis de medo sem ter nem mesmo uma cama para dormir.

Dos abraços que precisei e nunca obtive, de estar sozinha e lidar com a crueldade humana desde que me conheço por gente.

Odeio relembrar o que suplico para esquecer... Mas aqui está a verdade: Eu não superei.

E Klaus tinha razão. Talvez eu deva ir a algum terapeuta.

Mas o pior é que eu não consigo imaginar-me melhor ao falar com um estranho; quando abrir-me para ele e sua família foi um sacrifício.

Mas que seja... Não é o meu passado a minha maior preocupação agora.

É o presente. E no quanto ele está conseguindo me dilacerar ainda mais.

Aperto os punhos quando sinto mãos frias e úmidas tocarem as minhas.

Ouço Lívia chorar baixinho, e então abro os olhos de uma vez, afastando-me do seu toque.

MEU AMOR SÓ TEU [em revisão]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora