Estamos abraçados, apreciando a água cair sobre as pedras.
Klaus é tão carinhoso que às vezes, sinto que estou sonhando.
Mas felizmente é a realidade.
Minha nova e incrível realidade.
— No que está pensando? — Ele pergunta, após beijar a minha testa.
— Em como tudo está diferente. Acho que Deus ouviu as minhas preces. — Sinto-o pegar em minha mão, acariciando-a com o polegar em seguida. — Sou uma pecadora e estou vivendo tudo isso... Parece um sonho.
Klaus encara-me, seu olhar está estranho. Parece que eu disse algo que não gostou.
— Não fale sobre você dessa forma. — Repreende-me. — Se você fez o que fez, foi porque precisava.
— Klaus, sou uma criminosa, entende? Mesmo que você não me denuncie, sinto que algum dia vou precisar pagar pelos meus erros.
— Você pensa em se entregar? — Questiona, irritado.
Eu me encolho.
— Não nego que já pensei nisso algumas vezes...
— Nem por cima do meu cadáver! — Ele me interrompe. Ainda está irritado. — Você não machucou ninguém, tampouco tirou seu alimento. Só furtou de pessoas que não precisariam da quantia que achou em suas carteiras. — Completa.
Não falo nada. Não sei o que dizer.
Odeio o que eu fiz com todas as minhas forças.
Estou cabisbaixa, pois sinto meus olhos arderem e eu não quero mais chorar. Ou que ele me veja chorando.
— Ei... — Uma de suas mãos ergue o meu rosto pelo queixo. — O que você fez foi uma consequência das maldades de Freira Marienne.
Sua voz está suave, trazendo-me a calmaria que preciso.
Klaus beija a minha bochecha, onde escorrera uma lágrima.
— A rua foi uma consequência. Roubar foi uma consequência. Me encontrar foi uma consequência.
— Você fala como se te encontrar fosse algo ruim.
— E não foi?
— Não. — Ele sorri, de canto.
— Acho que ainda é cedo para afirmar isso.
Reviro os olhos.
Ele não entende mesmo o quanto é importante para mim.
— Nunca mais deprecie-se, Lumière. — Ele diz, depois de um breve silêncio.
Do que ele me chamou?
Minha atenção agora está totalmente direcionada a palavra que usou comigo.
Klaus percebe, lançando-me um sorriso petulante.
Pelo menos a pronúncia desta me parece melhor do que a outra. Pauvre. Coitada.
— É francês, não é?
— Sim.
— Vai me dizer o que significa?
— Não. Ainda.
Ah, esse seu sorriso descarado me acaba! Não aguento.
...
Voltamos para a mansão.
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MEU AMOR SÓ TEU [em revisão]
Romansa•SEM REVISÃO• CAST: Lucy Hale como Aria Tyler Hoechlin como Klaus Gallagher SINOPSE: Aria fugiu de um orfanato há dois anos e tudo o que tem é uma pequena mochila com seus pertences e um medalhão de ouro deixada com...