36 • [Stay]

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Então mude de ideia
E diga que você é minha
Não vá essa noite
Fique
Hurts




~•~

Ao adentrarmos uma rua que nos levava além do apartamento de Klaus, estranhei. Mas não falei nada, tampouco fiz menção de fazê-lo.

O que me intrigava mais do que poderia ouvir quando chegássemos ao lugar onde estava me levando, é porque demorou para ir ao karaokê quando achávamos que ele não compareceria.

— Evan disse que você não iria ao karaokê. — Comento, sem conter a curiosidade. — O que te fez mudar de ideia? — Ele faz uma outra curva e após isso, vira-se para mim.

— Fui ver a minha filha primeiro, já que estava com saudades e não dormiria na mansão outra vez.

— Oh, é claro.

Depois de alguns míseros minutos, Klaus estacionou num prédio que não conhecia interiormente, apenas sabia o nome: Sheraton.

— Por que não fomos para o outro apartamento? — Pergunto, curiosa ao entrarmos no elevador e ele apertar os botões.

Klaus sequer responde a minha pergunta, mas não o pressiono para saber e, ao chegarmos à suíte presidencial, ele livrou-se dos sapatos e sentou-se no sofá, com a cabeça entre as mãos e batendo os pés ligeiramente no chão.

— Você está bem? — Preocupo-me, sentando-me ao seu lado, mas ainda assim mantendo certa distância.

— Não lembro exatamente quando, mas sei que tudo começou com uma ligação na empresa. — Diz, e eu não demoro a perceber que já estava começando a me falar toda a história.

— Era Vânia?

Ele assente.

— Não demorei a ouvir sua voz debochada, alegando-me que estava voltando. — Ele sustenta o queixo com as mãos, olhando-me de soslaio. —Perdoe-me, Aria. Eu acreditava que seria capaz de resolver tudo sem que precisasse saber da volta dela.

— Sem que eu precisasse saber? Klaus... Você só me preocupou e fez com que enchesse a cabeça de paranoias.

— Eu sei. — Suspira, fitando-me desta vez. — Mas quando notei que a vingança era machuca-la, não quis arriscar.

— Arriscar o quê?

— Perdê-la! — Exclama, sôfrego e eu sinto o meu peito encher-se de angústia e alegria derradeira. — Você é teimosa! Se exporia aos riscos, Aria.

— Bem... Eu tentaria ter alguma conversa amigável.

— Está rindo de mim? — Cuspe as palavras, irritadiço.

— Se eu soubesse que a sua intenção não era me matar. — Corrijo, mas ainda assim ele franze o cenho, incompreensivo.

— Não deixaria que chegasse perto. —Afirma, inflexível — Céus, Aria... Ela me atropelou! Óbvio que seria perigoso, de qualquer maneira.

— Klaus, por favor... Não vamos discutir, certo? Continue a me contar. — Peço, fazendo-o respirar fundo e consentindo em seguida.

MEU AMOR SÓ TEU [em revisão]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora