Capítulo Vinte [ Parte Dois ]

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KLAUS:

Pronto. Falei.

Expressei todos os meus sentimentos deixando o meu medo para trás.

Contei sobre o meu doloroso passado, mas que agora parece ser tão pequeno e insignificante comparado à maravilha de tê-la aqui comigo, agora. Deitada em meus braços.

Um dia eu fui capaz de pensar em deixar essa mulher sair da minha vida. Agora penso que estava louco por pensar tal absurdo.

Ela me completa.

Aria é o que faltava para a minha vida fazer mais sentido e ser inteiramente feliz.

Ela compreende as minhas dores. Por mais que pareçam nada demais, ela sabe que enfrentar tudo o que eu enfrentei, com sangue de barata, foi árduo.

Não foi fácil lidar com os ataques constantes de Vânia e, ao mesmo tempo, ter o trabalho de escondê-los da minha família.

Quando ela me atropelou, insisti para que vovó e Kath não proferisse uma palavra sobre o assunto à minha mãe. Simplesmente porque ela não acreditaria em mim.

Para Elvira, Vânia beirava a perfeição. É doentio. Não sei como ela consegue vangloriar uma mulher feito àquela.

Espero que nunca a minha mãe sinta na pele a desgraça que Vânia é, ou a ruína que causa na vida das pessoas.

Não tenho notícias da minha ex-mulher há um ano e quatro meses atrás. E nem quero.

Tenho medo do que sou capaz de fazer.

Tenho a leve sensação de que ela está escondida, almejando uma nova chance para atacar.

Mas rodeado de seguranças do jeito que sou, seu plano torna-se mais complicado para ser executado.

Reconheço que não posso viver assim para sempre, sem a minha total liberdade, só que ela precisa pagar atrás das grades e Travis está arquitetando um plano para que isso aconteça.


Distancio-me dos meus pensamentos sobre Vânia quando deparo-me com a mulher mais linda que já conheci, tanto por dentro quanto por fora, suspirar entre a curva do meu pescoço.

Aria dormiu.

Tão tranquila em meus braços que chego a pensar que isso possa ser um sonho.

Um sonho que jamais quero acordar.

Ver as suas cicatrizes nas costas só fez aumentar a minha vontade de encontrar Freira Marienne. Ela também tem que arcar com as maldades que fez contra a minha bandidinha.

Também sinto que há outras pessoas envolvidas nos pesadelos de Aria, mas dessa vez, pessoas que ela teve o desprazer de conhecer quando morava nas ruas, totalmente desprotegida. Muito mais do que antes.

Suspiro, fazendo-a mexer-se um pouco na cama.

Ninguém merece passar por isso.

Aria era somente uma criança e carregava um fardo tão grande...

Admiro-a muito.

Fugiu de um orfanato aos dezessete anos e, agora, após dois longos anos morando nas ruas e comendo migalhas, é que sente o que é um lar de verdade.

A minha missão agora é fazer o possível para que seja feliz, e não a deixar faltar nada.

...

Preparei o café da manhã enquanto Aria dormia tranquilamente no quarto.

É bem típico, eu sei. Mas estou tentando ser romântico.

MEU AMOR SÓ TEU [em revisão]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora